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A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 05 de January de 2006 01:13

Cáritas supera governo na ajuda à recontrução de casas

[jn.sapo.pt]

Ajuda do Estado é curta na recuperação de casas
apoio Orçamento da Cáritas Portuguesa supera verbas que o Instituto Nacional de Habitação vai dispender Os três milhões de euros para a Agricultura deverão ser distribuídos em breve

João Luís Campos

A maior fatia do financiamento à recuperação das casas destruídas pelos fogos do último Verão não vai ser paga pelo Estado, mas sim por outras instituições, como é o caso da Cáritas Portuguesa. Isto porque o Instituto Nacional da Habitação (INH) só pode ajudar, a fundo perdido (até um máximo de 12 500 euros), quem tenha um rendimento anual bruto igual ou inferior a 14 vezes dois salários mínimos nacionais.

Como referiu o presidente do INH, José Teixeira Monteiro, aquele instituto já aprovou os apoios financeiros para a reparação ou reconstrução de 24 casas destruídas pelos fogos deste Verão e está, neste momento, a aguardar a caracterização de outras 33 situações para aprovar o respectivo financiamento, mas a larga maioria dos casos registados não será financiada pelo Estado. Está previsto um apoio a 57 habitações mas, segundo dados do Ministério da Administração Interna, entre as casas que funcionavam como primeira habitação (só essas recebem financiamento a fundo perdido) 79 arderam totalmente e 139 ficaram parcialmente destruídas. Ou seja, um total de 218 casos.

O diferencial, como referiu o presidente do INH, pode explicar-se pelas situações cobertas pelos seguros mas essencialmente pelo apoio de outras instituições. É, efectivamente, o caso da Cáritas Portuguesa, como admite Teixeira Monteiro, que tem dado um importante apoio nesta fase de construção.

A campanha que a Cáritas lançou ainda durante o período dos fogos rendeu 271. 151, 37 euros, mas a esta verba junta-se o remanescente de campanhas anteriores . Numa altura em que apenas faltará a informação referente a dois ou três casos, sabe-se que na diocese de Coimbra vão ser gastos 285.300 euros, na de Leiria 585.659 e na da Guarda 88.897. Um total de perto de um milhão de euros, bem superior ao que o INH prevê apoiar (se todos os 57 casos recebessem o apoio máximo, o que não acontece, o apoio do Estado seria de pouco mais de 700 mil euros).

Além destes apoios que começam a ter tradução concreta no terreno - em Pombal já foram entregues cinco habitações construídas de novo, de acordo com o projecto de arquitectura elaborado pelo município -, as câmaras também foram apoiadas para fazerem face à necessidades de realojamento, no âmbito do programa Prohabita.

A nível de instalações comerciais ou industriais (19 perdas totais e 20 parciais), não foi criada nenhuma linha de apoio específica, até porque a larga maioria estaria segurada. Já sobre os elevados prejuízos na agricultura, as candidaturas foram processadas pelas Direcções Regionais e na próxima semana será conhecida a dimensão dos danos. Como foi anunciado logo em Agosto, há três milhões de euros disponíveis.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de March de 2006 01:38

[www.7arte.net]|7


Dignificação das mulheres da rua
Há mais de vinte anos as Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor percorrem as ruas de Lisboa ao encontro das mulheres envolvidas no mundo da prostituição. Esta mão amiga tem ajudado a devolver a dignidade a muitas mulheres que, tantas vezes, não tinham mais ninguém a quem recorrer. Uma das suas responsáveis, a propósito do Dia Internacional da Mulher, afirmou que quando se aprende a tratar as prostitutas como “a mulher que são”, nascem, espontaneamente, “gestos de ternura e de humanização”. Foi publicado, no passado dia 8, o livro “Quem levou o meu ser? Mulheres da rua”, editado pela Câmara de Lisboa e pelas Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, que apresenta um estudo baseado num trabalho de rua, entre 2002 e 2005, com o intuito de ajudar a retirar mulheres do mundo da prostituição.
A intervenção das equipas de rua foi apoiada, desde o início, pela Câmara Municipal. O trabalho envolve três zonas de Lisboa e em todas foi possível detectar problemas ligados com a imigração irregular, a toxicodependência, a pobreza, a exclusão e as situações familiares.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 21 de March de 2006 01:39

[www.7arte.net]|9

Caritas da Índia entrega 648 casas a vítimas do tsunami
Após o tsunami, a Caritas da Índia tem desenvolvido um conjunto de trabalhos de apoio às vítimas, que se traduz agora na entrega de 648 moradias permanentes a famílias afectadas.
Estes trabalhos têm-se desenvolvido com as comunidades de 300 povoações em Tamil Nadu, Andhra Pradesh, Kerala e nas ilhas Andaman e Nicobar. Há um projecto para construir mais de 17 milcasas, além de proporcionar alimentos às famílias afectadas, sem distinção de casta, credo ou etnia.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 03 de April de 2006 22:55

[www.zenit.org]

Data de publicação: 2006-02-10

Santa Sé expõe três chaves decisivas para erradicar a pobreza

«Melhorar as condições do comércio, duplicar a ajuda ao desenvolvimento e fortalecer o perdão da dívida»

NOVA YORK, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006 (ZENIT.org).- A Santa Sé exigiu da comunidade internacional o cumprimento de suas promessas na erradicação da pobreza mundialmente e apresentou três objetivos decisivos para alcançar a meta.

No caso dos países mais necessitados, declara, há que «melhorar as condições do comércio, duplicar a ajuda ao desenvolvimento e fortalecer o perdão da dívida».

Assim expôs esta quinta-feira o arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, ao intervir na sessão da Comissão para o Desenvolvimento Social do Conselho Econômico e Social (ECOSOC).

Este organismo da ONU está analisando os resultados da primeira década para a erradicação da pobreza, que vai desde 1997 a 2006.

O arcebispo reafirmou o compromisso da Santa Sé para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, que se propôs que para 2015 se reduza à metade a pobreza mundialmente.

O representante papal constatou que ainda que a porcentagem da população mundial que vive em condições de pobreza extrema caiu, entre 1981 e 2001, de 40% a 21%, «ainda em muitos países e povos continua se registrando altos níveis de pobreza».

Em particular, constatou que na África subsaariana, «ao longo dos anos noventa, o progresso na redução da pobreza foi escasso ou nulo e se essa tendência prossegue, só oito nações africanas terão reduzido à metade sua condição de pobreza extrema para o ano 2015».

Por outro lado, indicou, «quase duplicou o número de africanos que vivem com menos de um dólar ao dia, passando dos 165 aos 315 milhões».

Segundo Dom Migliore «a experiência de alguns países em desenvolvimento, sobretudo na Ásia, demonstra que não há uma rápida redução da pobreza sem um crescimento econômico sustentável onde os pobres tenham acesso à partilha de benefícios».

Por isso, pediu «alentar e ajudar os responsáveis desses países para que apliquem políticas que permitam a suas nações alcançar porcentagens de crescimento muito mais elevadas que os conseguidos desde o ano 2000».



A % baixou para metade mas ainda existem milhares de milhões de pessoas em extrema pobreza.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 04 de April de 2006 01:04

Cresce silenciosamente e muitas vezes só dá frutos decadas depois da sementeira:

[www.zenit.org]

Data de publicação: 2006-02-17

Escolas católicas indianas reservarão lugar para marginalizados

«Opção preferencial» do episcopado do país

BANGALORE, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006 (ZENIT.org).- «Profundamente sensibilizados pela situação injusta» na qual se encontram os marginalizados na Índia, a Igreja local renova seu compromisso de «combater esta injustiça», em concreto por meio da educação, afirma em nome dos bispos indianos seu presidente, o cardeal Telesphore Toppo.

O primeiro purpurado tribal na história do país firmou na quarta-feira a declaração final da XXVII Assembléia Plenária da Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI), celebrada em Bangalore desde 8 de fevereiro, sobre «Educação católica e preocupação da Igreja pelos marginalizados».

«Construir uma nova Índia, onde cada criança seja educada, onde os marginalizados sejam capacitados, onde o sistema educativo busque transformar a sociedade é nosso sonho», reconhecem os prelados no texto.

«Como Igreja, à imitação de Jesus, que fez uma opção preferencial pelos pobres, comprometemo-nos a centrar-nos particularmente nos marginalizados para permitir-lhes assumir seu lugar de direito na vida do país e realizar sua contribuição ao progresso da nação», expressam.

Daí que, entre os compromissos do encontro, ao que assistiram 160 bispos da Índia, destaque o de «assegurar que cada instituição educativa católica tenha uma preocupação especial pelos marginalizados, especialmente pelas meninas».

Por isso --escrevem os bispos-- «exercemos voluntariamente uma política de reserva pela qual se mantenha um lugar em todas nossas escolas para os marginalizados».

Os menos favorecidos, seja «social ou intelectualmente», «serão especialmente assistidos de forma que possam estar integrados no sistema educativo», acrescentam.

O episcopado católico da Índia espera de todas as escolas católicas --já estejam dirigidas por dioceses, religiosos, coletivos ou particulares-- sua participação neste projeto, segundo exortam os prelados.

Acrescentam sua condenação de «qualquer tentativa de comercializar a educação» e afirmam que não aceitarão «taxas de matrículas».

Por «marginalizados» a declaração se refere «especialmente aos dalits, tribais e setores economicamente frágeis da sociedade, migrantes e desabrigados, crianças, pessoas com aprendizagem lenta e com capacidade diferente».

«A marginalização foi fenômeno em nosso país desde dias longínquos, especialmente como resultado do sistema de castas», uma «discriminação que ainda persiste» e inclusive «aumentou», denunciam.

O episcopado da Índia busca igualmente assegurar que toda criança católica esteja escolarizada nas instituições católicas e tem intenção de estabelecer «mais internatos, especialmente nas zonas rurais, pois provaram sua eficácia no ministrar de uma educação sólida aos marginalizados».

Do recente estudo levado a cabo para esta Assembléia episcopal se desprende que atualmente a Igreja dirige 20.370 instituições educativas na Índia. Em torno de 60% se encontram em zonas rurais, de seus estudantes --a grande maioria de outros credos-- mais da metade são meninas.

Com seu trabalho, «a Igreja faz um serviço não só aos católicos, mas também à nação como um todo», constata o episcopado.

Consciente de que no país «milhões de pessoas estão-se marginalizando cada vez mais», e de que a «educação é a chave da capacidade dos marginalizados», o episcopado católico assinala que «o esforço educativo do governo deverá concentrar-se de forma especial no setor mais frágil da população».

«Portanto urgimos encarecidamente a que neste campo os fundos governamentais aumentem significativamente --reclamam--. A Igreja, por sua parte, como sempre, cooperará plenamente com o governo neste esforço».


a igreja catolica e o terramoto no paquistão e na india
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 03 de November de 2005 21:29

é muito mais falado o mal que o bem, faz mais barulho uma arvore a cair que uma floresta a crescer.

Pois aqui estão algumas da iniciativas da igreja a favor das vitimas do terramoto no paquistão:

[zenit.org]
Data de publicação: 2005-10-12
Cáritas brasileira soma seus esforços à ajuda às vítimas das catástrofes recentes
O terremoto na Ásia e o furacão que atingiu a América Central
BRASÍLIA, quarta-feira, 12 de outubro de 2005 (ZENIT.org).- Diante do terremoto que no sábado passado atingiu a região da Caxemira e da recente passagem do furacão Stan pela América Central, a Cáritas brasileira une seus esforços à rede internacional de Cáritas para auxiliar nos serviços de apoio às vítimas.

«Estamos diante de uma série de catástrofes naturais muito graves, que nos últimos dias se abateram sobre a Guatemala, El Salvador, Paquistão e Índia, deixando milhares de mortos, mais de quatro milhões de feridos e desabrigados, além de grande destruição e desolação», afirma a presidência da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em um comunicado intitulado Apelo à Solidariedade, difundido hoje.

Como medida concreta, a Cáritas Brasileira, seguindo o exemplo da Cáritas Internationalis, abriu duas contas especiais para doações em favor das populações atingidas naqueles países.

«A Presidência da CNBB endossa este gesto de solidariedade e apela para a generosidade dos cristãos e de todos os demais brasileiros, para encaminharem suas doações», diz o comunicado.

Segundo os bispos responsáveis pela conferência episcopal, «as ajudas urgem, para aliviar os sofrimentos das populações atingidas». A Campanha estará aberta por dois meses, até dia 10 de dezembro de 2005.

A presidência da CNBB pede ainda que o apelo seja especialmente divulgado nos próximos domingos e que as coletas para atender ao pedido de ajuda sejam feitas nas comunidades, paróquias, dioceses e escolas católicas. O organismo episcopal indica que a divulgação também pode ser feita pelos meios de comunicação locais, internet, mala direta e outras formas, para que a população tenha conhecimento da campanha.

«Pedindo também a solidariedade das orações pelas pessoas atingidas pelas catástrofes, confiamos nossa ação à proteção da Virgem Maria, que invocamos como a Senhora da Conceição Aparecida, com fraterna saudação», encerra o comunicado, assinado pelo cardeal Geraldo Majella Agnelo, presidente; por Dom Antônio Celso Queirós, vice-presidente, e por Dom Odilo Pedro Scherer, secretário-geral.

As contas específicas da Cáritas Brasileira para esta campanha são: Banco do Brasil, Agência 3475-4, C/C nº9303-3; e Banco Bradesco, Agência 0484-7 C/C nº66000-0.

[zenit.org]
Data de publicação: 2005-10-10
Cáritas entre as primeiras a ajudar as vítimas do terremoto na Índia e no Paquistão
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 10 de outubro de 2005 (ZENIT.org).- Na manhã desta segunda-feira, celebrou-se uma teleconferência com a participação dos membros de Cáritas Internationalis para apoiar o plano de resposta que Cáritas Índia e Cáritas Paquistão realizam desde o sábado passado às vítimas do terremoto que atingiu a região de Caxemira.

Cáritas foi uma das primeiras a socorrer as vítimas do sismo que causou milhares de mortos e deixou quatro milhões de pessoas sem lar no Paquistão.

Poucas horas depois do terremoto, uma equipe de Cáritas chegou à cidade mais afetada, Muzzaffarabad, capital da zona paquistanesa de Caxemira, e começou a oferecer sua contribuição no hospital local de Mensera, onde centenas de pacientes eram colocados na parte exterior, por medidas de segurança.

«O acesso à região é difícil, pois a área do epicentro é sumamente montanhosa, com estreitas estradas que em certas ocasiões estão bloqueadas por avalanches» informa o representante de Catholic Relief Services (CRS), a Cáritas americana, no Paquistão, Jack Norman.

«As áreas da zona paquistanesa da Caxemira foram duramente golpeadas, e, dada a nossa experiência na resposta às tormentas de inverno e às inundações na região, prevemos dificuldades significativas para distribuir as ajudas nesta zona», acrescenta Norman.

Nos próximos dias partirá à região afetada uma equipe técnica de resposta rápida a emergências (ERST) de Cáritas. Com objetivo de identificar no terreno as áreas prioritárias de intervenção de tal equipe, deslocou-se para a área o responsável de Emergências de Cáritas Internationalis, Karl Amman.

Tanto Cáritas Índia como Cáritas Paquistão deslocaram nas áreas mais castigadas pelo sismo diversas equipes de socorro aos danificados que estão trabalhando em coordenação com os comitês governamentais de proteção civil.

As prioridades centram-se mesmo no resgate de possíveis sobreviventes entre as ruínas dos edifícios derrubados, assim como facilitar à população afetada produtos de primeira necessidade.

Cáritas Índia, em um informe remetido esta segunda-feira sobre seu dispositivo de emergência para responder a esta emergência, indica que suas áreas de intervenção prioritária são a assistência à saúde aos feridos, a partilha de alimentos a 1.500 famílias e a distribuição de mantas, roupas e gêneros básicos.

As equipes de Cáritas Índia instalaram seu campo base de operações no colégio diocesano de São José em Baramulha, onde a Igreja católica dirige também um hospital, cuja infra-estrutura foi posta totalmente à disposição desta catástrofe.

[zenit.org]
Data de publicação: 2005-10-27
Paquistão: Ajuda às vítimas impulsiona o diálogo entre cristãos e muçulmanos
Cáritas consegue fazer chegar ajudas apesar dos problemas de comunicação
RAWALPINDI, quinta-feira, 27 de outubro de 2005 (ZENIT.org).- O dramático terremoto que flagelou em 8 de outubro a região da Caxemira no Paquistão converteu-se em um estimulo ao diálogo entre cristãos e muçulmanos do local, segundo revela quem trabalha nas tarefas de ajuda e reconstrução.

Cáritas Paquistão conseguiu transportar ajuda humanitária a algumas das comunidades das zonas mais remotas da Caxemira que ficaram isoladas após o devastador terremoto de 8 de outubro passado.

Esta meta, que se havia convertido em um objetivo prioritário para a Cáritas local, pôde ser atingida nos últimos dias, uma vez que os membros de várias equipes de Cáritas conseguiram distribuir várias barracas de acampamento em alguns dos núcleos de população que o sismo deixou incomunicáveis.

Cáritas Paquistão confirmou a distribuição de 200 barracas de acampamento e outros artigos de primeira necessidade no povoado de Naraha, na região de Balokot, onde já se registram temperaturas noturnas de até 7 graus abaixo de zero.

«Esta partilha supôs todo um desafio para nós --declarou Tariq Raza, coordenador de emergências da Cáritas Paquistanesa-- e queremos assegurar-nos de que a distribuição das barracas nesta zona se faça de forma apropriada, antes de dirigir-nos a outras áreas afetadas próximas de Muzaffarabad».

Cáritas expediu outro carregamento de barracas ao povoado de Dabrian, construída no meio montanhoso de Balakot e cujo acesso pela estrada ficou impedido como conseqüência do terremoto.

Nas próximas semanas, Cáritas Paquistanesa calcula ter repartido 8.000 barracas e 4.000 mantas às 5.000 famílias às quais está prestando ajuda de emergência nas zonas de Balakot e Muzaffarabad.

O presidente de Cáritas Internacional, Denis Vienot, encontra-se no Paquistão para conhecer de perto os efeitos do desastre e tomar contato direto com o pessoal local de Cáritas e das organizações da Igreja católica que estão prestando ajuda às vítimas. Vienot encontrou-se no país com os membros da equipe técnica de resposta a emergências (ERST) enviada por Cáritas Internacional à zona para acompanhar os trabalhos da rede Cáritas no terreno.

«Ao voar de helicóptero sobre as regiões afetadas, tem-se idéia da inacessibilidade de muitos núcleos de população e das ingentes dificuldades logísticas para auxiliar as comunidades mais vulneráveis», declarou o presidente de Cáritas Internacional.

Uma carta enviada por um grupo de jovens muçulmanos e cristãos que oferece sua ajuda no Rawalpindi General Hospital, onde se atendem feridos resgatados das ruínas, confirma a colaboração entre crentes de ambas religiões.

«Tentamos dar apoio aos feridos, porque é necessário quem os escute, limpe-os e os auxilie. Os funcionários dos hospitais nos sugeriram esta tarefa, da qual viam uma absoluta necessidade. As pessoas têm necessidade de contar a alguém o que viveram. Sentimos quão importante é estar ali para assumir em nós este sofrimento e ser sinais concretos do amor de Deus», informam os jovens voluntários.

[zenit.org]
Data de publicação: 2005-11-03
Salesianos do Paquistão constroem outro acampamento para vítimas do terremoto
ROMA, 3 de novembro de 2005 (ZENIT.org).- Jovens salesianos e professores do Centro Dom Bosco de Lahore (Paquistão) estão planejando a construção de um segundo campo de refugiados para atender os afetados pelo terremoto que assolou o noroeste do país em 8 de outubro passado.

O grupo de Dom Bosco, organizado pelo salesiano espanhol Miguel Angel Ruiz, trabalhou durante o mês de outubro a uns 60 quilômetros da devastada cidade de Bakalot, erguendo um campo de refugiados para 500 pessoas.

A equipe do Dom Bosco, que está formada por 138 pessoas entre jovens, salesianos e professores, está planejando a construção de um segundo campo de refugiados.

Em uma reunião entre Cáritas Internacional e outras ONGs, e da qual participou o sacerdote salesiano, elaborou-se um plano no longo prazo para construir um povoado com refúgios feitos de fibra de vidro.

A equipe do Dom Bosco ofereceu a mão de obra e os recursos de que dispõe para que este projeto comece o quanto antes possível.

O projeto será realizado em uma zona montanhosa, mais além de Balakot, ao noroeste do país. A situação faz-se cada vez mais preocupante, segundo informa o padre Miguel Angel Ruiz, pela proximidade do inverno e pelo fato de que em algumas zonas já começou a nevar e ainda há muita gente sem casas nem refúgio de nenhum tipo.

Entre as ajudas que chegam para poder realizar estes projetos, encontram-se os 25.000 euros enviados por Missões Salesianas de Madri. Também sete ONGs vinculadas aos salesianos e que formam o Dom Bosco Network ofereceram uma ajuda de 100.000 euros, que será repartida entre Paquistão e as obras da América Central, afetadas recentemente pelo furacão “Stan”.

A Conferência Episcopal do Paquistão, por outro lado, agradeceu a equipe do Dom Bosco por ter se mobilizado tão rapidamente para atender as pessoas afetadas pelo terremoto.



Editado 1 vezes. Última edição em 03/11/2005 21:30 por camilo.

Re: a igreja catolica e o terramoto no paquistão e na india
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 03 de November de 2005 21:31

[www.catolicanet.com.br]
Igrejas abertas para os refugiados do terremoto Islamabad (Paquistão), 31/10/2005 - 13:46

Cerca de vinte famílias de desabrigados encontraram refúgio em uma paróquia de Abbottabad: a Igreja católica está colocando a disposição todas as suas estruturas, igrejas, e escolas, para acolher famílias sem teto, depois do sismo de 8 de outubro. “Temos que ir ao encontro dos mais pobres dentre os pobres” - disse Pe. Inayat Patras, pároco de Abbottabad. As famílias provês da cidade de Muzaffarabad, duramente atingida pelo terremoto.

A cidade de Abbottabad transformou-se em um centro de distribuição de ajudas e abrigo de feridos, e, em função da emergência sanitária, médicos voluntários continuam a chegar ao local para construir novos hospitais de campo.

Entretanto, as esperanças de aceder aos sobreviventes em áreas de montanha isoladas e vales atingidas pelo terremoto na Cachemira estão se reduzindo, com a iminente chegada do inverno.

Todas as emergências sanitárias estão lutando contra o tempo. Além de mil toneladas de ajudas que já chegaram ao local, continuam a chegar outras, de diversos países do mundo. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) está colaborando com o exército paquistanês e com outros parceiros, como a Caritas, para distribuir rapidamente este material. A operação visa salvar ainda outras vidas.
As equipes de emergência do ACNUR enviadas a Mansehra, Bagh, Muzaffarabad, Balakot e Batagram estão colaborando com o exército e com outras agências para identificar locais adequados, em altitudes mais baixas, nos quais montar novos campos temporários para os desabrigados. Nas aldeias vizinhas, cerca de 15 mil pessoas precisam de assistência urgente.

Além dos campos montados oficialmente, estão surgindo em vários pontos da região aldeias espontâneas, e as ONG’s continuam a distribuir ajudas de primeira necessidade às pessoas mais carentes.

Entretanto, prossegue a ponte aérea com a qual o ACNUR transporta 860 toneladas de ajudas, provenientes de seus depósitos, na Turquia. A Agência da ONU para refugiados instituiu também uma nova linha de ajudas do Irã. Do depósito de Kemanshah, próximo do confim com o Iraque, parte um comboio com 62 toneladas de ajudas.

Re: a igreja catolica e o terramoto no paquistão e na india
Escrito por: Miguel D (IP registado)
Data: 03 de November de 2005 22:39

Acção louvável e digna. Isto demonstra que a Assembleia de Deus é como um polvo: tem muitos membros, permitindo-lhe assim chegar a (quase) todos os cantos...

É natural que uma floresta cresca, logo o barulho da floresta a crescer é um barulho natural e que não nos incomoda. O que costuma incomodar é o barulho anti-natural de um árvore a cair.

Um abraço

Miguel Dias

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 01 de May de 2006 00:10

depois de várias criticas, injustas na sua quase totalidade, ao trabalho dos orfanatos geridos pela Igreja uma pequena noticia sobre um sucesso particular de outro orfanato.
Não ouviram ainda? Não admira, faz mais barulho uma árvore a cair que uma floresta a crescer. Ou como dizem os ingleses "good news, no news".

A menina que aprendeu a gostar dos números

Ana Clotilde Correia, Agência Lusa

Sónia Moreira provavelmente soltaria uma das gargalhadas sonoras que às vezes irrompem da sua profunda timidez se lhe dissessem que cinco anos depois de, no 10.º ano, ter anulado Matemática, representaria Portugal nas Olimpíadas Europeias daquela disciplina.

A estudante da licenciatura de Ciências do Desporto da Faculdade de Motricidade Humana, que será uma das representantes portuguesas na competição que decorre desde ontem em Amesterdão, na Holanda, preparou-se para o exame final do 12.º ano de Matemática como aluna externa, com a ajuda de uma explicadora.

"A minha `stôra´ não explicava muito bem. Tive dois anos e meio de explicações. No início, só pensava que precisava de passar, mas depois comecei a gostar", contou à agência Lusa.

Sónia, 21 anos, cresceu na Obra do Padre Gregório, em São Pedro de Sintra, uma Instituição Particular de Solidariedade Social onde vivem mais 28 raparigas.

"É uma jovem que possui como únicos pilares a Obra e ela própria e tem conseguido o que outros jovens com uma família estruturada, um meio normativo e funcional, não conseguem", considera Sandra Helena, a psicóloga que dirige a instituição que é a casa da Sónia desde os três anos.

Com as explicações, três vezes por semana, começou a sentir uma "motivação diferente" para os números.

"Às segundas-feiras tinha sempre um teste da matéria da semana toda e esse teste dava pontos, que ia acumulando. Passava os fins-de-semana a estudar. Às tantas, comecei a achar graça", disse.

Foi já na Faculdade de Motricidade Humana, onde é uma das melhores alunas do segundo ano, que um professor de Matemática a inscreveu nas Olimpíadas Nacionais, que decorreram em Abril do ano passado, no Porto.

Durante um fim-de-semana, em que Sónia veio sempre de comboio dormir a casa, foi passando as sucessivas provas eliminatórias até ficar no núcleo vencedor composto por cinco alunos, um por cada ano do ensino superior.

Envergonhada, permaneceu em silêncio quando o júri pronunciou o seu nome.

"O meu professor é que começou aos saltos e a gritar `é a minha aluna'! E depois disse-me logo `agora vais ganhar na Holanda´", contou.

Dos problemas matemáticos que a esperam em Amesterdão, Sónia só teme o inglês em que são escritos os enunciados.

"Estou mais nervosa por andar de avião sozinha e ficar tanto tempo fora", confessou, acrescentando que lhe custa muito estar uma semana sem o apoio de Sandra Helena.

Foi a psicóloga que lhe mostrou o caminho para o ensino superior.

"A doutora Sandra obrigou-me, no bom sentido, a tentar entrar na faculdade. Punha-me nos pavilhões a estudar sozinha, inscreveu-me nos pré-requisitos".

A opção pelo desporto surgiu naturalmente para a jovem que foi bicampeã de futebol feminino com a camisola da Sociedade União 1.º de Dezembro, nas épocas 2000/2001 e 2001/2002, e que actualmente dá todos os dias aulas de natação numa escola particular da modalidade em Sintra.

Uma "mediadora de conflitos", nas palavras da directora da instituição, olhada como uma heroína pelas companheiras mais novas, Sónia pondera um futuro como professora.

"Com a matemática só ajudo as pequenas, com as maiores não dá, não aceitam lá muito bem ser corrigidas. Eu queria ser professora, mas há tantos professores sem fazer nada que tenho medo, só sei que gosto de trabalhar com crianças", diz.

O grande sonho "era jogar à bola mesmo a sério, com um estádio todo cheio". A bola, aliás, atravessa os sonhos da Sónia que, na infância idealizava um jogo de futebol com o pai, que nunca conheceu e que soube há cerca de cinco anos estar preso.

A mãe, que a visitou uma vez, tinha Sónia cerca de 10 anos, morreu há quatro anos. "Quando me veio visitar não liguei muito", lembra.

Sónia não esconde o receio que sente da vida fora das paredes protectoras da Obra do Padre Gregório e da paz que encontra no seu rebuliço quotidiano.

"Tenho medo de chegar a casa e não ouvir barulho. Vou ter que ter muitos filhos para fazerem muito barulho", prevê, com um sorriso envergonhado.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 25 de October de 2006 01:20

[zenit.org]

Data de publicação: 2006-10-24

Moçambique confia professores de Formação Profissional aos Salesianos


MAPUTO/MADRI, terça-feira, 24 de outubro de 2006 (ZENIT.org).- O governo de Moçambique confiou aos Salesianos a gestão, programação, direção e desenvolvimento das atividades voltadas para a formação dos docentes de Formação Profissional de todo o país.

E isso através da criação, em 17 de outubro, do «Instituto Superior de formação em docência e gestão da Educação Profissional Dom Bosco», um centro público cujo titular é a Congregação Salesiana.

Confirma a Agência Internacional Salesiana de Informação (ANS) que tal centro é o único com estas características. Programa-se que em junho de 2007 comecem as aulas.

O novo centro é resultado da colaboração entre «Cooperação Espanhola» -- dependente do Ministério de Assuntos Exteriores --, do governo de Moçambique, da ONG salesiana «Jovens do Terceiro Mundo» (JTM) e dos próprios Salesianos.

A rede de escolas salesianas da Espanha já vinha colaborando com os centros salesianos de Moçambique na implantação e desenvolvimento da Formação Profissional, oferecendo sua longa experiência neste campo educativo.

Desta forma, cerca de oitenta professores de colégios espanhóis viajarão ao país como voluntários técnicos de curta duração.

Durante as férias escolares -- alguns ainda dedicaram um curso completo -- estes docentes colaboraram com seus homólogos de Moçambique na montagem de oficinas, na seleção do pessoal e na posta em prática de programas educativos.

A maior urgência é a preparação de professores, à que se tenta dar resposta com a criação deste Instituto.

O «Instituto Superior de formação em docência e gestão da Educação Profissional Dom Bosco» oferecerá formação tanto com aulas presenciais como «online», a fim de facilitar a atualização e formação permanente do professorado.

Abarcará as áreas de manutenção industrial, hotelaria e turismo, agronomia e administração de serviços.

Consagrados a Deus na Igreja Católica através dos três votos de pobreza, castidade e obediência, os Salesianos de Dom Bosco se entregam totalmente ao serviço dos jovens, especialmente dos mais pobres e necessitados.

O núcleo de sua missão é o desenvolvimento dos recursos da juventude através da educação e da evangelização.

Fundados por São João Bosco, um santo educador italiano do século XIX, estão presentes em 128 nações.

Os salesianos atualmente são cerca de 16.600, ainda que em conjunto a Família Salesiana conta com aproximadamente 402.500 membros.

Esta consiste em cerca de vinte organizações diferentes, que foram surgindo ao longo dos anos, e que tomaram a inspiração do sistema e do carisma de Dom Bosco.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 31 de October de 2006 23:50

Casa para mulheres «sem-teto» antes do inverno moscovita, iniciativa de «Sant´Egídio»

A comunidade católica de leigos se adianta à tragédia anual


MOSCOU/ROMA, domingo, 29 de outubro de 2006 (ZENIT.org).- Em seu intento de aliviar os efeitos do inverno moscovita, que anualmente cobra muitas vidas pelo frio, a Comunidade de Sant´Egídio abriu uma casa para mulheres «sem-teto» antes da chegada dos rigores da estação.

É que, como explica uma nota da comunidade eclesial, o inverno em Moscou, com temperaturas inferiores a 20º C, é um problema para todos, mas especialmente para quem não tem casa.

«Ou talvez sim a tenha, mas só pode chegar a ela de madrugada, após ter acabado seu “trabalho”: pedir esmola nas estações de metrô para conseguir sobreviver -- lamenta --, coisa não fácil para quem tem uma renda de pouco mais de 50 euros.»

A Comunidade de Sant´Egídio chama a atenção sobre este mundo «subterrâneo» do metrô moscovita, ao qual já não se presta atenção, mas onde há, cada dia e cada noite, anciãos com passado «nobre», professoras (alertando que, como em toda Europa, a idade anciã prevalece no sexo feminino), diretoras de empresas, físicas, químicas, engenheiras...

São «filhas e mães de uma União Soviética que já não existe -- alerta -- e que deixou só trocados para viver. Muito pouco».

«Cada ano várias centenas morrem pelo frio. Uma tragédia anunciada e prevista.» E como há gente que quer ajudar, a «Comunidade “interceptou” algumas pessoas de boa vontade» e há quem «pôs à disposição um lugar, e se pôde realizar um sonho»: uma casa para que vivam algumas destas «amigas pela rua».

A Comunidade de Sant´Egídio (www.santegidio.org) foi fundada pelo historiador Andréa Riccardi em Roma em 1968, à luz do Concílio Vaticano II.

É um movimento (Associação pública de leigos da Igreja Católica) ao que pertencem mais de 50.000 pessoas; está comprometido na evangelização e na caridade em Roma, no resto da Itália e em mais de 70 países de diferentes continentes.

«A amizade pela rua» é uma iniciativa da Comunidade orientada a uma presença próxima e amistosa para restituir a cada um a dignidade de pessoa com gestos simples de respeito.

Consciente de que em todas as grandes cidades há muitas pessoas que, por distintos motivos, se vêem impulsionadas a viver na rua, os membros da Comunidade de Sant´Egídio tomam exemplo o bom samaritano da parábola do Evangelho e buscam atender a todas que vivem em estações de transportes, em entradas de lugares públicos e em qualquer lugar urbano.

Este compromisso se originou ao final dos anos 70, quando aumentava rapidamente o número de necessitados pelas ruas da cidade e de outras do mundo.

Certos episódios submergiram a Comunidade em uma profunda reflexão sobre este drama, em particular a história de Modesta, uma anciã indigente conhecida na estação Términi, de Roma, que morreu sem auxílio porque estava suja e a ambulância não quis levá-la.

O encontro com este mundo de necessidade suscitou e fez crescer, ao longo dos anos, uma «rede de amizade e de apoio» e deu lugar a iniciativas estáveis de solidariedade por parte da Comunidade de Sant´Egídio.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: s7v7n (IP registado)
Data: 06 de November de 2006 20:18

[www.agencia.ecclesia.pt]

Papa investe em fundos para campanhas de vacinação nos países pobres.


Bento XVI vai investir nos novos títulos emitidos pelo governo britânico para realizar campanhas de saúde e vacinação nos países pobres. O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo Vaticano.
Em nome do Papa, o Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, vai adquirir em Londres as primeiras obrigações do IFFIM (Ajuda Financeira Internacional para a Vacinação), revelou um comunicado deste Dicastério.

"Com este gesto, Bento XVI quer mostrar seu total apoio à iniciativa", afirmou o Cardeal Martino.

A IFFIM, fundada por iniciativa do ministro britânico de Economia, Gordon Brown, receberá apoios de seis países europeus, e o dinheiro da aquisição de títulos será destinado às populações mais necessitadas, em particular para campanhas de vacinação de crianças.

Os títulos da IFFIM servirão para distribuir vacinas contra a poliomielite, malária e tuberculose em 72 países do mundo e deverão salvar cerca de 10 milhões de pessoas, entre elas cinco milhões de crianças, antes de 2015.

"Ama e faz o que quiseres" - Santo Agostinho

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: Chris Luz BR (IP registado)
Data: 08 de November de 2006 22:06

Camilo sua generosidade chegou ao Brasil e os jovens de uma comunidade de pescadores já podem usufruir dos powerpoints que você partilhou!

obrigada
Chris

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 10 de November de 2006 00:41

Eu pouco fiz, um missionário comboniano fez quase todos os powerpoints, um amigo meu pediu-lhe uma cópia daquilo que tinha feito, fez cópias para mim e julgo que para outras pessoas. Eu coloquei o que me tinham arranjado online.
Voce vai ter o trabalho de dar a formação a essa comunidade.

Em tudo isto quem fez menos fui eu.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: Maria José Ribeiro (IP registado)
Data: 20 de December de 2006 18:48

Acho que a propósto da floresta e do seu crescimento podemos ver o que pensa Bento XVI de um assunto que está relacionado com o tópico. Sugiro a leitura integral

Aqui vai:

[www.vatican.va]

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 03 de June de 2007 16:57

Um artigo curioso de António Barreto, via comentários do «De Rerum Natura»:

Citação:
António Barreto
A desumanidade da sociedade civil


Por razões de ordem pessoal, tive recentemente de me ocupar de questões ligadas à assistência aos desfavorecidos e à protecção de populações em risco. Entre estas, podem contar-se os idosos (especialmente sozinhos e doentes), crianças abandonadas, filhos de pais doentes, refugiados, vítimas de violência doméstica, pobres, certos desempregados, doentes acamados, pessoas sem abrigo, viciados, drogados, hospitalizados com parentes ausentes, presos e outros. Num vasto universo de organizações civis e não--governamentais que se dedicam ao apoio e ao conforto destas pessoas, encontrei ou tomei conhecimento da existência de milhares de voluntários que gastam, por dia, mês ou ano, horas sem fim com aqueles que assistem. Além do tempo de trabalho, que não é pouco, gastam também recursos pessoais.

Mais do que tudo isso, o esforço e a energia destas pessoas, em certas circunstâncias, são impressionantes. Quando vemos grupos de rapazes e raparigas a recolher alegremente géneros nos supermercados, podemos sempre pensar que existe algo de lúdico associado à generosidade. Mas esses são momentos excepcionais. O essencial da assistência e da solidariedade é muito mais difícil. O contacto humano com acamados idosos ou doentes terminais exige resiliência moral. Trazer, durante a noite, alimentos e uma palavra aos toxicodependentes e aos sem-abrigo, frequentando os locais mais esquálidos e infectos das cidades, implica um difícil despojamento dos códigos de comportamento estabelecidos. Levar água, pão e medicamentos a crianças doentes e esfomeadas nas áreas miseráveis onde se desenrolam guerras civis de enorme crueldade pede sacrifício e capacidade para correr riscos de vida. Visitar, todas as semanas, por vezes todos os dias, presos ou doentes, sempre em ambientes de dor ou de degradação física e moral, não é um gesto ao alcance de todos. Esta assistência, voluntária, sem remuneração, recompensa ou visibilidade, é uma das reservas de decência na nossa sociedade muito mais interessada na mercadoria ou na exibição.

Ao estudar estas actividades, dei-me conta de que a maior parte das organizações e dos voluntários tem uma qualquer inspiração religiosa. São grupos e entidades ligados às Igrejas (em Portugal, sobretudo a católica), às ordens, às comunidades religiosas, às paróquias e a outras instituições. Notei algumas de inspiração laica, movidas pela mais simples solidariedade, mas são a minoria. Conheci mesmo voluntários ateus ou agnósticos que se dedicam a esta acção com os grupos religiosos, pois os consideram mais eficientes e mais genuínos. Fica-se com a impressão de que a segurança organizada e o reconhecimento do direito de todos à protecção não substituem, nem de longe, a assistência humana e pessoal ou, mais simplesmente, o "amor ao próximo" em nome de um deus. As vantagens, que são muitas, da cidadania laica e do Estado de protecção social não incluem a humanidade, a decência e a capacidade para resolver caso a caso as situações individuais. A solidariedade civil parece não substituir o sentimento religioso.

Nos últimos anos, por causa da crescente voracidade da imprensa, mas também graças às tendências de evolução da sociedade (com maior escrutínio da actuação pública e maior consciência dos direitos das pessoas), quase todos os dias surgem notícias que põem em causa as competências e as funções do Estado-providência. Violência e assédio a menores nas instituições públicas estiveram à cabeça da lista. Menores abandonados às bolandas entre instituições e tribunais. Crianças desaparecidas ou abandonadas. Idosos brutalizados pelas famílias ou pelas instituições. Criminalidade e doença superiores nas zonas com mais densidade de populações em risco. Expansão das doenças contagiosas nas prisões e nas instituições. Em todos os casos, um traço comum: a falta de prontidão das agências oficiais, seja dos tribunais, sejam dos institutos ou serviços especializados. De comum ainda, a incapacidade de atender as pessoas com humanidade. Nada de novo. O sentido de humanidade e a decência, assim como a solidariedade, estão nas pessoas, não nas burocracias.

"Uma esmola dada a um pobre é mais um dia de atraso na revolução", terá dito Lenine ou um dos seus amigos. A esquerda (na qual incluo todas as espécies ditas racionalistas, republicanas, laicas, socialistas ou comunistas) viveu sempre em combate contra a caridade. A seu favor, fica o papel crucial que desempenhou no reconhecimento dos direitos sociais e da igualdade entre todos os cidadãos. Assim como o seu contributo para a criação do Estado-providência. Mas, a seu desfavor, fica a desumanização da assistência aos desprotegidos. O Estado não é eficiente, nem acode rapidamente. Sobretudo, o Estado não é capaz de trazer o que muitas vezes é essencial: o apoio humano, o conforto afectivo e a esperança.

ue o Estado não seja capaz de humanidade, não é para admirar. Mas que grande parte dos seus técnicos e funcionários também o não seja, já deixa a desejar. As instituições parecem feitas para enquadrar e regulamentar, não para agir individualmente, com a humana generosidade que, muitas vezes, faz tanta ou mais falta do que o alimento ou o abrigo. Mais ainda: nessa enorme constelação de agências de voluntários, são poucas as organizações e poucas as pessoas que se dedicam a estas sacrificadas actividades por mero espírito de solidariedade laica. Para se dedicarem ao exibicionismo, ao dinheiro e à competitividade, os laicos entregam ao Estado as actividades de protecção e de solidariedade. Pode a sociedade civil distinguir-se pelas liberdades e pela igualdade. Mas falhou radicalmente na fraternidade.


03.06.2007, António Barreto


Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 10 de March de 2013 22:26

pena não me ter lembrado deste texto aquando da polémica por causa das declarações da isabel jonet.

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: firefox (IP registado)
Data: 11 de March de 2013 20:54

Não tinha lido ainda esse texto do Antonio Barreto.
Muito bom!

Re: A floresta cresce silenciosamente
Escrito por: camilo (IP registado)
Data: 14 de November de 2013 14:14

passei por aqui só para dizer que o Papa Francisco usou esta mesma imagem numa recente entrevista:

"Faz mais barulho uma árvore a cair que uma floresta a crescer"



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