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Re: Violência sobre as crianças
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 25 de June de 2006 13:02

22 Jun 2006, 08:30h

"Igreja vai alterar modelo funcionamento da Casa do Gaiato

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou, após uma reunião em Fátima, que as dioceses com Casas do Gaiato vão alterar o modelo de funcionamento destas instituições, depois de um dos directores ter sido acusado de maus-tratos a crianças.

"Esse será agora um trabalho que os senhores bispos, que têm a Obra na Rua (Casa do Gaiato) nas suas dioceses", irão desenvolver, procurando "ajudar e colaborar num diálogo que se manterá com os padres" responsáveis pelos estabelecimentos, afirmou à Agência Lusa D.Carlos Azevedo, porta-voz da CEP.

Este problema foi abordado na reunião do Conselho Permanente da CEP, na terça-feira à noite em Fátima, tendo ficado definido que a Igreja iria "fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudar a Obra da Rua a manter o seu carisma", embora conjugando-o com "uma adaptação à realidade social e às organizações sociais do nosso tempo".
Sem pormenorizar que alterações de funcionamento as instituições irão sofrer, D. Carlos Azevedo espera que o "carisma pedagógico" que levou o padre Américo a fundar a instituição "se mantenha, mas com um enquadramento social adaptado ao nosso tempo".
No início de Junho foi divulgada a acusação do Ministério Público ao director da Casa do Gaiato de Setúbal, pela alegada prática de quatro crimes de maus-tratos a crianças, bem como a outros três funcionários da instituição por ofensas à integridade física dos menores.
Na ocasião, o director nacional da obra bateu num jovem quando prestava declarações sobre esse assunto à Agência Lusa mas D. Carlos Azevedo minimizou hoje esse caso.

"Não (vou) alinhar com uma moda ou hipersensibilidade de alguma pedagogia contemporânea que sabemos que é farisaica" porque "não é isso que as pessoas em família acabam por viver no dia-a-dia", disse.

O prelado defende que a "originalidade e o carácter familiar da Obra tem sido uma mais-valia fundamental para muitas situações" de exclusão social de jovens e crianças.
No entanto, "as situações do tempo do Padre Américo não são as situações dos rapazes que hoje aparecem na Obra da Rua", reconhece D.
Carlos Azevedo.
A Obra da Rua, de que fazem parte as Casas do Gaiato, é uma instituição civil sem personalidade canónica "mas as pessoas que lá trabalham são padres" pelo que os bispos "em harmonia e diálogo irão encontrar em cada lugar as melhores soluções", prometeu.
Na segunda-feira, o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, revelou que o futuro da instituição iria ser debatido numa reunião em Fátima entre os responsáveis diocesanos onde existem Casas do Gaiato (Porto, Coimbra, Setúbal e Lisboa).
D. Albino Cleto confirmou que o encontro já teve lugar mas remeteu quaisquer comentários para o bispo do Porto que, no entanto, recusou prestar declarações aos jornalistas sobre a Casa do Gaiato.

[www.omirante.pt]"


Afinal, há coisas que devem ser mudadas.

Re: Violência sobre as crianças
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 25 de June de 2006 22:39

Nunca deve haver estagnação!!!
Mal é quando nós estagnamos!!!
Enchemo-nos de preconceitos e o pior é não o reconhecer.

Viva a Casa do Gaiato do Padre Américo.

Viva quem luta para que a sociedade seja verdadeiramente humana.

Viva quem muda o que há para mudar.

Re: Violência sobre as crianças
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de June de 2006 23:37

Aristarco Escreveu:

> Sobre a recente "polémica" à volta da Casa do Gaiato, vale a pena ler o artigo do bispo de Aveiro D. António Marcelino.
>
>
> Farisaismo nacional e Casa do Gaiato
>
>
> O Padre Américo, pela sua pessoa, pedagogia
> educativa e obra, faz parte do nosso património
> nacional e eclesial. Sem qualquer favor. Quem o
> negar só o pode fazer por desconhecimento, má
> vontade ou facciosismo ideológico e
> anti-religioso.
> Ele está, merecidamente, a caminho dos altares,
> sem pressas, nem atropelos. A sua obra está aí à
> vista, a pedir meças a qualquer outra do género,
> com os resultados, a confiança e a admiração de
> todo o país. O método pedagógico, inovador e
> objectivo, objecto de teses de doutoramento e de
> estudos sérios, provado pela sua eficácia ao longo
> de muitas décadas, mostra que, na educação, quando
> não há entrega incondicional por parte do educador
> e um coração sensível e aberto, nunca haverá
> processo educativo válido e que ajude a crescer.
> O estado, na tentação de se julgar dono de tudo,
> até das pessoas, descura o essencial e agarra-se
> ao acidental. Técnicos, muitos deles imberbes, de
> ideias feitas e horários reduzidos, não ouvem
> ninguém porque já sabem tudo, não aceitam senão o
> que sai das suas cabeças iluminadas. Assim se
> chegou ao menosprezo pelas beneméritas Casa do
> Gaiato e, logicamente, pela sua alma dinamizadora,
> os Padres da Rua. Talvez para cobrir ineficiências
> e fracassos das obras congéneres oficiais, de que
> a comunicação social dá notícia abundante, de
> desgoverno e de misérias.
> O resto é feito por uma justiça que ninguém
> entende. Condena e dá publicidade, sem ouvir a
> parte acusada, que tem sempre muito a dizer e
> direito a fazê-lo. Tudo se passa a partir de
> queixas de adolescentes e jovens, ressabiados
> porque não suportaram, para seu bem, nem normas de
> disciplina, nem castigo merecido. Gente nova,
> soprada por adultos sem escrúpulos, que no jeito
> farisaico de quem não mostra nem a mão nem o
> rosto, empurra, atira a pedra e faz barulho para
> que se ouça e se veja onde ela cai.
> Os Padres da Rua são heróis diários que incarnam o
> carisma providencial do Padre Américo e têm o
> dever de o defender e salvaguardar, homens a quem,
> no dia a dia, só conforta o sentido evangélico na
> sua vida e a consciência de uma doação, sem horas
> nem limites. Milagre que só o amor explica, mas
> que incomoda quem não é capaz do mesmo, nem de
> compreender o sentido destas vidas singulares. O
> estado, em vez de realçar e apoiar a grandeza de
> testemunhos tão eloquentes, parece querer abafar
> esta luz, dando atenção a críticas e acusações de
> quem jamais entenderá o que é educar com amor,
> pessoas para a vida. Assim se pode calar e
> destruir um património, que será sempre uma
> referência educativa de qualidade, para, em troca,
> encaixar um carisma único, em moldes legais
> uniformizados e falhados.
> Muitas perguntas se impõem: Quem são as crianças
> que vão parar às Casas do Gaiato? Quais são os
> resultados de um processo educativo que tem
> dezenas de anos e milhares de beneficiados? Que
> custos teve o Estado com esta educação? Quantos e
> quem são os que, nas Casa do Gaiato se dedicam,
> dia e noite, comparados com as dezenas de
> funcionários bem pagos para cuidar de uma dúzia ou
> menos de internados em estabelecimento públicos, a
> que agora chamam “colégios”? Quem prestou e presta
> atenção e proporciona amor às centenas de
> crianças, retiradas da rua e do lixo, sem família
> ou de famílias degradadas, que se vão
> transformando em profissionais competentes,
> esposos e pais exemplares, cidadãos de mão cheia,
> senão a Casa do Gaiato que as recebeu, amou e
> ajudou a crescer para a vida e é a única que chora
> os que se perdem, porque o tribunal lhos retirou
> para entregar a gente irresponsável? Por acaso, um
> castigo exemplar, na hora exacta e com o apoio de
> quem acompanha e ama, como tantas vezes nos
> fizeram os nossos pais, alguma vez foi para nós
> traumatizante? Se “quem dá o pão, dá a educação”,
> porque este chinfrim farisaico da justiça, da
> comunicação social, dos organismos do estado, da
> opinião pública manobrada, a atacar, com ódio e
> desprezo, as Casa do Gaiato?
> Estou e sempre estive com os Padres da Rua, e
> muito especialmente neste momento em que são
> injustiçados e caluniados.
> Há passos a dar? Ouça-se quem já deu muitos e está
> na luta diária. Só assim serão mais válidos os
> que, porventura, devem ainda ser dados, para um
> maior bem.



É um bom artigo, como seria de esperar de D. António Marcelino. Não significa isto que a Casa do Gaiato não tenha coisas a aperfeiçoar, toda a obra humana é imperfeita e deve-se por isso procurar aperfeiçoa-la. Mas as criticas que lhe têm feito são na sua quase totalidade descabidas e injustas.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 26 de June de 2006 04:13

Camilo: Esse artigo já tinha sido postado.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Cassima (IP registado)
Data: 17 de April de 2009 11:09

E depois venham cá dizer que as tradições das minorias étnicas têm sempre de ser respeitadas! Felizmente que nem toda a gente dessas minorias pensa assim!





Do DN...

S. M. da Feira
Menina de 11 anos foi raptada para casar

por HELDER ROBALO, COM JÚLIO ALMEIDA, AVEIROHoje

Menina terá sido forçada a ter relações sexuais com o jovem de 18 anos com quem casou pela "lei" cigana. PJ realça que denúncia partiu de família da etnia. Quatro pessoas foram presas.

O casamento previamente combinado entre duas famílias de etnia cigana foi o mote para o rapto de uma menor de 11 anos, em Santa Maria da Feira, que esteve sequestrada durante três dias na zona de Montemor-o-Velho. A menina encontrava-se à guarda de um casal de acolhimento, de onde foi raptada no Domingo de Páscoa. Até ser resgatada pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto, a menina terá mesmo sido violada pelo jovem de 18 anos com quem foi forçada a casar à luz da tradição da comunidade.

O rapto foi imediatamente comunicado às autoridades policiais pelos legais tutores da menina, também eles seus familiares. A Polícia Judiciária destaca a importância da denúncia deste caso, especialmente porque "não é normal" que esta tenha origem em familiares da mesma etnia, que tendem a respeitar a tradição.

Um "sinal de avanço" que aponta para "a alteração de comportamentos" que são prática corrente, ainda hoje, entre os tidos como "mais ortodoxos" destas comunidades, defensores dos casamentos tradicionais, indiciando claramente actos criminais por envolverem menores, destacam as autoridades. Embora o casamento - por vezes já prometido à nascença - das raparigas muito jovens seja ainda usual entre a etnia cigana, de acordo com o frei Francisco Sales Diniz (ver entrevista) este caso surpreende pelo facto de a menina ter apenas 11 anos de idade.

A operação montada pela PJ, e que decorreu sem grandes sobressaltos, culminou com o resgate da menina num acampamento na zona de Montemor-o-Velho e a detenção dos três homens e da mulher que a mantinham cativa. Entre eles, apurou o DN, encontra-se o jovem de 18 anos de idade com quem a menor foi forçada a casar. Ao que foi possível apurar, alguns dos indivíduos detidos seriam mesmo familiares da menina raptada.

Os suspeitos foram todos presentes, ainda ontem, a primeiro interrogatório judicial, em Santa Maria da Feira, tendo a juíza decretado a prisão preventiva de todos os detidos. Os arguidos estão acusados de crimes de rapto, crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual.

De acordo com a directoria do Porto da PJ, um dos indivíduos agora detidos, de 41 anos de idade, já tinha antecedentes criminais, encontrando-se em fuga às autoridades desde Março, altura em que cortou a pulseira electrónica que trazia. Além dos antecedentes criminais, este indivíduo é igualmente suspeito de estar ligado a dois assaltos a multibancos que terão ocorrido na zona de Albergaria-a-Velha em Dezembro passado. Entre os detidos encontra-se ainda outro indivíduo também com antecedentes relacionados com crimes contra o património, adianta a Judiciária.

Depois de resgatada do cativeiro, a menor de 11 anos de idade, de acordo com informações avançadas pela PJ, foi já entregue aos seus legais tutores.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Vera (IP registado)
Data: 17 de April de 2009 14:28

Faço minhas as palavras da Cassima. O facto de serem minorias étnicas, não justifica crimes contra qualquer ser humano. Este caso é uma prova que mesmo dentro das minorias as mentalidades também mudam.

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