Chiii, são pagas?! Não é que eu não ache que cada trabalhador mereça o seu salário. Mais, se há dinheiro, deve repartir-se. Mas soa estranho... e eu tb sei que nós padres tb recebemos no nosso trabalho! No entanto, este é uma ajuda para o sustento... e não um pagamento pelo trabalho! Não sabia, não...

Confessionário

E sabes outra coisa; essas catequistas que são pagas noutras igrejas, tiram cursos de catequistas com um preço elevadíssimo.
A nossa igreja é uma das igrejas desta cidade que paga menos salários, são quase todos voluntários.
Ainda bem que fui um membro muito activo na igreja, para agora vos poder transmitir o que se passa no outro lado do Oceano:)))

O risco é elevado. O risco de atrair pessoas que até podem ter formação, terem saber mas que não têm verdadeiro amor por Jesus Cristo e pelo anuncio do Reino de Deus.

Mais elevado se torna quando se dão muitas condições ao padres. Surgem candidatos que querem apenas as comodidades do cargo mas que não têm verdadeira vocação. Até podem ser muito cultos, muito eruditos mas depois surgem os escandalos porque não foi o amor a Deus e ao anuncio do Reino que esteve na origem da decisão de tentar ir para padre.

Daí que ache que os bispos têm de ser rigorosos com os candidatos. Não basta alguem dizer que têm vocação para poder ser aceite. O falta de candidatos pode levar a um afrouxamento na exigencia dando posteriormente origem a escandalos.

Também me parece.. Há cada um...

A vocação vê-se e sente-se!E são acompanhados!Muitos podem não ter vocação...mas aí a culpa é de quem os acompanha!Porque não consegue mostrar bem o caminho!Felizmente conheço congregações que lutam pela qualidade!:-p Mas há outra coisa que quero realçar! Há muitos pessoas que tem um ideal de padre!E exigem (é um absurdo) que ele seja A ou B...E não dialogam com ele...para o cresciemnto

Vamos ser positivos.
Vamos acabar com expressões : "Também me parece.. Há cada um... " (citação da frase escrita pela CP a propósito dos padres)

Apetece-me dizer: e há cada católica Praticante.... Basta ver o fórum paróquias e pesquisem o que foi escrito pela católica praticante... Tirem as vossas conclusões...

Volto a dizer: neste tópico vale o bota-abaixo?

Mas cara Maria José,

uma vez mais, vais desculpar-me, mas que tal dares tu própria um contributo para os temas ao invés de julgares as intervenções dos outros... podes não gostar daquilo que a CP diz e estás no teu direito. Mas repara, por favor, que tu também estás sempre a julgar as atitudes dos outros. Tu acusas a CP de achar que tem sempre razão e de estar julgar os outros de forma negativa... Até poderia ser verdade. Mas, vais desculpar-me porque não quero de forma nenhuma magoar-te, mas eu continuo a não ver muito mais do que isso mesmo nas tuas intervenções (pelo menos nos tópicos em que te referes à CP tal como antes, quando te referias a mim). Podemos gostar ou não do que a CP diz, mas lá que ela não foge aos temas nem ao debate nem se limita simplesmente a dizer mal ou a chamar os outros à atenção, lá isso terás de concordar.

Abraço fraterno

Miguel





Editado 1 vezes. Última edição em 23/02/2006 00:28 por rmcf.

"Vamos ser positivos.
Vamos acabar com expressões :...."


hum...Censura, Maria josé? Que incoerência.... ( e vai daí, talvez não....)

Ainda estou à espera de respostas a perguntas que te coloquei anteriormente:

2)Acho que devias ser mais coerente, em termos de valores. Há uns tempos atrás, a propósito de das caricaturas sobre Maomé defendeste aqui o direito à indignação. Agora revelas-te perturbada porque alguém reage a uma caricatura feita por NSP. Em que ficamos?

3)Acho estranho ficares tão perturbada por alguém se afirmar Católico. Isso perturba-te ? Achas que um católico não deve exprimir a sua condição?

Tens vergonha de ser católica?

Porque é que havemos de atacar-nos uns aos outros e não apenas as ideias e opiniões de cada um?

Confessionário e Miguel

Obrigada e adeus

Maria José Ribeiro


CP

Não tenho vergonha nenhuma. Dou a cara. Não faço alarde, com palavras, que o sou.

Adeus

Ora ainda bem que dá a cara. Com palavras e com a sua vida. Não é única.

Desculpem lá, mas isto não era sobre a identidade do padre?! ai ai, quer-me parecer que na vida vitual anda tudo como na real... Ora bolas... Fico triste. Fico. Em vez de darmos as mãos, andamos nisto. Era dando as mãos que mostrávamso a nossa fé.

Voltando ao assunto do tópico...

Recentemente, tomei conhcimento de uns seis ou sete casos de padres que abandonaram o sacerdócio. Alguns deles, conhecia-os e considerava-os bons padres.

Fico na dúvida do porquê deste êxodo recente. Se já há poucos padres e mesmo assim, há alguns que desistem de ser padre, não sei até que ponto se medite sobre as razões que levaram estes e outros padres a abandonar o sacerdócio, na tentativa de evitar outras saídas.

Alguém pode dar pistas para a discussão?

Luís Gonzaga

Luis

Podiam ter encontrado o Amor da vida deles, como tu encontraste:) lol

Penso que é com tristeza que vemos os nossos pastores deixarem de o ser.

Mas a opção que fizeram deve-se ao facto de serem livres.
O facto de termos liberdade leva a escolher o que se pretende. Será sempre aquilo que o Senhor espera de nós? Estaremos sempre a fazer a vontade de Deus?
Por mim falo, quantos desvios...

A razão pela qual saíram é do foro íntimo de cada um deles.

Sabes, nestes casos, penso na culpa que tenho... será que eu ajudei no que podia (será que rezei por ele, será que fui amável, ...será que...???).

Será que nós os cristãos somos verdadeiramente irmãos dos nossos sacerdotes?...

Será que , cada um de nós, de acordo com as nossas circunstâncias fomos alguém que ajudou a manter a casa edificada sobre rocha firme? Ou fomos frouxos, pactuamos com coisas que não ajudam?

Será que eles encontraram , em nós, os amigos? às vezes, não nos damos ao luxo de dar cabo dos sacerdotes?

Há tantos modos de deitar abaixo os ideais de uma pessoa. Por exemplo: a crítica negativa, o começarem a sentir que a vida, assim, não tem sentido... e às vezes somos os leigos que damos cabo do seu sentido da vida. às vezes por superficialidade... pelo modo como "gozamos" com o que dizem, " pelo modo como os catalogamos".

Será que pensamos que os nossos sacerdotes são super-heróis que têm de aguentar tudo?

Agora sim, na muxe, Maria José.
A verdade é que os motivos principais pelos quais os meus colegas "desandam" não são esses. São antes a falta de sentido, a falta instintiva da sexualidade, a desilusão, a falta de identidade sacerdotal, entre outras.
Mas no meio disto tudo, quando se tem alguém ao lado que dá uma mão, e mais do que uma mão, um braço, um "podes contar connosco", tudo se supera com mais facilidade. Mais acrescentaria que, pelo contrário, a catalogação, a exigência, a funcionalidade, a forma como muitos se abeiram do seu pároco (digo funcionário) não proporciona muito ânimo.

Maria José

És muito amiguinha dos sacerdotes:) lol

Olha, que eles às vezes também precisam de ser corrigidos:)


Confessionário

Não notas que nem toda a gente fala com os sacerdotes, têm vergonha ou receio!

Tens razão, caro Confessionário.

Ainda ontem dizia a algumas pessoas da minha comunidade (incluindo o pároco) que esquecemo-nos frequentemente que Jesus Cristo confiou a Igreja a alguém que o traiu três vezes. O que nos deveria servir de sinal que nem sempre as coisas na comunidade nem sempre correrão como seriam de esperar. Há todo um caminho a percorrer e os padres também precisam da nossa ajuda.

Nem sempre isso acontece. Vejo com alguma frequência esperar-se que os padres sejam super-homens, os quais estão sempre disponíveis e nunca falham ou erram. Quando isso acontece, lá cai o padre em desgraça, porque é isto ou aquilo.

Um abraço,
Luís

Exactamente, Luís. É tal e qual o que acontece. Sempre prontos e sempre perfeitos...

Ana, eu não disse que os padres não precisavam ser corrigidos* ou que sejam os melhores nas relações humanas e interpessoais**.

*Mas um amigo serve, não apenas para dizer amen, mas para corrigir. O padre espera que os seus amigos o ajudem a crescer tb.

**E não tem que ser perfeitos nos relacionamentos... como as pessoas não têm que ser pefeitas nos relacionamentos. Eu falo por mim e com o meu exemplo: Sou pessoa de fácil relacionamento; não complico muto; simples, popular (é complicado falar de nós, mas é a verdade)... falo com toda a agente com facilidade. Mas há muita gente que, mesmo assim, tem, dificuldade em falar comigo. Primeiro, porque eles tb podem ser de difícil relação; segundo porque podem recear algo; terceiro, porque às vezes eu não sou o melhor ouvinte...
Eu sei que há padres frios e distantes... Mas há muita mais gente fria e distante...