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Violência sobre as mulheres
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 23 de May de 2006 23:21

Penso que não devemos deixar passar o que foi divulgado no Relatório anual da Amnistia Internacional
Ouvi, hoje, por várias vezes, a notícia na TSf.

O texto que passo a escrever está no Expresso Online
Aqui vai aquilo que diz respeito às mulheres

"Portugal acusado de violência contra mulheres e presos (este é o título)

A violência policial e os maus-tratos contra as mulheres no seio familiar fazem com que Portugal volte a constar do relatório anual da Amnistia Internacional (AI), hoje divulgado em Londres.

De acordo com a AI, pelo menos 33 mulheres morreram no ano passado, em decorrência da violência doméstica. Destas, «29 foram mortas pelo marido, antigo namorado ou parceiro, e quatro por outros familiares».
(...)

Esta organização de defesa dos direitos humanos refere que «a violência contra mulheres no seio familiar continuou a ser motivo de grande preocupação». Isto acontece, segundo a AI, «apesar das medidas implementadas por Portugal desde 1990, incluindo a adopção de legislação específica, as alterações ao Código Penal e ao Código do Processo Penal, e os planos nacionais contra a violência doméstica, que visam prevenir e punir actos de violência contra as mulheres e conceder apoio e reparação às vítimas de abusos».
(...)
Maria Luiza Rolim "
(o negrito é meu, bem como os parágrafos)

Qual a razão desta violência sobre as mulheres?
Que fazer para que isto deixe de acontecer?


Não acham que a razão destes factos é semelhante àquela que existe na xenofobia, no racismo, no desprezo pelas minorias étnicas?

Dirão: as mulheres, em Portugal, são a maioria...é verdade... mas, para mim, tudo tem a ver com a falta de respeito pelos outros, pelo facto de alguns considerarem outros como objectos e, por isso, esquecem, não respeitam, a dignidade da pessoa humana

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 23 de May de 2006 23:33

... já para não falar da falta de respeito por si própria e da baixa auto-estima patente em muitas mulheres. O título da notícia fala também na violência nos reclusos que não referes no teu comentário. Por alguma razão em especial?

Já agora, porque não falar da violência muito mais generalizada dos adultos para com as crianças. A maioria das crianças portuguesas são sujeitas frequentemente a diversos tipos de violência (física, verbal, emocional,...). Se as mulheres que são adultas parecem não ser capaz de se defender, o que dizer das crianças.

Para terminar, como estamos num fórum onde todas as mensagens devem estar de acordo com o tema do Fórum - Religião, Cristianismo e Igreja Católica, o que é que esta mensagem tem a ver com o tema do fórum?

Luís Gonzaga

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 24 de May de 2006 00:17

1º Omiti a violência sobre os presos e outras formas de violência, para facilitar o debate. No início do texto esclareci que ia apenas falar na violência sobre as mulheres.

2º Considero que este tema se enquadra, perfeitamente, no que está previsto no fórum. E porquê?
Por achar que a violência vai contra o respeito da dignidade da pessoa humana. A religião abarca a pessoa no seu todo. A religião tem grande influência no modo de encarar a posição de cada um na sociedade. Essa posição passa, em minha opinião, pelo "não a violência".
A Igreja tem um papel fundamental na cultura, na educação. A violência está relacionada com a cultura, com os valores.

Não acham que a nossa cultura permite, ainda, que alguns que se consideram cristãos, exerçam violência sobre outros? Em tantos aspectos... nas mulheres...nos imigrantes, etc.

Por isso perguntava na intervenção: Que fazer para que isto deixe de acontecer?
Não acham que a razão destes factos é semelhante àquela que existe na xenofobia, no racismo, no desprezo pelas minorias étnicas?

Luís

Se achas que isto não tem a ver com os temas previstos no fórum retira o tópico.
Dá-me pena de não ver um tema de tão grande importância a ser aqui debatido.
Mas há gostos para tudo...

Vou parafrasear a Frase "O sonho comanda a vida" de António Gedeão.

Sabes, o tópico apareceu aqui, neste fórum, porque para mim "A religião comanda a vida"
A violência é um atentado à vida

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 24 de May de 2006 00:35

Decidi não retirar a mensagem para dar oportunidade a ti ou a alguém que a contextualizasse numa perspectiva cristã ou religiosa. Dizer que "A religião comanda a vida" é verdade para muitos de nós mas não ajuda muito para o tema do fórum, pois o futebol também faz parte da vida e não é por causa disso que temos discussões futebolísticas por estas bandas (embora vontade não me faltasse... :-)).

Não sei se o Evangelho é um bom ponto de partida para tentar erradicar a violência familiar, em particular sobre as mulheres, pois não podemos esquecer que Jesus nos diz que «Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.» (Mt 5,9).

O problema é que nos falta muita formação: humana, bíblica, e em tantos outros níveis; e por esse motivo, muitas vezes quando exercemos violência sobre alguém não fazemos a mínima ideia do que estamos a fazer. Dou-te um exemplo:

Noutro dia, um adulto nosso familiar chegou próximo da nossa filha Madalena e perguntou-lhe se poderia dar-lhe um beijo ao que ela respondeu que não abanando a cabeça. O adulto não respeitou a vontade da Madalena e deu-lhe um beijo à mesma. Chamei-o à atenção que tinha acabado de desrespeitar uma criança que ele dizia que amava e gostava muito. Se ama e gosta muito, então respeita as suas vontades.

Este é provavelmente o exemplo mais banal mas só por aqui se pode compreender que mesmo em coisas pequenas, não respeitamos os mais novos, mesmo quando gostamos deles. Desde que sou pai, tenho-me apercebido muito mais destas situações e tenho tentado que estas não aconteça, em particular, com os que me são queridos.

A Igreja tem o dever de Evangelizar e é pelo anúncio da Boa Nova e tocados pelo Espírito Santo que sentimos e aprendemos o que é o verdadeiro Amor e como amar os que nos rodeiam. Porém, muitos preferem continuar as suas novenas e promessas aos seus santos queridos e manter o Espírito Santo no seu já habitual esquecimento. Depois, surpreendemo-nos que não sabemos amar e que existem situações de violência...

Luís Gonzaga

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 24 de May de 2006 01:04

Luís:

Excelente, a tua observação e o exemplo que deste. O respeito pelas crianças passa por estes pequenos-grandes gestos. Respeitar não só o seu querer como os seus afectos e manifestações de proximidade, o seu espaço...

( E sobre a nossa cultura de maltratar e negligenciar crianças, olha, cheguei a um ponto que já desligo a televisão para não ver os horrores que todos os dias nos entram casa a dentro. E indigno-me sobretudo com a indiferença geral com que isto se passa, com a passividade de todos, sem manifestações de horror que seja consequente, sem agendas políticas sobre o tema sem petições á Assembleia da república… )

E concordo inteiramente com Maria José. Tem toda a razão nas suas reflexões - o tema da violência contra as mulheres tem todo o sentido num Forum sobre religião, sobretudo porque muitas vezes a religião institucionalizou e aprovou essas formas de violência e porque essa violência é perpetrada por católicos
( alguns que vão á missa todos os Domingos) e porque ainda há alguma hierarquia católica que pactua com esta violência aconselham a as mulheres a sofrer em silêncios e a tudo suportar apontando para o exemplo vítimas de violência doméstica beatificadas pela Igreja por esse motivo.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 24 de May de 2006 04:05

Às vezes também há violência sobre os homens...lol

O marido de uma amiga minha, no Domingo chegou a casa às 6:00 horas da manhã. Perguntou-lhe por onde andaste?
- respondeu, estive na casa de um amigo! Na casa desse amigo fazem patoscadas e juntam-se lá vários. A mulher de um toma depressivos para poder dormir, outra anda doente da gargante, mas presume-se que seja nervos! Isto será violência contra as mulheres, pois a mulheres calam-se para não haver gritos em casa. Nessa casa só se juntam homens, mulher apenas a dona da casa...A dona da casa gostará disto?

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 24 de May de 2006 04:09

Uma das senhoras falou comigo se a posso ajudar? No que pensam que a posso ajudar?

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 24 de May de 2006 04:57

Igreja no Brasil pede respeito pela dignidade de cada pessoa


Congresso Eucarístico Nacional , 22/5/2006 - 16:25


A Igreja Católica no Brasil celebrou de 18 a 21 de Maio o seu 15º Congresso Eucarístico Nacional, que se encerrou com um apelo pelo respeito da “dignidade absoluta de cada filho e filha de Deus”.
O documento conclusivo do encontro, a “Carta Eucarística”, defende que “a Eucaristia promove a vida, a dignidade e a liberdade de cada pessoa”. “Na nossa sociedade, marcada pelo individualismo e egoísmo, há muitas formas de violência contra a dignidade da pessoa humana. Por outro lado, é grande o sonho por liberdade e felicidade”, apontam os participantes.
O Congresso foi presidido pelo enviado especial de Bento XVI, Cardeal Eusébio Oscar Scheid. O Papa escreveu, na mensagem que lhe dirigiu, que “a vida da Igreja se nutre e se fortalece da Santíssima Eucaristia, tesouro de alimento espiritual”.
“Todos os fiéis, unidos por esse vínculo de caridade e alimentados com esse sagrado banquete, se empenham em consolidar e viver, de verdade, a comunhão do Povo de Deus”, acrescentava a mensagem pontifícia.
Os participantes no Congresso manifestaram a sua convicção de que “a Eucaristia transforma a nossa sociedade”.
“São gritantes as desigualdades sociais no Brasil e no mundo. São graves os problemas sociais: desemprego, corrupção, violência, criminalidade e narcotráfico”, denunciam.
Nesse sentido, refere a mensagem final, “na Eucaristia, aprendemos a lutar por iniciativas e práticas solidárias; descobrimos nossa missão de construir uma sociedade de justiça e igualdade, onde os pobres, predilectos de Deus e de Jesus de Nazaré, sejam colocados no primeiro lugar”.
Em conclusão, os delegados e participantes no 15º Congresso Eucarístico Nacional do Brasil asseguram que “faremos tudo para que a experiência que aqui fizemos, da presença do Senhor no meio de nós, seja uma realidade vivida no dia-a-dia das nossas comunidades”.
.




Fonte: [www.agencia.ecclesia]

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de May de 2006 01:56

Sem duvida que as mulheres são as maiores vitimas da violenca domestica.
O problema da violencia domestica deve ser analisado nas suas variadas expressões.

No entanto deve evitar criar-se um estereotipo em que há um sexo que representa o bem e outro que encarna o mal.
Isso pode fazer potenciar varios riscos nocivos. A substimação da violencia sobre os homens, dos filhos sobre os pais (em particular sobre pais idosos existe e por vezes de forma grava), etc. Outro risco é o de potenciar violencias de sinal contrario.

Uma noticia que saiu um destes dias num jornal deixou-me algo perplexo. Poderá indicar este 2º risco?
Duvido mas fiquei com essa hipotese em reserva.

A noticia:
[www.correiodamanha.pt]

2006-05-09 - 13:00:00

Estudo: Diagnóstico a casais em idade escolar
Raparigas mais violentas


D.R.

As discussões entre namorados acabam com frequência em situações de descontrolo que originam agressões violentas
As mulheres são quem mais utiliza a violência física durante o namoro em idade juvenil. Empurrões, murros, bofetadas e arremesso de objectos são as formas mais generalizadas de agressão, tal como refere um estudo da Associação para o Planeamento Familiar (APF) sobre a vitimização sexual nas relações com pares em mulheres adolescentes e jovens, apresentado ontem em Évora.


Uma das principais conclusões deste diagnóstico, segundo Nélson Rodrigues, psicólogo da APF, é que este resultado quebra o mito de que só os homens recorrem à violência.

“As mulheres recorrem mais à agressividade, resultante da perda de controlo, normalmente numa discussão”, disse o investigador.

Os motivos das discussões que depois geram violência entre casais de namorados devem-se principalmente, segundo o estudo, a motivos de ciúme e falta de afectividade entre casais de namorados.

Para esta análise foram recolhidos 596 inquéritos em escolas secundárias, profissionais e de ensino superior de todo os país. Foram inquiridas 444 mulheres e 152 homens, com idades entre os 15 e os 24 anos. A diferença entre o número de inquéritos do sexo feminino e masculino justifica-se pela maior percentagem de mulheres no ensino em Portugal.

A violência de cariz sexual é também abordada neste estudo, e aí são os homens que mais a utilizam. Mas, segundo o especialista, esta é menos significativa em Portugal do que noutros países.

“No estudo, 11,51% das mulheres dizem que já sofreram contactos sexuais indesejados. As taxas em outros países industrializados podem chegar aos 50%”, referiu Nélson Rodrigues, adiantando ainda que no campo da agressão verbal os valores médios entre sexos são semelhantes.

De acordo com a mesma fonte, esta investigação é apenas representativa de uma parte da realidade dos jovens portugueses, visto que a amostra analisa apenas aqueles que frequentam os estabelecimentos de ensino.

REGOU O NAMORADO COM ÁCIDO

“Não és para mim, não és para mais ninguém”. Enquanto dizia isto, Fátima A., de 25 anos, tirou uma garrafa de um saco de plástico e regou o namorado com ácido sulfúrico. Atingiu-o na cara, no tórax e nos membros, provocando-lhe a morte. Reza a história que Fátima A. não suportou o facto de Nuno, de 23 anos, ter terminado a relação. No dia 24 de Maio, dominada pela dor e pela loucura, dirigiu-se ao trabalho do namorado, esperou pela hora de almoço e pediu-lhe para entrar no carro. Fechou as portas e consumou o crime. Os casos de violência entre namorados sucedem-se. Elza Pais, presidente da Comissão para a Igualdade e Direitos da Mulher, diz que o fenómeno está bem presente na sociedade e que aparece agora com mais visibilidade. Os maus tratos entre namorados, assim como ex-companheiros, estão já incluídos nas alterações ao Código Penal. “Estes vão passar também a ser crimes públicos”, diz. A violência doméstica passa assim a incluir todas as formas de convivência entre pessoas.

NÚMEROS

76,7%

Das raparigas puxa para tema de conversa algo que o parceiro tenha feito no passado como pretexto para uma discussão.

64,2%

Das inquiridas diz que utiliza as discussões com o companheiro para afirmar a sua independência e autonomia.

63,2%

Diz que os ciúmes provocados pelo parceiro são o principal motivo das discussões entre ambos.

55,4%

Dos jovens esquece ou não se importa com discussões ou agressões com origem nos problemas do casal.

43%

Discutem por acharem que o parceiro não se aplica o suficiente na relação não satisfazendo as necessidades afectivas.

34 ,4%

Das raparigas já deu pontapés, murros, atirou objectos, esbofeteou, puxou cabelos, ou empurrou o parceiro.

CASOS

AMANTE AGRIDE CASAL

Uma mulher de 20 anos agrediu um homem de 27 e outra mulher de 24, numa discoteca de Santarém. Na origem da agressão, em Abril passado, terá estado uma cena de ciúmes.

ESBOFETEOU O MARIDO

Em 2002, Fátima foi detida depois de ter esbofeteado o marido. Apanhada em flagrante por dois agentes da PSP da esquadra de Santo Condestável, no Porto, acabou por ser acusada.

AGREDIDO PELA MULHER

Paulo Fernandes, 32 anos, foi vítima de violência doméstica. Durante sete anos foi várias vezes hospitalizado. “Precisava de Polícia sempre que entrava em casa”, dizia. Decidiu denunciar o caso em 2005.

NÚMEROS DA APAV

Segundo a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, 3,3 por cento dos crimes contra pessoas ocorrem entre namorados ou ex-namorados.




Editado 1 vezes. Última edição em 25/05/2006 11:26 por camilo.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 25 de May de 2006 03:22

Camilo:

Mais uma vez, Factos são factos.


Em Portugal ( como no mundo) a maioria das vítimas de violência doméstica, nomeadamente Homicídios, sequestro, violação e ofensas corporais graves são mulheres, numa proporção esmagadora ( tu, que gostas de brincadeirinhas com números, devias ter algum pudor com esses teus raciocínios).

Basta consultares qualquer estatística sobre a criminalidade em portugal. Portanto, a aideia de que as vítimas de viol~encia domés tica são essencialamente [b]mulheres não é um estereótipo, como erradamente afirmas , mas uma realidade.



Por exemplo, ao ano passado morrerem 33 mulheres assassinadas, / A tiro, á navalha, queimadas, espancadas, ) e nenhum homem. SEm contabilizar com as que foram agredidas e sobreviveram.

[/b]Quanto à "violência" das raparigas com o namorados, mesmo segundo o estudo que citas, apenas 34,4% das inquiridas afirma já ter usado de "violência física" para com o namorado, em que violência física se traduz em

"deu pontapés, murros, atirou objectos, [i]esbofeteou, puxou cabelos, ou empurrou o parceiro".

Ou seja, essa violência não se traduziu em lesões físicas, ou homicídio.

Dito de outraas forma, 65, 6% dasraparigas nunca teve comportamento agressivos com o namorado.

E as restantes, já aprenderam a defender-se, o que , quanto a minm, é [b]extremamente positivo[/b.

Repara que, segundo o estudo que citas, as discussões entre namorados (que, quanto a mim não são formas de violência mas processos normais em contextos relacionais) exprimem [b]atitudes das raparigas extremamente positivas:


1 - "63,2%
Diz que os ciúmes provocados pelo parceiro são o principal motivo das discussões entre ambos. "

Ou seja as raparigas não aceitam as infidelidades do parceiro, e opoem-se abertameente, o que é extremamente positivo

2 - 43% Discutem por acharem que o parceiro não se aplica o suficiente na relação não satisfazendo as necessidades afectivas , o que é essencial.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 25 de May de 2006 03:52

Dados confirmam retrato feito por organizações nacionais - APAV


O secretário-geral da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima disse hoje que os dados da Amnistia Internacional sobre violência contra as mulheres em Portugal confirmam o retrato já feito pelas autoridades e organizações nacionais.

O relatório da Amnistia Internacional (AI) referente a 2005, que será a presentado hoje, faz referência a Portugal no que respeita aos maus-tratos por p arte das forças policiais e à violência contra as mulheres.

Segundo o documento, pelo menos 33 mulheres morreram em resultado da vi olência doméstica, das quais 29 foram mortas pelo marido, antigo namorado ou par ceiro e quatro por outros familiares.

Para a AI, a violência contra as mulheres em Portugal é motivo de grande preocupação, apesar das medidas criadas desde 1990, incluindo legislação espec ífica, e planos nacionais contra a violência doméstica.

A violência doméstica passa a ser um crime autónomo no projecto de novo Código Penal, punido com pena de prisão de um a cinco anos, revelou à Lusa font e ligada ao processo.

Em declarações à Agência Lusa, o secretário-geral da Associação Portugu esa de Apoio à Vítima (APAV) explicou que o relatório confirma o retrato da situação portuguesa já feito pelas autoridades estatais e pelas organizações não governamentais que trabalham no terreno.

Dados da APAV divulgados em Fevereiro indicavam que pelo menos quatro e m cada cinco vítimas de crimes registados em 2005 pela associação são mulheres, e a maioria destas tinham entre 26 e 45 anos.

Das 14.371 pessoas que pediram ajuda à APAV enquanto vítimas de crime, mais de 12.600 eram mulheres (88 por cento).

Relativamente aos agressores, os dados da APAV indicam que são sobretud o homens (89 por cento), maioritariamente com idades compreendidas entre os 26 e os 55 anos (40,1 por cento).

Ainda segundo a estatística da APAV, em mais de 98 por cento dos crimes o autor é conhecido da vítima, tendo uma relação de proximidade mantida por laços afectivos e/ou familiares, que implicam uma convivência quotidiana.

.
Entretanto, em termos legislativos, o Governo prepara-se para, no âmbit o da revisão do Código Penal, considerar a violência doméstica como um crime aut ónomo punido com pena de prisão de um a cinco anos.

No artigo a criar no âmbito da revisão do Código Penal, entende-se que "quem de modo intenso causar maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo privação da liberdade, a cônjuge, ex-cônjuge ou com quem vive em união de facto, bem co mo aos filhos, é punido com pena de prisão de um a cinco anos".

[www.regiaodeleiria.pt]

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de May de 2006 11:50

Eu disse inicialmente que a minha percepção é que as maiores vitimas de violencia são as mulheres.

Apenas quis ressalvar que não nos devemos ficar nos estereotipos. Podem induzir em erro.

Sobre esse numeros de agressões há que dizer varias coisas:

1 - a enorme maioria das violencias não se reveste de gravidade tal que venha a figurar nas estatisticas de mortes, violações, agressões graves

2 - aliás creio que a enorme maioria das agressões nem sequer é conhecida fora da família mais proxima.

3 - é sabido que o homem quando agredido tem mais dificuldade em pedir ajuda externa. Sente-se humilhado e tende a esconder a agressão.

4 - as agressões psicologicas são mais dificilmente percebidas como agressão. Muito dificilmente entram nalguma estatistica. E suspeito que este tipo de agressão pode ser a mais frequente na actualidade.



disse que:

Quanto à "violência" das raparigas com o namorados, mesmo segundo o estudo que citas, apenas 34,4% das inquiridas afirma já ter usado de "violência física" para com o namorado, em que violência física se traduz em
"deu pontapés, murros, atirou objectos, esbofeteou, puxou cabelos, ou empurrou o parceiro".


apenas?!?!

34% é um numero elevadissimo. Espero que não existam 34% de agressões fisicas nas familias portuguesas. Não me parece aceitavel que se desculpabilisem as agressões fisicas por delas não terem resultado lesões graves. Tanto que o facto de dessas agressões resultarem lesões depende muito da força fisica do agressor.
Muitas destas agressões são cometidas em estado de ira, logo o agressor/a não controla a força.
É obvio que uma estalada de uma mulher de 50 kilos que trabalha na costura não provoca os mesmos danos que um soco de um homem de 80 kilos que trabalha na construção civil.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 25 de May de 2006 17:28

Como a Amnistia Internacional apresentava dados sobre a violência exercida, em Portugal, sobre mulheres (indicando dados concretos) e sobre presos o tópico que lancei tem este nome.

Acho, no entanto, que há muita violência sobre os homens. Geralmente é de outro estilo. Não matam...mas faz-se, muitas vezes, chantagem psicológica.

Acho que, nós as mulheres, temos, em geral mais tendência para esse tipo de violência.

Vou dar alguns exemplos:

A mulher para o marido: "tem cuidadinho, se não nunca mais te deixo ver os nossos filhos"; "aqui, quem manda sou eu... vai ter com a tua mãezinha...";" não estou para te tirar as fraldas, a tua mãe que te ature", " a casa é minha...tu vai para onde quiseres", "os filhos são meus, estiveram dentro da minha barriga".

Sei de maridos amargurados, com medo das mulheres. São mais dependentes. E, algumas mulheres, utilizam isso para exercer violência sobre os homens.
As mulheres têm maior facilidade em se "desenrascarem"

Acho que a violência sobre os homens devia, também, ser referenciada e estudada em profundidade.

Em muitos casos eles não vivem em liberdade. Estão sujeitos à tirania das mulheres, ou dos patrões, etc.
Outro exemplo: mulheres que acusam homens de assédio sexual. Alguns casos é verdade. Outras não. Às vezes eles é que estão sujeitos a esse assédio e têm medo, que as espertalhonas ponham as culpas sobre eles. Às vezes, coitados, o cuidado que têm de ter...

Acho que tudo o que é violência, seja sobre quem for; é um atentado à dignidade humana.
Quando atentamos contra essa dignidade não estamos a fazer o que Deus espera de nós. Dito de um modo cristâo: estamos a cometer um pecado.

Outro aspecto ainda: Será que vocês não acham que devemos denunciar a violência?
Acho que não o fazer é, pelo menos, um pecado de omissão

Luís
Passei a falar em pecados para tu veres que este assunto tem a ver com o cristianismo.
A questão do pecado não é o único aspecto...mas, assim talvez passemos a entrar no mesmo comprimento de onda... A tua mulher o que acha?
Faz-me impressão que a Susete quase não apareça... será que ela fica a arrumar a cozinha e tu vais para a Net? (desculpa a impertinência mas apeteceu-me brincar... , isso seria uma forma de violência caso a Susete não goste dos tachos...)

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 25 de May de 2006 21:18

Maria José

Queres brincar com o Luis, não!:)
Há pessoas que não gostam de escrever, apenas ler, a Susete pode ser uma delas...
E quantos homens não ajudam nada as mulheres em casa? Por causa disso ensinei o meu filho a lavar a roupa e limpar a casa. E lava melhor a roupa do que algumas mulheres, podes crer! :) lololololo. A mulher que casar com ele, não o vai mandar para a casa da mãe dele! :)

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 26 de May de 2006 18:41

Mateus 5,38-40
Quando Jesus disse que devíamos dar a outra face, não queria significar que pedíssemos ao nosso adversário que nos espancasse ainda mais, etc ...

O que na verdade queria dizer é que não pagássemos com a violência a violência de que somos alvo. Não nos adianta nada estar a resistir ao mau com ainda mais violência. Violência gera violência e é uma bola de neve. O mais fraco fica sempre a perder.

Contudo o amor AGAPE, exercido mesmo para com as pessoas em quem não confiamos, é também contagioso, como uma bola de neve. Ficamos sempre a ganhar. O AMOR ÁGAPE gera o arrependimento dos nossos inimigos.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 26 de May de 2006 20:45

Olá Ana

És uma mãe que pensa em tudo.

Isto da Susete foi uma brincadeira. Mas, às vezes, acontece...

Adeus

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 27 de May de 2006 13:54

Maria José

Eu sei que foi brincadeira:)
Mas há pessoas que não gostam de escrever, não gostam das teclas, como diz o Alef:)

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 27 de May de 2006 15:34

Luis

Eu sempre dividi as tarefas domésticas por todos cá em casa. Sabes o que o meu filho fazia quando chegava a vez de lavar loiça ou tachos? Metia tudo dentro da máquina até os tachos...tu faz o mesmo! :)
Agora ele não está em casa, está a tirar o Mestrado fora. A primeira coisa que viu, foi se o apartamento tinha máquina de lavar loiça:) Eazy!!!

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 27 de May de 2006 17:52

Lembro-me muito bem que quando eu era adolescente (e até bem depois) as mulheres não autorizavam que os homens andassem a cheirar na cozinha.
A cozinha era o santuário das mulheres.
Agora tudo mudou!
É rara a mulher que seja boa dona de casa.
Os homens precisam de se desenrascar sem dependerem delas.
Também elas já conseguem viver sem depender deles (economicamente).
O ser macho e forte já começa a não ser sinónimo de melhor salário.
A evolução tecnológica favoreceu a mulher nos trabalhos mais delicados.
O homem está a perder a corrida. A mulher parece que vai dominar o mundo futuro.
O feitiço do PODER está a voltar-se contra o feiticeiro: o macho.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Violência sobre as mulheres
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 27 de May de 2006 18:12

Manuel

Isso já é do passado...até há homens bons cozinheiros. Só que alguns não querem mesmo nada, sentam-se a ler o jornal ou a ver Tv. e a mulher que faça tudo.
Uma mulher em casa tem muito a fazer, se ela quiser ser boa dona de casa. O meu filho tinha 6 ou 7 anos já punha a mesa. E ao pôr a mesa nunca põe a mesa com um copo diferente, foi assim que lhe ensinei! Talher, pratos e copos todos iguais para todos.

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