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Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 27 de January de 2003 14:38

Eu referi-me à tradução da Bíblia Sagrada da Difusora Bíblica. É provável que noutras traduções seja diferente. Mais logo coloco as referências que existem de 'Hades' e 'Geena'.

Luis

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 27 de January de 2003 23:58

Com a tua imaginação e criatividade é possível encontrar isso e muito mais ;-)

Luis

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 28 de January de 2003 00:12

Hades - do grego Hades - Aparece 7 vezes na Bíblia Sagrada, tradução da Difusora Bíblica: Sb - 2, Sir - 2, Br - 3 (Sb 1, 14; 1,16; Sir 17,27; 21,10; Br 2,17; 3,11; 3,19)

Geena - do grego Geena - Aparece 10 vezes na Bíblia Sagrada, tradução da Difusora Bíblica: Mt - 6; Mc - 3; Lc - 1 (Mt 5, 22; 5,29; 5,30; 10,28; 18,9; 23,33; Mc 9, 43; 9,45; 9,47; Lc 12, 5)

Volto a chamar a atenção que a tradução da Bíblia que o site Crosswalk faz utiliza normalmente é a versão King James Version, e aqui citei da tradução da Difusora Bíblica.

Luis

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 23 de February de 2003 23:59

Na sexta-feira à noite, o canal Odisseia passou uma reportagem sobre possessões demoníacas, o ritual oficial da Igreja para o exorcismo, as rezas e rituais de expulsão de demónios por um "bruxo", etc.. Ao ver um pouco do programa, lembrei de "puxar" este tema novamente, pois até ao momento, pouco se disse sobre o assunto.

Se a Igreja tem um ritual oficial de exorcismo, depreende-se as possessões demoníacas existem. E nós, acreditamos nelas?

Luis

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 00:25

Yo no creo en brujas, pero que la hay, hay...

Nunca encontrei alguém que estivesse à vontade a falar destas matérias de possessões diabólicas e exorcismos... É uma "zona cinzenta" de desconhecimento. Mas reconheço alguma autoridade e bom senso uma pessoa que uma vez dizia o seguinte: há situações que vão para além dos casos de "meros" problemas psquiátricos ou "doenças mentais". Certamente não podemos afirmar com "certeza científica" que esta pessoa está possessa do Demónio, mas não temos dúvida que estamos na presença de uma situação diabólica... É talvez uma forma de dizer "nim", mas talvez não possamos dizer nada mais...

Talvez a melhor "atitude" seja a de colocar as nossas "certezas" numa posição de humildade, pois o todo da realidade escapa-nos... E o aspecto vivencial conta muito. Racionalmente sei que muitos fenómenos são simplesmente parapsicológicos e não temos que meter o "maravilhoso" onde ele não tem que estar nem como "tapa-buracos", mas ainda hoje me admiro da impressão que me fez ter presenciado um destes fenómenos (telecinesia, os casos de objectos que se movem "por si"), numa casa possivelmente "assombrada"... Por isso, neste concreto, talvez se aplique a máxima de Wittgenstein (de que não convém abusar): "do que nada se sabe é melhor calar"... Há que apostar, sim, no que realmente importa: que Deus é Quem tem a última palavra sobre o universo e a história e não o mal, nem o diabo.

Quanto aos exorcismos, creio que este Papa já fez pessoalmente vários. Creio também que em cada diocese há um padre encarregado destes casos e poderá actuar com autorização do bispo em casos previamente estudados. Felizmente isso acontecerá rarissimamente...

Há também um bom meio de exorcismo acessível a toda a gente: uma boa celebração do sacramento da Reconciliação (também conhecida como confissão)... Por que estará tanto em crise?

Alef

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 09:27

Bem este tema está interligado com a questão da doença mental e misticismo...
Em Portugal não há padres exorcistas reconhecidos pela santa sé. Isto porque haveria tendência em Portugal para exagerar nestas práticas.
Assim os padres que fazem rituais fazem-no á revelia da hierarquia, que condena estas práticas.
Em frança existe um grupo de exorcistas reconhecidos pela Santa Sé, com padres formados em teologia mas também em psiquiatria. Desde que essa "comissão de peritos" tomou posse os exorcismos deixaram de ser utilizados.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 10:04

Bem, acho que se tende-se a abusar da palavra "misticismo", como se a palavra se aplicasse univocamente a fenómenos estranhos... Gostaria de "saber" onde inserir S. Bruno, S. Francisco de Assis, S. João da Cruz, Santa Teresa de Jesus, Sto. Inácio de Loyola, Santa Teresa do Menino Jesus, Thomas Merton, Beata Isabel da Trindade, Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)... E isto para mencionar apenas nomes sonantes da Igreja Católica Latina...

Bom, já agora mencione-se a horrorosa moda de usar a palavra "desmistificar" por tudo e por nada, confundindo-a com "desmitificar"... E agora que estas palavras chegaram ao futebolês, estamos bem arrumados...

@£€§

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 10:19

Bem , de fcato, o misticismo de alguns santos é muitíssimo estranho... AS exaltações e visões de Santa Teresa de àvila, por exemplo...
Alguns comportamentos de S. Francisco de Assis...
Mas esses comportamentos e "exaltações" estão muito situados historicamente e foram interpretados segundo os padrões de inteligibilidade do seu tempo.
AS grandes exaltações histriónicas típicas da Idade Média, em mosteiros e conventos estão muito bem descritas...
Hoje em dia, a leitura para o seu comportamento seria muito diverso...

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 10:30

É como a história dos ataques de epilepsia, tomados por convulsões demoníacas.
Na Bíblia, está descrita uma situação desse tipo.
Obviamente que não se trata de nada de possessão demoníaca, mas sim de um caso clínico em que há uma descarga eléctrica anormal no cérebro do doente que desencadeia episódios de espasmos musculares graves e perda de consicência - grande mal - ou apenas perda de consciência, ou seja, os chamados momentos de ausência - pequeno mal.


Anna

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: ana (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 17:31

Curiosamente, já Hipocrates dizia que a epilepsia não era um mal sagrado mas uma doença do corpo e muito possívelmente do cérebro... Muito antes de Jesus cristo...
ana

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 24 de February de 2003 23:28

Anna,

Acho que o Alef já tinha considerado a hipótese de muitos dos casos em que se julga possessões diabólicas ou demoníacas, não passam de problemas psiquiátricos ou "doenças mentais". Mas aquilo que vos pergunto é o seguinte: haverá alguma coisa mais para além destes casos que a ciência não consiga explicar?

Luis

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 25 de February de 2003 09:59

Olha, Luís, para te ser sincera, não sei.
Posso dizer, e fora do âmbito das doença mentais, que há situações de coma que recuperaram e outras que não. Houve casos que os médicos deram como perdidos e recuperaram, outros que não estavam à espera da morte do paciente.
O cérebro humano é muito complexo. Já se defendeu que o mesmo estava dividido em partes distintas, tipo centros de comando. Dado determinados casos clínicos, já se pôs de parte essa teoria.
Acredita-se na plasticidade das células nervosas, já que, como todos sabemos, estas não são renováveis. Segundo esta tese da plasticidade das células nervosas, acredita-se que as células saudáveis e não lesionadas começarão a trabalhar a 150 ou a 125 % para colmatar a falta das que foram atingidas.
Mas tudo depende de diversos factores, em que o mais determinante parece ser o da idade do paciente: quanto mais novo for, maior plasticidade as suas células nervosas têm.
Há coisas que a ciência ainda não consegue explicar, é certo.
Mas naquelas que consegue, devemos dar graças a Deus.
Deus não nos quis ignorantes. Descobrir como funcionam as coisas, é descobrir a grandeza das obras de Deus.
Pessoalmente, não acredito em Satanás como entidade. Acredito mais que seja uma metáfora à nossa natureza imperfeita.

Anna

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 25 de February de 2003 19:36

É... esse é um tema em que temos que nos preocupar, pois se não estivermos a caminho para o céu, certamente estamos a caminho do inferno, pois não há meio termo.

Se o único caminho para o céu é Jesus, para onde vão os que seguem outras religiões que não são o cristianismo... caso a se pensar. Será que Deus terá misericórida dessas pessoas? Sim, porque a Sua Palavra diz que ele é Amor, mas também, é fogo consumidor.

Sobre a existência de Satanás... pelo que entendo da Bíblia, ele era um querubim, cheio de poder e muito bonito. Foi criado juntamente com os outros anjos, antes de Deus criar a Terra e tudo que nela há. Mas quando Ele percebeu o Plano de Deus para a humanidade, viu que o homem estaria acima dos querubins. Ele com sua glória, não queria perdê-la. Exaltou-se em seu coração e quis ser como o Altíssimo (Is 14:14) e foi lançado ao abismo, levando consigo a terça parte dos anjos.
Desde então, ele trabalha para destruir os planos de Deus, mas já está vencido através da vitória de Cristo na cruz que se estendeu a toda a humanidade.
Satanás existe, mas não é mais poderoso que Deus. Os demônios são os anjos caídos. Eles existem e estão na região celestião, invisíveis aos olhos da carne, mas trabalham dia e noite para destruir vidas, enganá-las, destruir famílias, que é o alicerce da humanidade.
A Guerra espíritual que Paulo fala em Efésios é essa. Uma guerra dos anjos de Deus, contra os anjos caídos. Podemos ver um tremendo exemplo em Daniel 10:13 "Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia".
Príncipe da Pérsia é um demônio regional. Eles não são onipresentes e tem sua região determinada para "trabalhar".
Muito sinistro...

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 25 de February de 2003 19:44

Muitas vezes, pessoas pertubadas mentalmente estão sob domínio de demônios.
Aquele endemoniado gadareno por exemplo... Ele tinha tanta força que ninguém conseguia prendêlo. De onde vem tanta força? Quando Jesus expulsou os demônios, foram mais de 3000, que entraram naquela manada de porcos. O rapaz ficou totalmente curado. Isso ainda acontece nos dias de hoje, porém, assim como os apóstolos não conseguiram expulsar os demõnios, pois para expulsar legiões é necessário muito jejum e oração, nós hoje, nos encotramos nessa situação.
A falta de fé, de assumir a autoridade que Jesus nos deu, nos faz impotentes diante disso, mas felizmente, ainda há pessoas com essa fé. Poucas, mas há.

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 25 de February de 2003 22:17

Andreia,

Já tinha ouvido em tempos, uma história parecida com aquela que contas sobre Satanás (diabo), embora sempre a tenha considerada como um mito ou uma metáfora. Um pouco à semelhança da criação de Adão e Eva (na realidade não foi assim que o homem e a mulher surgiram à face da Terra). Também acho que o mais importante não é como surgiu (se surgiu). Talvez como os demais, não tenho uma opinião formada sobre o assunto.


Quanto ao Inferno, se consideramos o Céu como a Vida eterna, em oposição, o Inferno será a morte eterna - a morte... para sempre.

Luis

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Ana Amorim (IP registado)
Data: 26 de February de 2003 11:40

Não sei se já viram o filme "1492 - a conquista do Paraíso", que relata a descoberta do continente americano por Cristóvão Colombo.
Nesse filme, terá havido uma frase - de que me recordo perfeitamente - que me fez (e ainda faz) muito sentido: "O Céu e o Inferno podem ser ambos terrenos".
Cada vez constato mais que é uma realidade.
A Vida Eterna não é algo que comece após a morte física: começa aqui, desde o momento em que nascemos.
E a Vida Eterna alimenta-se de amor. De amor incondicional. De crescimento e de amadurecimento como seres humanos.
O Inferno é precisamente estar privado deste amor. É permanecer mimado, egoísta e infantil. É recusar-se a crescer. É rejeitar o perdão, quer de Deus, quer dos outros. É recusar-se a errar porque quer ser perfeito.
O Demónio, para mim, não é uma entidade parecida a um bode, que faísca chamas por todo o lado, e que segura um tridente. Isso é para assustar criancinhas! Por ser representado como feio e terrível, é uma metáfora e uma alusão às nossas imperfeições, precisamente aquilo que não nos deixa crescer, nem amar verdadeiramente. É o que nos priva do amor verdadeiro.
Como todos nós somos imperfeitos, todos nós temos um pequeno diabo dentro de nós. Pode ser o medo de viver e de se entregar a algo ou a alguém. Pode ser o nosso perfeccionismo doentio. Pode ser algum vício prejudicial à nossa saúde...
Concordo quando a Andreia diz que os doentes mentais são possuídos pelo "Demónio", não porque sejam possuídos pela tal entidade (isto faz lembrar a Idade Média - que, por acaso, também se chama "das Trevas"), mas porque a base da doença mental é o egoísmo.
Uma história para exemplificar: um miúdo saiu à rua com a mãe. Pediu-lhe para comprar pipocas. A mãe tentou tirar as pipocas de uma máquina, mas a máquina não havia meio de funcionar.
A criança, naturalmente, começou a chorar porque queria as pipocas e estas nunca mais saíam da máquina.
Os doentes mentais são, num nível muito elevado, como esta máquina: não podem dar algo a alguém, porque lá dentro há alguma coisa que não está a funcionar. E não está a funcionar precisamente porque existe uma autêntica guerra civil dentro da pessoa, cujo centro se encontra no seu ego. Está presa a si mesma.
É errado pensar que o amar-se a si mesmo é egoísmo. O odiar-se a si mesmo é que é, já que impede a pessoa de se virar para os outros, dado que é consumida pelo seu próprio ego, e não consegue resolver essa guerra auto-destrutiva. Quando o ódio por nós mesmos atinge níveis inimaginários, ficamos doentes: "estão todos contra MIM", "SOU um inútil", "andam a perseguir-ME", são algumas das frases mais ouvidas das bocas de depressivos, de maníaco-depressivos (as patologias bipolares), de esquizofrénicos (com a ressalva de estes casos terem uma origem genética), neuróticos, psicóticos.
Quanto aos doentes epilépticos, esses sim confundidos com vítimas de Belzebu, a força de que a Andreia fala nada mais é que as convulsões que o epiléptico sofre aquando de um ataque (grande mal).
Os seres vivos animais em condições neurológicas normais, têm um controlo óptimo na sua coordenação motora, e isto inclui controlo sobre os movimentos e a força destes. Quando o cérebro sofre uma descarga eléctrica anormal (ataque) esse controlo desaparece e o doente fica inconsciente e sem possibilidade de resposta para controlar os seus movimentos e a sua força. Durante os ataques, é normal os doentes urinarem-se (falta de controlo sobre os esfíncteres), babarem-se e morderem a própria língua. É como um curto-circuito no cérebro de uma pessoa: fica tudo apagado por alguns dramáticos instantes. Nada se trata de diabos ou coisa parecida. São coisas físicas.
Durante séculos acreditou-se nisso e doentes que já sofriam com a própria epilepsia foram sujeitos a tratamentos perfeitamente cruéis para expulsar o tal demónio do corpo.


Anna

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Andréia (IP registado)
Data: 26 de February de 2003 13:16

Luiz,

A morte, na Bíblia diz respeito a separação do homem e Deus e da corruptibilidade. Deus disse que Adão morreria se pecasse, mas quando ele pecou, simplesmente deixou de ter a comunhão que tinha com Deus, e seu corpo deixou de ser imortal.
A ressurreição para a vida é ter a vida eterna de prazer do lado de Deus, com o corpo icorruptível como o de Jesus é hoje. " Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam" (1 Co 2:9)
A ressurreição para a morte, seria o inferno, ou seja, a separação eternamente de Deus, onde não há prazer, mas "choro e ranger de dentes", onde "o verbo não morre e o fogo não se apaga" (Mc 9:44).

Se não acreditarmos no que Deus fala através da Bíblia, então, como vamos acreditar que Jesus é o salvador? Se não exsite inferno, para que salvação? Para que existe o cristianismo?

Acredito inteiramente na Bíliba... que Adão e Eva foram nossos pais e, naquela época, não morriam cedo, mas se multiplicaram na terra. Acredito no dilúvio... inclusive a arqueologia nos ajudou em muitos aspéctos para provar o que a Bíblia nos diz:
Encontraram escritos antigos em várias civilizações, de diferentes continentes que diziam basicamente a mesma coisa sobre a criação, sobre o dilúvio, porém mudaram os nomes, e colocaram que tudo era obra dos deuses.... a história semelhante a que temos em Gênesis.
O que é isso? Fica provado que todos vieram de uma mesma origem, pois tem a mesma história para contar, que foi passada de pai para filho, porém, a história de Moisés, foi inspirada pelo Espírito Santo e não passada de pai para filho.

A ciência já provou que os continentes não eram assim. Eram uma terra só. A Bíblia nos revela sobre a separação das terras... interessantes, não.

Em Isaías é revelado que a Terra era um globo... imagine... o homem foi descobrir isso tantos séculos depois... se acreditassem na Bíblia...

Em Jó é revelado sobre a pressão da Terra... a Gravidade, descoberta tantos séculos depois...

A ciência fala que há uma diferença de algumas horas na rotação da Terra... em Josué, Deus voltou a Terra para que a Guerra terminasse antes do anoitecer... Pra Ele há impossível?

Ou seja, a Bíblia é verdadeira. Agumas coisas podem parecer anormais mas para Deus isso não existe impossível, então, creio em tudo que está escrito, sem que seja alegorias, ou metáforas. Até o Apocalípse, se analisarmos bem, dá para entender muita coisa, e quando está muito metafórico, o próprio livro se explica.

Se não crermos no que a Bíblia diz, em vão é o cristianismo...

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: João Oliveira (IP registado)
Data: 26 de February de 2003 16:54


Bem, considero que a questão da interpretação devida à Bíblia se aplica universalmente a todos os aspectos do Cristianismo, e portanto afecta a forma como se encara o Inferno e o diabo.

Os católicos habituaram-se a interpretar ligeiramente o que lêm e ouvem, a procurar esta ou aquela explicação que lhes soasse melhor, e perdeu-se a unidade em tantos aspectos, doutrinais e morais. Na verdade, isto tem de mudar, devemos estar centrados em doutrinas comuns muito além do que cada um teve a oportunidade de as aprofundar.

Nesta questão em concreto: o Inferno, estado de total auto-exclusão de Deus, conforme a Ana Amorim bem se referiu, é REAL. Caso contrário, estaríamos a "brincar à salvação"... Se não houvesse realmente um estado de comunhão eterna e um estado de danação eterna, o que Jesus fez e disse torna-se realmente patético. Nem sequer comovente, mas patético: ridículo, estúpido, desnecessário... Um homenzinho a brincar aos deuses e que se deixou morrer numa alienação incompreensível... Ah, claro, e não teria ressuscitado (seria uma metáfora "espiritual" tal como a do céu/inferno).

Há quem tome o bem e o mal apenas politicamente: o que interessa é que as pessoas sejam boas; quanto à religião, não interessa, até porque a verdade (nesses assuntos) não existe. Assim, realidades transcendentes como Céu e Inferno não interessam realmente, pois tudo se resumiria à única vida que existe, a terrena. Muitos dos que contestam o Inferno (muitos também dos que acolhem qualquer teoria reencarnacionista) entendem assim a espiritualidade, algo que serve para tornar boas as pessoas, promover a caridade e nada mais.

Quanto ao diabo, a questão é muito mais controversa. Na Idade Média, ocorreu uma paganização terrível, "vestindo" o diabo principalmente com a iconografia do deus Pã (curiosamente, muitos protestantes iconoclastas aceitam o "chifrudo"...). Foi também por essa altura que se atribui a possessão diabólica a diversos fenómenos estranhos, dado que se passou a considerar . Os protestantes levaram da Igreja essa noção de diabo e ainda hoje vêm o "vermelhinho" em todo o lado. Os católicos tendem a ser mais comedidos, mas muitos caem nos extremos da negação completa ou da credulidade tonta.

Não temos forma de confirmar a existência do diabo como um "ente", mas sabemos o que ele não é: não é o mal "em pessoa", numa noção maniqueísta da realidade; não é senão tentador e colaborador com Deus no discernimento dos pecadores (o diabo aliado a Deus?? Hehehe...); não é o "chefe" do Inferno nem do mal; não é invencível; não é um bode, não anda de tridente na mão, não reconhece a cruz invertida como seu símbolo, etc.

Seria interessante reflectirmos sobre o Inferno muito mais que sobre o diabo, na minha opinião. Aliás, podíamos entender melhor o que a Bíblia diz sobre a Salvação, o Céu, o Inferno e o Purgatório. Concordo com o Alef quando ele diz, tal como eu já tinha anunciado, que nem os cientistas sabem explicar certas "possessões", mas sabemos que os exorcismos funcionam bem. Por exemplo, no Baptismo e na Reconciliação.

Aliás, eu até acrescentaria a música como uma boa forma de nos "exorcizarmos"... ;o)

João

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 26 de February de 2003 20:35

Andréia:

Então Isaías disse que a terra é um globo? Olha que não... Acho perigoso cair no concordantismo bíblico. A Bíblia não é um livro de ciência nem deve ser instrumentalizada. Pelos vistos, não leste o tópico de discussão com o Hugo Castro, especialmente o que debatemos sobre o sentido da verdade/inerrância bíblica. Também ele recorria ao mesmo tipo de argumentação. Copio para aqui uma parte de uma minha mensagem. Vem de encontro à tua argumentação.

Citação:
- A terra é redonda ou tem quatro cantos?
a) Isaías 40:22 – Será que, como alegas, Isaías diz que a terra é um globo? Não! O que muitas traduções mencionam é “o círculo da terra”. Mas isso apenas confirma o que eu disse na minha mensagem: a terra era “vista” como um “prato invertido”, que tem a forma de círculo. Note-se que um círculo se inscreve num plano de duas dimensões, enquanto a esfera se inscreve num plano tridimensional.

Vejam-se as traduções de KJV e NIV: «He sits enthroned above the circle of the earth, and its people are like grasshoppers. He stretches out the heavens like a canopy, and spreads them out like a tent to live in». (KJV e NIV, Isaías 40:22)

De resto, e com isto entramos no outro grande tópico desta mensagem, este versículo entra(ria) em contradição (falo sempre em termos literais) com outros versículos. Vejamos: a Bíblia fala frequentemente nos “quatro cantos da terra” (ver Isaías 11:12; Apocalipse 7:1) e nas “extremidades da terra” (ver Job 38:13; Daniel 4:11 e Jeremias 16:19); Em Mateus 4:8 diz-se que “o demónio conduziu-O [Jesus] a um monte muito alto e, mostrando-Lhe todos os reinos do mundo” (se a terra é esférica não é possível de um só ponto ver todos os outros)... Pergunto: podemos ler a Bíblia literalmente? Pergunto também: como pode um círculo ter “quatro cantos”? Continuas a defender que temos que ler a Bíblia literalmente?

b) Como pode a terra mover-se, se tem pilares? “Fundastes a terra sobre bases sólidas, inabaláveis para sempre” (Sl 104:5) – logo como pode a terra mover-se? Ver outro texto: “Ele [Deus] sacode a terra do seu lugar, e abala as suas colunas” (Job 9:6; ver Job 38:4).

c) Entretanto encontrei um “link” com um esquema (desenho) daquilo a que me referia e com muitas referências à visão cosmológica subjacente aos textos bíblicos. Ver [www.religioustolerance.org] (título: “The Bible AND Cosmology: Bible passages about cosmology”).


- Tratemos agora de várias contradições (entre mais de uma centena!) que um fundamentalista tem que enfrentar. Por ser mais fácil, referirei sobretudo exemplos do Novo Testamento e do Pentateuco (Torah).

1. As árvores foram criadas antes do homem (Gén 1:11-12; 26-27) ou depois (Gén 2:4-9)?

2. E os animais? Antes do homem (Gén 1:24-27) ou depois (Gén 2:7; 19 )? E os pássaros?

3. Homem e mulher foram criados ao mesmo tempo (Gén 1:26-27) ou o homem foi criado antes da mulher (Gén 2:7, 21-22)?

4. Como se explica que sendo Adão ameaçado de morrer no dia em que comesse do fruto da árvore (Gén 2:17) viveu um total de 930 anos?

5. Antes da Torre de Babel havia muitas línguas (Gén 10:5, 20, 31) ou apenas uma (Gén 11:1)?

6. Jessé, pai de David, teve um total de oito filhos (1Samuel 16:10-11, 17:12) ou apenas sete (1Crónicas 2:13-15)?

7. AS GENEALOGIAS DE JESUS. Faço-te um desafio: coloca numa coluna os nomes da genealogia de Jesus na versão de Lucas (desde Adão) e na de Mateus (desde Abraão). Compara as duas colunas a partir de David. Terás uma interessante surpresa! E mais uma surpresa: Mateus diz que “todas as gerações desde Abraão até David, são catorze gerações; de David até ao desterro de Babilónia, catorze gerações; e, desde o desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações” (Mateus 1:17). Agora contemos. Pois bem: na terceira série de “catorze” gerações só há treze! Podemos ler a Bíblia literalmente? Contemos ainda mais: segundo Mateus 1:17 há vinte e oito gerações de David a Jesus; segundo Lucas 3:23-38 há quarenta e três gerações...

Mais: Mateus 27:9 cita uma profecia como sendo de Jeremias, mas, em vez disso, a profecia referida é de Zacarias (Zacarias 11:12-13). Veja-se também a contradição histórica entre Mateus 23:35 e o Segundo Livro das Crónicas 24:20-21. O Zacarias de que Mateus fala é filho de Jojada (ou Joiada, noutras transliterações) e não o profeta Zacarias, esse sim, filho de Baraquias (Zac 1:1).[mais pormenores em [www.2think.org] ]

8. Se João Baptista percebeu a verdadeira identidade de Jesus como Messias (Mt 3:11-14, Jo 1:31-34), por que razão mais tarde João Baptista envia discípulos a perguntar-Lhe se Ele era o Messias?

9. A purificação do Templo (ou expulsão dos vendilhões) acontece no início da carreira de Jesus (Jo 2:13-16) ou no fim (Mt 21:12-13)?

10. Jesus começou o seu ministério depois da prisão de João Baptista (Mc 1:14) ou antes (Jo 3:22-24)?

11. Porque é que a ordem dos lugares por onde passou Jesus durante a Paixão não coincidem? (compare-se de um lado Mt 26:57, Mc 14:53, Lc 22:54 e do outro Jo 18:13-24).

12. Judas enforcou-se (Mt 27:5) ou precipitou-se de cabeça para baixo e rebentou pelo meio (Act 1:18)?

13. Na manhã da Ressurreição as mulheres foram ter com os discípulos cheias de alegria (Mt 28:6-8) ou convencidas de que roubaram o corpo do Senhor (Jo 20:1-2)?

14. Quantas pessoas foram em primeiro lugar ao sepulcro? Duas, isto é, Maria e a outra Maria (Mt 28:1)? Três, isto é, as anteriores e Salomé (Mc 16:1)? Pelo menos cinco (Lc 23:55 - 24:1, 24:10)? Ou apenas uma, isto é, Maria Madalena (Jo 20:1)?

15. Pode o morcego ser classificado como uma ave (Levítico 11:13-19)?

16. Será que as serpentes se alimentam de pó da terra (Gén 3:14)?

17. Será a medida de Golias exacta? Se 1 Samuel diz que Golias media seis côvados e um palmo, isso significa 4 (quatro) metros e 18 (dezoito) centímetros (côvado = 66 cm; palmo = 22 cm).
Alef

Re: O Inferno e o diabo...
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 26 de February de 2003 22:28

Vamos tornar a referência de cima linkável. Vale a pena visitar:

[www.religioustolerance.org]

Alef

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