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Festas Religiosas
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 01 de February de 2006 17:47

Que tipo de festas têm nas vossas Comunidades durante o mês de Fevereiro?

Re: Festas Religiosas
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 03 de July de 2006 01:16

Festas religiosas comunitárias...

a festa da Páscoa, com a visita pascal.

As outras festas religiosas têm alguma componente religiosa mas essa componente de fé é frequentemente muito diluida nas manifestações profanas das festas.


É um problema interessante. As festa religiosas podiam ser um oportunidade para a Igreja chegar a pessoas que nos outros tempos andam longe da Igreja.

A verdade é que dificilmente conseguem fazer isso.

Re: Festas Religiosas
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 03 de July de 2006 01:29

Camilo

Isso conta com o padre que está em cada paróquia. Tivemos aqui um padre, que quando lhe faltava um paroquiano mais que um domingo na igreja telefonava a esse paroquiano e perguntava se lhe podia fazer uma visita. Ele tentava saber o que se passava com aquela familia e ao mesmo tempo convivia; as pessoas gostam disso. Esse padre ainda não foi esquecido nesta comunidade, todos dizem: padre como o padre António mais nenhum cá aparece. ele levantava-se a qualquer hora da noite, para ir visitar um doente ao hospital se fosse chamado.
Um dia foi chamado às 2 horas da manhã para ir ao hospital. A senhora veio a falecer. O filho agradeceu ao padre.
- O padre respondeu; não tem que agradecer...eu é que agradeço por me ter chamado....Ele era assim!!!

Re: Festas Religiosas
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 05 de July de 2006 10:46

Isso só me parece possivel numa paroquia pequena. Numa paroquia com 5 ou 10 mil pessoas em que vão mil ou 2 mil pessoas à missa o paroco dificilmente se apercebe se alguem falta e não tem tempo para acompanhar as familias.

Muitas vezes as festas são organizadas por confrarias ou comissões de fieis.

Aqueles que defendem um maior poder dos fieis deviam participar numa coisa destas.

Muitas vezes fazem o plano das festas, contratos inclusive, e só depois informam o paroco.

Re: Festas Religiosas
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 15:17

agora no Verão é quando a maior parte das paroquias fazem a sua festa "religiosa"

Re: Festas Religiosas
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 16:08

Paroquianos registados nas paróquias como se faz aqui e padres inteligentes, é fácil conhecerem os paroquianos.

Re: Festas Religiosas
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 21 de July de 2006 18:08

Camilo

Igrejas que levam 2.000 pessoas? Quais são? A nossa é grande e só leva 350 pessoas sentadas. E no memonto actual não se enche!

Re: Festas Religiosas
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 29 de July de 2006 14:49

nas paroquias de maior dimensão é habitual existir mais de uma missa dominical.

Re: Festas Religiosas
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 29 de July de 2006 15:22

A nossa tem 3 missas dominicais! Presumo que cabiam todos numa só. Mas ainda está tudo desde que cá esteve um padre que enchia a igreja em todas as missas e nunca mudaram o horário das missas.
Quando este padre visita esta cidade e diz missa, a igreja enche-se sempre:) Uma vez passou uma senhora pelo padre e diz-lhe; hoje já parece a sua igreja! E todos dizem; se querem a igreja cheia, convidem o Padre António:-)))

Re: Festas Religiosas
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 04 de August de 2006 01:09

Vou fazer copy/paste do que diz o Bispo de Santarém. Saiu na Agência Ecclesia de 31/7/06. Vem mesmo a propósito e é mais uma achega para o debate.

Aqui vai:
" > Procissões e visibilidade da fé cristã
Na época das festas religiosas populares, geralmente no mês de Agosto, muitas comunidades dão grande importância à procissão da festa. Quase sempre as procissões têm mais afluência de pessoas do que a Eucaristia solene. Serão as procissões apenas uma expressão de folclore religioso, como opinam alguns responsáveis da Igreja, ou uma verdadeira expressão de fé, segundo a sensibilidade popular? Não há dúvida de que as procissões levantam algumas questões que precisamos de reflectir em ordem a dar dignidade, beleza e sobretudo relação clara com a fé. Bem realizadas podem ser um sinal da fé cristã. Desviadas ou com elementos espúrios, dão uma imagem falsa e põem em questão a credibilidade do cristianismo.

Conheço pessoas para quem o contacto com uma procissão religiosa constituiu um despertar da fé. Descobriram uma dimensão até aí oculta ou esquecida, "viram" a dimensão transcendente da vida humana.

De facto, as procissões dão visibilidade à fé, situam-se na pedagogia da Encarnação pela qual a humanidade de Jesus Cristo deu visibilidade ao mistério de Deus. A Fé encarnada precisa de sinais visíveis que manifestem em imagens o mistério invisível em que acreditamos.

"Meus olhos viram a salvação", exclamou o velho Simeão quando recebeu o Menino Jesus no templo. Numa civilização que privilegia a imagem, as pessoas precisam também de "ver".
Não basta ouvir oralmente o anúncio do evangelho. A Palavra da Verdade precisa do apoio de elementos visíveis que a tornem concreta e relacionada com a vida.

Encontramos essa pedagogia no Novo Testamento: O anúncio do evangelho é acompanhado de sinais (gestos, curas, estilo de vida de Jesus e dos apóstolos) que confirmam e dão visibilidade à palavra.

Que visibilidade apresentam as procissões, que imagem dão da fé? Antes de mais, mostram uma comunidade organizada, unida, que caminha com ar solene pelas ruas quotidianas, enfeitadas para o acontecimento. Uma comunidade que se apresenta como um povo crente e peregrino, que parte de um lugar sagrado e termina o percurso no templo. Uma comunidade aberta, em que todos têm um lugar, mas sem confusão. Os participantes no percurso adoptam uma atitude de contemplação: cantam, ou rezam, ou ouvem meditativos a banda. Paira um ambiente de mistério na procissão. As ruas quotidianas adquirem uma nova dimensão. Não há dúvida de que se trata de uma comunidade de crentes que vai a passar. Uma verdadeira procissão tem ordem, silêncio, ambiente celebrativo. Não se parece com um espectáculo mas com uma liturgia.

Na procissão ocupa um lugar de destaque o palio, os andores dos santos, os estandartes religiosos. Manifestam que nesta peregrinação não vamos sós, mas acompanhados da protecção divina. No palio leva-se uma memória de Cristo (o santo lenho ou outra). Os santos são os membros ilustres da comunidade de crentes, aqueles que são referência de vida e de identidade cristã e de quem se espera protecção. As opas, os anjinhos, os figurantes que representam cenas ou figuras religiosas, todo este conjunto empresta à procissão uma visibilidade da fé que nos ajuda a interpretar a vida quotidiana a uma nova luz e a peregrinar pelo mundo sem perder o sentido da eternidade. A procissão confere transcendência, beleza e alegria à existência.

A procissão nasce da Eucaristia e prolonga-a na vida. A Igreja sai do templo e apresenta-se na praça pública. De facto, a Eucaristia deve levar-nos a um amor empenho de testemunhar a presença de Deus no mundo. Como pedia o Papa João Paulo II, a propósito da Eucaristia: "Haja um empenho por parte dos cristãos, de testemunhar com mais vigor a presença de Deus no mundo. Não tenhamos medo de falar de Deus e de ostentar sem vergonha os sinais da fé" (MND 26).

D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém "

Nota:sublinhados, negrito e alguns parágrafos são meus.

Penso que muitos a encaram como uma manifestação religiosa.
Há diversos tipos de manifestações e muitos que nelas participam , não o fazem quando elas são religiosas... Às vezes parece que há um certo medo de nos identificarem como católicos. Outras vezes acham que as manifestações religiosas são de 2º categoria, são para o que chamam o "zé-povinho"... as outras, ligadas a problemas laborais, a actividades sindicais fazem sentido...são um sinal de democracia...
Eu , pessoalmente, não gosto de manifestações, sejam de que tipo forem. Mas apesar de não gostar vou...a algumas. Na minha terra à que se faz em honra do padroeiro e à do Corpo de Deus (essa com um sentido mais forte). Quanto às outras também vou quando considero importante que manifestem força... mas, aí há manifestações nas quais não participo tendo em conta os princípios orientadores com os quais não me identifico.

Quero dizer que me identifico com as razões apresentadas pelo Bispo de Santarém.
É com novos olhos que vou olhar para as festas e procissões religiosas.

E a vocês, isto trouxe algo de novo? Qual a vossa experiência?

Re: Festas Religiosas
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 04 de August de 2006 09:43

Folclore.

Re: Festas Religiosas
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 27 de August de 2006 13:18

Vejam só o que vem nas notícias da agência Ecllesia de 24/8/06

Aqui vai:
Igreja não pode ignorar valor da Religiosidade Popular
D. José Saraiva Martins, a convite do Bispo da Diocese de Bragança-Miranda, presidiu, este ano, às festas de Nossa Senhora das Graças, Padroeira da cidade capital de distrito. Desta passagem pela Diocese, o Cardeal Saraiva Martins destaca a profundidade da religiosidade popular, que pode constatar nessa região.
"É um erro imperdoável, do ponto de vista eclesiástico, acabar com esta religiosidade popular", referiu o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos ao semanário "Mensageiro de Bragança".
Recordando o Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica "Evangelii Nuntiandi", afirmou estar "convencido de que vai ser esta religiosidade popular que vai salvar a Igreja e a Fé do povo. Não pode ser abolida nem combatida. Só é necessário purificá-la, às vezes, de certas incrustações da história".
"O teólogo exprime a fé de uma maneira, os liturgistas de outra e o povo tem também a sua maneira e não é superficial, mas sim bastante profunda, até mais do que a dos teólogos, conforme pude verificar durante estes dias", indicou.
D. José Saraiva Martins falou, também, da figura de João Paulo II, que ele acompanhou tão de perto. A este propósito, o Cardeal português considerou que esse pontificado introduziu "um novo modo de ser Papa", recordando as grandes peregrinações efectuadas por João Paulo II pelo mundo inteiro, arrastando multidões e personificando o significado real de " pastor da Igreja Universal". "Este foi, sem dúvida, o maior legado que nos deixou", disse.
Em relação aos principais desafios que a Igreja enfrenta neste dealbar do século XXI, o membro da Cúria Romana referiu a defesa dos valores humanos da vida, da família, da paz e, também, do diálogo ecuménico e inter-religioso. Para o Cardeal Saraiva Martins, "valores genuinamente humanos são autenticamente cristãos", assim como "aqueles que são genuinamente religiosos, são autenticamente humanos".

Redacção/MB

Re: Festas Religiosas
Escrito por: Cunha (IP registado)
Data: 13 de November de 2006 13:48

Na minha paróquia, que é pequena,há várias festas religiosas: as Festas em honra a vários santos (como S. Sebastião, Senhor do Bonfim, São Pedro, São Paio, Santo António e Nossa Senhora de Fátima), a Festa principal, que é a festaem honra de Nossa Senhora da Graça; depois, também há a Visita pascal (que aqui no Norte ainda se faz); e as festas da catequese, a Festa do Idoso e da terceira Idade (organizada pelo C.P.P. da paróquia), etc. O que noto é que, por vezes, pelo menos nesta paróquia, as pessoas que querem continuar as tradições, como mordomos e festeiros das Festas, são aquelas que menos põem os pés na Igreja. Pessoalmente, não me enquadro nestes últimos, mas já fui Festeiro algumas vezes; mas confesso que não estou muito virado para aí: há ainda muito trabalho a fazer, para valorizar o que a religiosidade popular tem de bom; é qua há ainda muita gente que cumpre uma tradição, porque é tradição; muitas vezes pergunto-me se determinado Santo que é honrado numa Festa, se se sente honrado pela mesma: disputas com o pároco sobre onde passa a procissão, grupos musiciais que realçam tudo menos uma atitude cristã, músicas nos altifalantes que fazerm corar uma pessoa, conversas no adro da capela ou da Igreja enquanto que a Missa decorre, porque muitos morodomos não participam, etc..
Mas há que valorizar o que masi de genuino existe na Religiosidade Popular, descobrir os seus valores internos, mas extorquindo o que não se coaduna com o cristianismo, por exemplo, acções baseadas em magia e em supertição.
Cunha

Re: Festas Religiosas
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 04 de August de 2007 15:04

Olhem aqui estou eu , outra vez, a falar no mesmo assunto...

O autor é outro

Gostei muito e concordo inteiramente

Está na Agência Ecclesia de Julho de 2007, mas não sei o dia...desculpem...mas acho que é o menos importante

As festas humanizam a sociedade


A época do verão é fértil em festas variadas. São momentos de alegria que quebram a monotonia e dão solenidade à vida. Nas festas saboreia-se, de forma exuberante, a bondade e a beleza da vida e do mundo. Faz-se, portanto, uma experiência de liberdade em relação aos programas apertados do dia a dia, encontram-se novos horizontes e razões para entender e viver a vida com gosto.

As festas criam também espaço para o encontro e para o convívio descontraído e livre das pessoas, fora das relações convencionais, apressadas e competitivas de cada dia.

As portas abrem-se para as visitas que chegam, existe tempo e disposição para um acolhimento cordial, presta-se atenção aos outros, reencontram-se velhas amizades, vence-se o anonimato e a solidão. As festas têm uma capacidade agregadora e reunificadora da família e da comunidade. Muitos filhos da terra, que foram residir para fora, nesses dias esforçam-se por estar presentes e saborear a alegria do convívio e a força comunitária das mesmas tradições. Assim, as festas tornam mais vivo e mais forte o sentido comunitário. Este é também um fruto da fé que a comunidade cristã deve levar à vida social, a convivialidade humana.

As festas afirmam ainda a identidade de uma comunidade. As pessoas encontram-se com as suas raízes, evocam memórias comuns, convivem de forma simples e acolhedora com os visitantes e procuram apresentar aos que vêm de fora a sua melhor imagem. Os habitantes mostram, no dia da festa, os seus pergaminhos, enfeitam as ruas da povoação, procuram irradiar e levar longe a notícia da sua alegria pela música e pelos sinos. Num tempo de individualismo, de estranheza mútua e de anonimato, devemos apreciar e promover estes valores humanos das festas, que são também valores cristãos.

As festas têm também uma dimensão religiosa. Para aqueles que designamos de cristãos festivos, que frequentam a Igreja apenas em dias de festa, é nestes momentos que avivam a memória da sua experiência religiosa. Bastantes, que se consideram cristãos, vão à missa apenas na festa do padroeiro, ou no Natal, ou noutros momentos pontuais relacionados com a recordação dos que morrem. Na altura das festas cumprem as suas promessas e procuram garantir a protecção divina. A Missa solene e a procissão são, para este fiéis, expressões importantes da dimensão religiosa por criarem uma experiência de relação e de contemplação da Providência de Deus e da protecção de Nossa Senhora e dos Santos. A dimensão sagrada sustenta o mistério da vida, dá solenidade e dignidade à existência quotidiana, proporciona solidez e transcendência às experiências proporcionadas pelas festas como a bondade da vida, a alegria e o convívio fraterno, face ao sofrimento, ao medo e à solidão da vida quotidiana.

O homem é um ser festivo por natureza. As festas são vitais para a sua existência. Nas festas afirma o poder da vida e da alegria, face à realidade do sofrimento, do desânimo e da morte. Por isso, as festas são tão antigas como o homem e hão-de acompanhá-lo na sua história. O ser humano precisa de festas para viver e celebrar a vida, para encontrar espaços de convívio e de integração. Nalgumas épocas parecem recuar. Mas depois regressam, como aconteceu entre nós com a "Revolução".

É verdade que por vezes apresentam desvios e são instrumentalizadas para fins lucrativos. Mas os valores que manifestam e a ligação profunda que mantêm com a alma do povo merecem que lhes prestemos atenção e nos esforcemos por fortalecer a sua verdadeira identidade e recriar novas formas de as celebrar.

D.Manuel Pelino, Bispo de Santarém "

Re: Festas Religiosas
Escrito por: lopessergio (IP registado)
Data: 08 de August de 2007 18:54

Ola a todos

Fazer Festa faz parte da Celebração Cristã, saber valorizar e educar para a celebração ajuda a viver a comunidade.
È verdade que muitas vezes so vemos muitos dos irmãos nessas festas, ou em funerais e casamentos, por isso com mais vigor devemos apostar numa boa catequese desses momentos, deixar que o Amor de Jesus se manifeste e expresse para que cada um com a pobreza ou a riqueza da sua Fé se deixe envolver em Cristo.

Cumprimentos

Sérgio Lopes



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