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Imigração e imigrantes
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 13 de May de 2006 21:47

Um dos aspectos da floresta que é preciso analisar: a questão da imigração.

O facto de sermos cristãos é razão de sobra para nos preocuparmos com este assunto. A comissão Justiça e Paz, a Doutrina Social da Igreja alertam-nos para a igualdade entre todos os seres humanos.
Mas será que isto acontece? Evidentemente não.

Saiu hoje dia 13/5 no D.N. o artigo que passo a transcrever:
Imigração, problema sem solução à vista
por Francisco Sarsfield Cabral


Sucedem-se nos Estados Unidos manifestações e boicotes de imigrantes contra restrições à entrada de trabalhadores estrangeiros e a expulsão dos ilegais, medidas em debate no Congresso. No passado dia 1 (que não é feriado nos EUA) dezenas de milhares de imigrantes não foram trabalhar, provocando perturbações em várias actividades económicas, desde as cadeias de fast-food aos serviços domésticos.

Foi uma forma inteligente de os imigrantes mostrarem que são indispensáveis à economia americana. Aí está o drama: a América precisa dos estrangeiros, mas a maioria dos americanos não os quer.

O caso norte-americano é significativo por dois motivos. Porque os americanos têm uma tradição de integrar estrangeiros e porque a taxa de natalidade nos EUA é das mais altas do mundo desenvolvido.

País de imigrantes (os indígenas foram quase todos eliminados), os EUA têm sabido assimilar gente das mais diversas origens. Muitas vezes foi contraposta essa capacidade americana às dificuldades dos países europeus na integração de estrangeiros.

Na Europa, os distúrbios em França no Outono passado mostraram que tinha falhado o modelo de assimilação. Como os atentados de Londres, em Julho de 2005, indiciaram o fracasso do modelo multicultural britânico: os terroristas haviam nascido em Inglaterra e estavam relativamente bem integrados na sociedade?

Ora, pelo que agora se vê, os problemas norte-americanos com a imigração não serão, afinal, tão diferentes dos europeus. O célebre melting pot está em crise.

Nada de absolutamente novo: sempre os que já lá estavam pretenderam que, depois de eles chegarem, se fechassem as portas à entrada de mais gente. Só que, desta vez, o afluxo de imigrantes é muito grande, sobretudo o proveniente da América Latina e em particular do México, que tem uma longa fronteira com os EUA.

Um dos problemas é que o espanhol começa a fazer sombra ao inglês como língua falada nos EUA. Há inúmeros canais de televisão em espanhol. Bush, que até se gabava de falar espanhol, disse há dias o que nenhum dos seus antecessores sentira necessidade de dizer: chamou a atenção para que a letra do hino nacional dos EUA é em inglês.

Ou seja, a identidade cultural dos norte- -americanos começa a sentir-se ameaçada. Esse é um factor de rejeição dos imigrantes, 12 milhões dos quais estarão ilegais.

Por outro lado, a taxa de natalidade nos EUA é relativamente alta. É muito superior à europeia. Entre os 35 países mais desenvolvidos do mundo, apenas nos EUA e noutros dois bem mais pequenos (a Nova Zelândia e a Islândia) as mulheres dão actualmente à luz um número suficiente de bebés para repor as pessoas que vão morrendo.

Pelo contrário, na Europa, e designadamente em Portugal, está em curso um autêntico suicídio demográfico. Desde 1983 que Portugal não assegura a renovação de gerações. O número médio de filhos por mulher portuguesa em idade fértil é hoje metade do que era há menos de 30 anos. Por isso não podemos passar sem mais imigrantes.

Mas, apesar de uma demografia mais favorável do que a europeia, também nos EUA são necessários os imigrantes. Está em jogo uma questão de status social.

A grande maioria dos imigrantes vai fazer tarefas socialmente menos valorizadas que os americanos já não estão dispostos a executar. Daí que tenha escasso fundamento a ideia de que o imigrante rouba empregos aos nacionais e contribui para que os salários dos americanos não subam.

Também em Portugal conhecemos o fenómeno. Há 50 anos, muitos milhares de portugueses emigravam para França (e ainda hoje emigram, por exemplo para Espanha) e aí aceitavam os mais duros trabalhos, a maioria na construção civil.

Mas, agora, nas obras em Portugal é difícil encontrar trabalhadores portugueses. E cada vez mais se vêem estrangeiros a servir nos nossos restaurantes - mas, se formos a Madrid, encontramos portugueses e portuguesas a fazer esse trabalho. Veja-se Vila de Rei. Porque não foram viver para lá desempregados portugueses? Certamente porque não estavam dispostos a isso.

O problema da imigração parece, assim, a quadratura do círculo. Não tem solução à vista. Ou melhor, poderá vir a ter - quando os países pobres finalmente se desenvolverem e os seus nacionais já não precisarem de emigrar. Mas quem executará, então, as tarefas consideradas humildes nos países ricos?


Que fazer? Qual a vossa opinião?

[Nota: Separei esta mensagem do tópico onde ela foi colocada pois não estava relacionado com o mesmo. Penso que merece ser um tópico novo.]



Editado 1 vezes. Última edição em 14/05/2006 00:40 por Luis Gonzaga.

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 14 de May de 2006 16:31

Maria José

Os Santos da terra não fazem milagres!:)

Tu às vezes não mudas de amigos? Mudando de amigos há novidades. Até é bom conhecer culturas diferentes!

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 14 de May de 2006 18:52

Curioso ! Muito interessante:
Citação:
Os santos da terra não fazem milagres.

Principalmente, se ainda estiverem mortos: enterrados!

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 15 de May de 2006 00:11

Manuel

Está-se a procurar dialogar sobre um assunto e tu lá vais parar sempre à mesma coisa.
Podes fazê-lo mas, não achas, que estás a exagerar?

Desculpa que te diga mas até adivinho o que vais escrever... e não tenho poderes mágicos... Sabes porquê? A mim parece-me que optaste por, como se costuma dizer, "vira o disco e toca a mesma".

Sei que tens possibilidades de nos dares um contributo mais positivo. Porque não o fazes.

Era bom para ti e para nós.
Por favor diz o que pensas deste assunto da imigração? Está a haver xenofobia, racismo,...?? Que achas?

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 15 de May de 2006 01:52

O padre que veio fazer a Senhora de Fátima era Mulato, veio do Brasil. Este ano apreceu menos gente à procissão:) No entanto é um padre com Doutouramento em Mariologia. Ainda existe rascismo, mas muito!

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 15 de May de 2006 09:31

O que eu sei é que me sinto [e]migrante dentro do meu próprio país.
Na verdade somos todos emigrantes, em busca duma pátria futura:
Os novos céus e a nova terra onde habite a justiça.
Quanto à imigração dentro deste mundo, penso que toda a terra se transformou numa única aldeia.

Quanto à discriminação racial, vejo nisso pretextos de desunião próprios deste mundo de confusão. Este mundo não é um paraíso, nem para lá caminha. Eu não sou o salvador da pátria. A única coisa que posso fazer é aquilo que já faço. É eu portar-me decentemente para com todos, tal como eu gostava que se portassem para comigo. Por isso, fico muitas vezes prejudicado, por ser assim.

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 16:24

Amanhã é um dia em que, de certo, pensamos mais na imigração.
Pensamos nos imigrantes portugueses mas, ao mesmo tempo devemos pensar nas pessoas de outros países que vieram como imigrantes para Portugal. Não há diferença...não deveria haver...
Há uns tempos numa daquelas aulas de substituição apresentei numa turma a Carta dos direitos do Outro. De seguida fizemos um levantamento dos países em que os alunos tinham familiares imigrados. Quase todos os alunos tinham família imigrada.
Depois foi mais fácil falar sobre os que imigram para Portugal. Correu muito bem essa aula...de substituição.

A propósito disto apresento parte de um texto do expresso On-line de hoje
"Discurso do Presidente da República no Porto encoraja imigrantes
Cavaco Silva defende combate às desigualdades

Um aumento da competitividade da economia portuguesa e mais desenvolvimento foram defendidos hoje pelo Presidente da República (PR) como formas de combater as desigualdades, promover a qualidade de vida e a inclusão social. O PR não esqueceu Timor-Leste, enviando «uma saudação particular ao martirizado povo», a quem expressou a solidariedade dos portugueses.

No seu primeiro discurso em homenagem às comunidades portuguesas, proferido no Porto, Aníbal Cavaco Silva dirigiu «uma palavra de solidariedade e encorajamento a todos os que, por circunstâncias da vida, se sentem excluídos e atravessam dificuldades nos países de acolhimento», referindo-se aos portugueses residentes no estrangeiro e aos imigrantes.

(...)
Para o PR, a afirmação de Portugal implica a divulgação da língua e dos valores históricos, o reforço da participação cívica e política dos portugueses da Diáspora, o acompanhamento dos seus problemas sociais, a valorização dos casos de sucesso nos mais variados domínios e a melhoria dos instrumentos de ligação política e administrativa com as comunidades.

Cavaco Silva lançou um desafio às entidades públicas e privadas e às associações ligadas às comunidades portuguesas para que as comemorações do 10 de Junho possam, no futuro, incluir um conjunto de eventos que «dêem a merecida visibilidade e divulgação aos temas ligados aos portugueses e luso-descendentes repartidos pelo mundo»."

15:09 9 Junho 2006

Vale também para ucranianos, romenos, moldavos, brasileiros, Caboverdianos, angolanos,.... não vale?
Será que pensamos mesmo desse modo? Ou dizemos que deveria ser mas fazemos uma discriminação (negativa)?....

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 18:14

Um assunto importante e actualíssimo.

WWW.Acime.gov.pt

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 18:26

E que dizer dos que se sentem estrangeiros na sua própria casa ?!

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 18:37

[b][/b]O Cavaco Silva, é o único político que se lembra dos Emigrantes. Passam por aí Presidentes, assim como o Primeiro Ministro que nem falam nos Emigrantes os filhos de Portugal. Nem tão pouco o Cardial Patriarca de Lisboa nunca falam em nós!
Só precisamos que falem em nós...de resto não lhes pedimos por mais.
No tempo qu eo Cavaco Silva foi Primeiro Ministro os juros para os Emigrantes estiveram a 28% 29% e chegou aos 30%. Soube trabalhar com a emigração.
Esperamos o melhor dele agora como Presidente da República.

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 18:40

Manuel

Quem se sente estrangeiro na sua própria terra?

Eu não me sinto estrangeira vivendo neste País, nem tão pouco quando estou em Portugal, como assim? Explica lá isso...

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 18:42


Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 18:56

O Cardial Patriarca de Lisboa por direito devia arranjar padres para as Comunidades Portuguesas espalhadas pelo Mundo. Não quer saber dos Portugueses Emigrados!...O nosso Bispo tem o cuidado de encontrar padres de língua Brasileira. O que acontece?
Os padres Brasileiros tentam chegar a brasa à sua sardinha!
Quando nós devíamos era ajudar Portugal, não acham???

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 20:54

Eu bem vos digo, que só este Homem é capaz de valorizar os Emigrantes, os filhos de Portugal:-)
--------------------------------------------------
10 de Junho: Carlos Pereira enaltece discurso de Cavaco Silva

Cavaco Silva lançou um desafio, que Carlso pereira considera importante
Já não são só pedreiros e domésticas que compõem a maior fatia de imigrantes portugueses. O alerta é do presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, que enalteceu o discurso que Cavaco Silva.
09/06/2006
A jornalista Carolina Duarte, com declarações de Carlos Pereira


"Já sabia que havia esta mensagem às comunidades portuguesas, mas a forma como se fez, a abrir as comemorações, deixou-me emocionado. Agora é necessário que as instituições portuguesas agarrem esta mensagem e que a apliquem", afirmou Carlos Pereira, que ouviu atentamente o discurso de Cavaco Silva, dirigido aos portugueses espalhados pelo mundo.

Recorde-se que o Presidente da República lançou um desafio às entidades públicas e privadas para que se empenhem na valorização dos casos de sucesso e no apoio dos portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro.

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 22:15

Vi no Público, que cita a Lusa, que é a 1ª vez que o Presidente do Conselho das Comunidades (CCP) foi convidado a estar presente nas cerimónias do 10 de Junho.
A notícia explica que :"O CCP é um órgão de consulta do Governo para as questões da emigração, composto por 96 elementos espalhados pelo mundo e tutelado por um conselho permanente".

Não acham estranho que até agora se tenha falado tanto , no 10 de Junho, das Comunidades.....e não tenha sido dada hipótese a que esteja alguém a representá-las? (por uma questão económica não foi com certeza...vejam-se os séquitos...)

Aqui está um exemplo de como o blá, blá é fácil. Fazer algo é difícil.
Acho significativo este convite e esta presença.

Acham positivo ou negativo o convite?

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de June de 2006 23:09

A minha opinião sobre a imigração é algo contraditória. Por um lado, sou da opinião que qualquer pessoa deveria poder viver a sua vida em qualquer parte do globo. Mas por outro lado, se todas as pessoas que vivem em países em situações de guerra e pobreza tentam fugir dos seus países, o que é perfeitamente compreensível, isso provoca grandes desiquilibrios nos outros países.

Creio que os países se deveriam ajudar entre si para que as situações que geram migrações massivas fossem resolvidas. De que vale os países europeus permitirem o êxodo africano se isso só vai aumentar os desiquilibrios na Europa e continuar as situações de violência em África?

Por tudo isto, creio que cada país deveria ter quotas de imigração definidas e condições de imigração bem definidos. Veja-se as políticas de imigração de países como a Austrália, Nova Zelândia e Canadá, por exemplo.

Além disso, sou a favor que todo o imigrante (qualquer que seja o país) que seja condenado a um crime com pena de prisão deveria ser deportado para o seu país depois de cumprida a sua pena.

Luís Gonzaga

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 10 de June de 2006 02:15

Vi no Público, que cita a Lusa, que é a 1ª vez que o Presidente do Conselho das Comunidades (CCP) foi convidado a estar presente nas cerimónias do 10 de Junho.
A notícia explica que :"O CCP é um órgão de consulta do Governo para as questões da emigração, composto por 96 elementos espalhados pelo mundo e tutelado por um conselho permanente". '
--------------------
Maria José
A nossa comunidade nem sabe quem é o CPP que representa a nossa Comunidade:-). Um dia telefonaram-me a perguntar se eu sabia...eu também não sabia quem era. Telefonei ao Consulado e só assim fiquei a saber. Eles não ganham dinheiro. Nem vão perder o tempo deles para ajudarem alguém português.

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 10 de June de 2006 02:18

Presumo que nem o Cônsul Honorário ganha dinheiro, apenas têm nome:-)

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 10 de June de 2006 14:53

Conselho das Comunidades Portuguesas

Membros:

O Conselho Permanente é o órgão de cúpula do Conselho das Comunidades Portuguesas. É constituído por 15 membros eleitos pelos Conselhos Regionais e funciona na Assembleia da República.



Presidente
Carlos Manuel Pereira
(França)

e-mail
1º Vice-Presidente
Alcides Martins
(Brasil)

e-mail
2º Vice-Presidente
José João Morais
(EUA)

e-mail

1º Secretário
Inácio Afonso Pereira
(Venezuela)

e-mail 2º Secretário
Laurentino Esteves
(Canadá)

e-mail Membro Efectivo
Rui Clemente Paz
(Alemanha)

e-mail
Membro Efectivo
Eduardo Manuel Dias
(Luxemburgo)

e-mail Membro Efectivo
Gabriel Fernandes
(Reino Unido)

e-mail Membro Efectivo
Manuel Afonso Beja
(Suíça)

e-mail
Conselheiro
António Pires
(Moçambique).

e-mail Conselheiro
Manuel Coelho
(Namíbia)

e-mail Membro Efectivo
José Pereira Coutinho
(Macau)

e-mail
Membro Efectivo
António Almeida Silva
(Brasil) C.V.

e-mail Membro Efectivo
José Luís da Silva
(Venezuela)

e-mail Membro Efectivo
José Figueiredo
(EUA)

e-mail

Membros Suplentes do Conselho Permanente:

Acácio de Ramos Pinheiro (Luxemburgo)
Amadeu Batel (Suécia)
Ana de Moura Gonçalves Pereira (Austrália)
António Simões Jr. (EUA)
Artur Cabugueira (Zimbabué)
David Nelson Pereira Gomes (França)
Isabel Cristina Santos Costa Pinto (Reino Unido)
Jorge Manuel Almeida Rodrigues (Suiça)
José Miranda Reis de Melo (Brasil)
Luís Viriato Caetano Panasco (Uruguai)
Manuel Dias Carrelo (EUA)
Mário Fonseca Gomes (Canada)
Mário Pereira Francisco (Venezuela)
Raul dos Santos Geraldes Rodrigues (Brasil)
---------------------------------

Re: Imigração e imigrantes
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 10 de June de 2006 15:07

Mensagem do Presidente . O Conselho . Os Conselheiros . A SECP


10 DE JUNHO
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas


Caras e Caros Compatriotas,

Nesta quadra comemorativa do 10 de Junho, realizam-se em todos os países onde residem Portugueses, manifestações que marcam o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Quando se reside no estrangeiro, vive-se com mais força o sentimento de identidade portuguesa. Sente-se de uma maneira diferente o sentido da palavra Portugal.

As milhares de associações de Portugueses que no estrangeiro mantêm acesa a chama da “portugalidade” compreendem este sentimento e por isso dão uma importância especial às comemorações do 10 de Junho.

A recente recepção que os nossos compatriotas que residem no estrangeiro organizaram à Selecção portuguesa aquando da sua chegada à Alemanha, é uma das provas mais visíveis que, em qualquer país onde residam, os Portugueses conservam valores patrióticos que perduram de geração em geração.

Ser português tem ainda mais valor quando o Dia nacional é também consagrado a um poeta e quando a Revolução que restabeleceu a democracia foi feita com cravos.

Luís de Camões cantou a epopeia marítima dos Portugueses, a sua partida para novos mundos, as suas aventuras “por mares nunca antes navegados”.

Não sabemos como Camões teria cantado a nossa saída de Portugal, as “aventuras” que cada um de nós teve nos países de acolhimento, mas levaria certamente para Portugal, o mesmo sentimento de “pertença” que corre dentro de quem emigrou e de quem é descendente de Portugueses.

O dia 10 de Junho é também o Dia das Comunidades Portuguesas.

Devem ser raros os Portugueses que não têm parentes na emigração. No entanto, as Comunidades têm sido esquecidas ao longo destes anos.

Portugal continua a pensar em 10 milhões de habitantes e a esquecer que tem 15 milhões de Portugueses.

Hoje, somos homenageados nos países onde residimos, que reconhecem o valor do nosso trabalho, a importância das nossas Comunidades e a contribuição que demos à construção e ao desenvolvimento dos (também nossos) países de residência.

Mas Portugal continua a não compreender que, pela importância numérica, pela motivação pessoal e pelas funções cada vez mais importantes que cada um de nós vai ocupando na sociedade, podemos úteis ao país.

Nos países onde residimos somos honestos, trabalhadores e empreendedores. Para Portugal somos muitas vezes um fardo: prevê-se encerrar algumas estruturas consulares para fazer economias, transfere-se pouco a pouco o ensino do português para a responsabilidade dos países de residência,...

Mas nesta quadra de “festas”, quero continuar a esperar de ver um dia o “interesse nacional” sobrepor-se àqueles que teimam em não nos querer “ver”.

Um dia, Portugal vai enfim compreender a importância de ter, nas suas Comunidades, deputados, vereadores municipais, cantores, pintores, escritores, cientistas, desportistas de alto nível, grandes empresários,...

O Conselho das Comunidades Portuguesas, enquanto órgão de consulta do Governo para as questões relacionadas com a emigração e as Comunidades portuguesas, organismo representativo dos Portugueses que residem no estrangeiro, tem transmitido esta mensagem aos Governantes do país.

É verdade que muitas vezes temos a impressão que não somos ouvidos. Há assuntos que são recorrentes e que todos os anos se repetem: por exemplo, continuamos a pedir uma rede se serviços consulares mais densa e eficaz, continuamos a pedir que ensinem português aos nossos filhos,...

Temos a ingrata tarefa de levantar constantemente os problemas que afectam os Portugueses que residem no estrangeiro. Esta é uma das nossas principais funções.

Mas nesta data, parece-me importante dizer que, por vezes, há passos positivos que são dados e que devem ser salientados: a abertura de postos consulares na ilha da Córsega e em Manchester, a abertura de Centros emissores de Bilhetes de identidade nas Comunidades, a redução do tempo de entrega de passaportes e bilhetes de identidade que chegou a ser de vários anos,...

Vamos ficar com estes exemplos positivos e com a participação dos Conselheiros das Comunidades a nível local, nas suas áreas de residência, cujas acções nem sempre são reconhecidas, mas que devem ser homenageadas.

Não posso deixar de lançar um apelo muito particular a todas as Compatriotas e a todos os Compatriotas que residem no estrangeiro: a nossa participação cívica é de extrema importância, tanto para Portugal como para os países onde residimos.

Convido todos aqueles que ainda não o fizeram, para se inscreverem nos cadernos eleitorais nos Consulados de Portugal. Nós também somos Portugal. Também devemos participar na construção democrática do país. A nossa simples inscrição nos cadernos eleitorais vai fazer com que os políticos de Portugal olhem enfim para nós. Certamente por interesse, mas em democracia a escolha é sempre nossa.

Aqueles que residem em países onde também podem participar nos actos eleitorais locais ou nacionais, também o devem fazer. As Comunidades e as suas organizações são ganharão com a nossa participação.

Tenho a honra de ter sido convidado por S. Exa o Presidente da República, Dr. Cavaco Silva, para as Comemorações do 10 de Junho, no Porto. Participo nestas Comemorações com a responsabilidade de quem tem uma missão de representação “do tamanho do mundo”.

Nesta altura, aproveito para enviar uma saudação particular a todos os Portugueses que residem fora de Portugal, nos mais variados países (alguns até em países que vivem actualmente momentos difíceis) e que são verdadeiros Embaixadores de Portugal nos cinco Continentes.


Carlos Pereira
Presidente do Conselho Permanente
Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP)


[www.ccp-mundial.org][url=www.ccp-mundial.org][/url]

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