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Re: Ciência e Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 04 de May de 2006 10:41


Re: Ciência e Fé
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 04 de May de 2006 16:13

Deus é a fonte.

*=?.0

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 04 de May de 2006 17:10

Sim, se se está a referir a YHWH, ELE é a "fonte": o "PAI".

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Ciência e Fé
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 04 de May de 2006 23:57

Deus é transcendente ao homem.
Mesmo que homem conheça a existência de Deus não consegue conhecê-lo sem que Deus se lhe revele. Deus revelou-se em Jesus Cristo. A nossa fé fundamenta-se pois na revelação que Jesus nos fez. Revelação cujo sentido o Espirito Santo aprofunda.

Nas ciências ou outras formas de conhecimento humanas existe um objecto de estudo que o Homem, como jardineiro do mundo, pode conhecer, e em principio não transcende o homem. Nas ciências fisicas o objecto de estudo pode ser testado, experimentado.

Para além disso a religião e a ciencia respondem a perguntas diferentes. A religião responde ao sentido da vida, ao porque existimos, na ciencia fisica procura-se o como, como funciona este nosso universo.

Não há entre a religião e a ciencia qualquer incompatibilidade mas complementaridade.



Editado 1 vezes. Última edição em 05/05/2006 10:37 por camilo.

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 05 de May de 2006 10:09

Muito bem Camilo.
Contudo devo anotar que a religião é inerente ao homem e por isso tem as mesmas contingências. Por isso eu preferia dizer «... a religião pretende responder ao sentido da vida ...» em vez de dizer que « ... responde ... ».

Rom.: Ídolo & sexo!... Veja tb.: O Messias de YHWH é a minha religião. YHWH Deus amou-nos primeiro.

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 05 de May de 2006 18:04

O Camilo escreve:

«Deus é transcendente ao homem.»

Eu arriscaria uma frase mais rica (a meu ver, claro):

«Deus é transcendente no homem.»

Alef

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Manuel Pires (IP registado)
Data: 05 de May de 2006 18:15


Re: Ciência e Fé
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 04 de July de 2006 00:50

Ciência e Fé
Bento XVI dá aqui o seu contributo.Estou completamente de acordo.

Apresento apenas parte do texto do discurso de Bento XVI aos participantes no seminário: «O património cultural e os valores das Universidades europeias como base para a atractividade do "Espaço Europeu de Educação Superior"». (...)

"Para esta reflexão, a Igreja tenciona oferecer a sua contribuição, como já fez ao longo dos séculos.

(...)

As instituições universitárias distinguiram-se sempre pelo seu amor à sabedoria e à busca da verdade, como verdadeira finalidade da Universidade, com uma referência constante à visão cristã, que reconhece no homem a obra-prima da criação, dado que foi feito à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 26-27). Uma das características desta visão foi sempre a convicção de que existe uma profunda unidade entre a verdade e o bem, entre os olhos da mente e os olhos do coração: "Ubi amor, ibi oculos", dizia Ricardo de São Vítor (cf. Beniamin minor, c. 13): o amor faz ver. A Universidade nasceu do amor pelo saber, da curiosidade de conhecer, de descobrir o que é o mundo, o homem. Todavia, também de um saber que leva ao agir e, em última análise, que conduz ao amor.

(...)O que é o homem?

De onde provém? Aonde deve ir? Como deve ir? Isto é, trata-se de esclarecer qual é a concepção do homem que se encontra na base dos novos projectos. E, justamente, vós perguntais ao serviço de que homem, de que imagem do homem a Universidade deseja colocar-se: de um indivíduo fechado na defesa exclusiva dos seus próprios interesses, de uma única perspectiva de interesses, de uma perspectiva materialista, ou de uma pessoa aberta à solidariedade para com o próximo, na busca do verdadeiro sentido da existência, que deve ser um sentido comum, que transcende as pessoas individualmente? Além disso, interrogais-vos sobre qual é a autêntica relação entre a pessoa humana, a ciência e a técnica.
(...)
comprometem o nosso modo de pensar e podem condicionar a nossa própria liberdade. É necessário dizer com determinação que o ser humano nunca pode, nem deve, ser sacrificado aos êxitos da ciências e da técnica: eis por que motivo se manifesta em toda a sua importância a chamada questão antropológica que, para nós, herdeiros de uma tradição humanista fundamentada sobre os valores cristãos, deve ser enfrentada à luz dos princípios inspiradores da nossa civilização, que puderam encontrar nas Universidades europeias autênticos laboratórios de investigação e de aprofundamento.

(...)

Todavia, o homem não pode compreender-se a si mesmo de maneira plena, se prescindir de Deus.

É por este motivo que a dimensão religiosa da existência humana não pode ser descuidada, (...) Aqui sobressai o papel peculiar das Universidades como universo científico, e não apenas como um conjunto de diferentes especializações: na situação actual, pede-se-lhes que não se contentem com instruir, com transmitir conhecimentos técnicos e profissionais, que são muito importantes mas insuficientes, mas que se comprometam também no desempenho de uma atenta função educativa ao serviço das novas gerações, (...)."

Nota: o negrito é meu

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 18 de April de 2007 12:26

Abriu há pouco mais de um mês um novo «blogue», o «De Rerum Natura», um espaço onde escrevem, em ritmo algo intenso, algumas pessoas conhecidas do campo das ciências e filosofia: Carlos Fiolhais (físico), Desidério Murcho, filósofo), Helena Damião (pedagoga), Jorge Buescu (matemático), Palmira F. Silva (química), Paulo Gama Mota (biólogo) e Sofia Araújo (bióloga). A meu ver, o blogue é de grande qualidade, arrisca-se a tornar-se num caso de sucesso, e recomendável a todos quantos se interessem por temas de ciência, filosofia, religião, etc. Embora se pudesse pintar com mais «cores» (em certos temas são muito «Dupond e Dupont», mas entendo), este blogue tem a grande vantagem de ser um espaço de encontro entre pessoas de formação distinta, que dialogam entre si.

No que diz respeito às questões de fé, o blogue teve imediatamente momentos de «alta voltagem» por causa do debate sobre o criacionismo (espero em breve voltar ao assunto neste fórum).

Para mim tem sido interessante ver o que estas pessoas dizem e pensam sobre a religião e a fé. Confesso que me faz alguma impressão o modo como várias pessoas da ciência falam da religião e da fé. Em pessoas habituadas ao rigor e conhecimento de causa seria de esperar o mesmo rigor e o mesmo conhecimento de causa quando falam de religião. Mas isso nem sempre acontece.

Por isso pareceu-me importante entrar no diálogo, mesmo que confinado aos «quartos dos fundos» dos comentários. Tenho comentado vários temas que me parecem pertinentes. O mais recente trata do problema de «Os pressupostos» (em ciências, filosofia e religião), cuja leitura sugiro. Talvez venha a fazer uma adaptação do que ali escrevi para este fórum. Há no mesmo blogue outros tópicos interessantes para o mesmo tema, mais antigos.

Talvez com isto se possa reanimar o debate deste tópico neste fórum, que já estava algo esquecido.

Alef



Editado 2 vezes. Última edição em 18/04/2007 12:30 por Alef.

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 18 de April de 2007 15:20

Ja estive a dar uma espreitadela. Na grande maioria dos assuntos nao vejo um boi, mas é uma boa oportunidade para aprender.

Em comunhão

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Albino O M Soares (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 16:01

Ciência e Fé poder-se-ão encontrar no espaço sagrado onde a interrogação se faz exactidão e sentido. A Ciência já acabou há muito tempo com os pronunciamentos anti-heréticos. A religião ainda não.

*=?.0

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 16:17

A sério, Albino? Não há uma ortodoxia na ciência? Não tem também os seus hereges?

Ah, já experimentaste dizer a um cientista que «Ciência e Fé poder-se-ão encontrar no espaço sagrado onde a interrogação se faz exactidão e sentido»?

Podes começar por dizer isso aos bloguistas do «De Rerum Natura». Eu vou contigo e levo o extintor! ;-)

Alef

Re: Ciência e Fé
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 17:32

Note-se que o extintor é um artefacto tecnológico resultante da investigação científica...
Nenhuma religião apaga incêndios...
( embora as ideologias religiosas sejam úteis para atear discussões inúteis..)


Em suma - não há coincidência de espaços de sentido entre a religião e a ciência.

católica praticante



Editado 1 vezes. Última edição em 19/04/2007 17:37 por catolicapraticante.

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 17:35

Que são «espaços de sentido»?

Alef

Re: Ciência e Fé
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 17:37

ESpaços de inteligibilidade, coerência e lógica pura e simples.

católica praticante

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 17:45

Bom, não sei se entendi bem o que queres dizer, mas direi que é bom que se mantenham as diferenças e a autonomia entre as diferentes ciências, entre estas e a filosofia, entre todas e a religião.

Não coincidentes, a religião tem o seu espaço de inteligibilidade e de lógica. Mas a inteligibilidade não se reduz ao logos, nem o logos se reduz ao juízo proposicional. Pelo que há também «outra» lógica. A ciência e uma boa parte da filosofia caíram no grande erro da entificação da realidade e logificação da inteligência. Uma longa história...

Alef

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Tilleul (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 18:13

CP,

Posso não estar a entender muito bem, mas será que queres dizer que não existe espaço para a inteligência na religião?

Pretendes insinuar que não existe pontos em comum entre a religião e a ciência?

Em comunhão

Re: Ciência e Fé
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 19 de April de 2007 18:16

Não me referi a inteligência mas a inteligibilidade, lógica pura e racionalidade. ( (Há muitas formas de inteligência).
As crenças religiosas não são racionionais, nem lógicas e são muitas vezes ininteligíveis.
Vista á distãncia, a crença na reencarnação é tão inverosímel e irracional como a crença na ressurreição.
A crença no mau olhado é tão lógica como a crença na transubstanciação.
A crença na santíssima trindade é tão lógica como a crença em Ísis Osíris e Hórus.

católica praticante



Editado 2 vezes. Última edição em 19/04/2007 18:45 por catolicapraticante.

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 20 de April de 2007 02:46

Cara catolicapraticante:

Daquilo que escreves não fica totalmente clara qual é a tua tese. Não é algo novo. Muitas vezes atiras a pedra e escondes a mão. ;-) Por exemplo, aqui pareces querer descartar a religião pela sua alegada falta de inteligibilidade, mas não o dizes explicitamente. Vemos bater no ceguinho, mas não se percebe se é filme com truque ou prova testemunhal de desprezo pelo dito. Ficam mal parados os que aderem à ininteligibilidade, mas não sabemos se a inteligibilidade é para ti um critério de vida determinante. E se tal critério implica a exclusão da religião. Talvez queiras clarificar. Não precisas falar da tua vida, mas do que te parece ser adequado. Evidentemente.

Há algo no teu texto que o «salva»: a expressão «vista à distância». Visto à distância, podes dizer o que quiseres do que quiseres e ninguém te contradirá. É o que tu vês desde essa distância. E se for de noite, mais razão ainda para que todos os gatos sejam pardos, ininteligíveis. Nem gatos serão.

Visto à distância, tudo pode carecer de sentido. Visto à distância, um homem que fala ao telemóvel com auricular pode ser um tontinho a falar só, a lua tem uma cara de pessoa, Jesus Cristo foi um tonto, o casamento é o pior dos negócios, o amor é próprio de mentes débeis… Podemos escolher a distância que melhor nos convier ou podemos ter a infelicidade de estar realmente muito longe. Se eu disser que «vista à distância» a investigação científica é uma arte mágica, ninguém pode contradizer-me, porque «a distância» me «salva». É o que eu vejo. Fico na «achologia»: «eu acho que»…

Mas esta distância é a distância adequada para captar aquilo de que falo? Tenho conhecimento de causa? Da mesma forma que os discursos contra a ciência não têm sentido se a desconhecerem, têm sentido os discursos contra a religião que se mantêm a grande distância? Reduz-se a religião a um pacote de crenças?

Ora, a distância pode defender-nos «subjectivamente», mas pode ser um obstáculo à busca da verdade. Assim se «compreende» que mistures alhos com bugalhos, quando pões em jogo «mau olhado» e «transubstanciação» ou «Santíssima Trindade» e «Ísis, Osíris e Hórus». Dos três grupos de exemplos, só a oposição reencarnação-ressurreição tem sentido. No caso do mau olhado e transubstanciação misturas superstição e discurso teológico, que é um erro grosseiro. No caso da Santíssima Trindade «versus» Ísis, Osíris e Horus cometes outro erro que é misturar Trindade com Trio. Bem, não será erro, apenas «distância».

De qualquer forma, como já disse, aqui e no «De Rerum Natura», não tem sentido querer impor à religião os critérios de verdade da ciência, até porque estes não abrangem todos os sentidos da verdade. E a ciência não abrange toda a realidade, logo não tem legitimidade para «legislar» sobre toda a realidade. Se a religião correspondesse aos critérios de verdade da ciência, então seria igual à ciência, seria ciência. Ou seja, quer corresponda, quer não corresponda, os discursos cientificistas apenas pretendem uma coisa, prender a religião, por ter cão e por não ter. Se é ciência, não é preciso chamar-lhe religião; se não é ciência, não serve. Em ambos os casos, acabe-se com a religião. Eis identificada a falácia e a máscara.

Uma enorme falácia que conduz frequentemente à prepotência, «esquecendo» a ciência que ela não dá conta de todo o real. E quanto menos se levam os problemas de ciência ao fundo, maiores são as tentações totalitárias. Isto não significa que não existam tentações totalitárias na religião, mas importa reivindicar o lugar próprio da religião, que tem também a sua inteligibilidade, o seu «logos». E muito mais que «logos». Há a experiência religiosa, que reveste a forma de fé, fé que é algo muito mais vasto e profundo que o mero enunciado de crenças não provadas empiricamente.

Ora, neste «logos» da religião podemos entender as implicações das várias formulações e «dizeres» do «divino». Entram muitos elementos em jogo, a começar por elementos de antropologia filosófica. Então perceberemos que reencarnação e ressurreição têm «lógicas» especiais, bem diferentes… E que superstição não é exactamente o mesmo que uma religião de um Deus pessoal… Etc.

Cuidado, pois, com certas distâncias. Diz-se e com alguma razão que «quem está fora racha lenha». O pior é que também faz as suas fogueiras. Ah, a tolerância…

Alef

Re: Ciência e Fé
Escrito por: Rita* (IP registado)
Data: 20 de April de 2007 04:31

O que eu vejo é muita fé em certos padres! Não em todos...vocês têm um padre aí em Portugal que vai à Renascença todas as noites com uma fé enorme! É pena que vocês não o ouvem!!!!

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