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Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 29 de May de 2005 17:21

Uma pequena nota, a propósito da formação intelectual -- teológica e não só -- dos padres. Não conheço nada ou quase nada da qualidade teológica dos Seminários, mas o que sei é que muitos padres que conheço têm uma formação teológica muito pobre (e terão sido até excelentes alunos). Possivelmente tal não se deve estritamente à falta de qualidade dos Seminários. Por muito bons que sejam os professores de um determinado Seminário, se a mentalidade reinante for a do mero estudar para os exames e depois «esquecer», então estamos realmente mal.

Muitos padres não leram nada ou quase nada de teologicamente substancial desde que foram ordenados. E se o Seminário foi feito à base de «sebentas» dos professores e apontamentos de outros... Alguns talvez releiam alguns apontamentos do Seminário quando lhes faz falta, para alguma homilia ou para alguma ajuda num grupo bíblico... No máximo, lêem os documentos pontifícios (já é melhor que nada), que depois citam em catadupa nas homilias, umas atrás de outras... É verdade que alguns lêem (melhor, assinam) umas quantas revistas, mas quase sempre coisas fragmentárias, de divulgação, e nem sempre de boa qualidade.

E é verdadeiramente triste ver em alguns um «desprezo militante» pela Teologia...

Possivelmente haverá razões para este divórcio. Uma delas poderá ser o exagerado academicismo de alguns professores de Teologia, que "esqueceram" ou nunca tiveram sensibilidade pastoral. Mas o activismo do pastoralismo, alimentado por uns quantos "fast-food-slogans", é outro erro.

Urge, pois, formação permanente, que integre teologia e espiritualidade. Ao contrário do que a catolicapraticante disse neste fórum, em tom ofensivo, não acredito que, dada a escassez de vocações, hoje se «aproveite tudo», mas temo que o excesso de trabalho dos actuais padres os leve a descurar a formação permanente, vivam demasiado dos «rendimentos» antigos, dêem uma imagem do padre longe da desejável. Os candidatos ao sacerdócio de hoje já não são exclusivamente «meninos de coro» ou «altar-boys», mas também homens feitos, universitários, com formação superior. É importante que a estes se chegue por um discurso arejado e actualizado, que não nivele por baixo.

Alef

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 29 de May de 2005 22:26

A UCP é fraquinha, sim... pelo que tenho aqui lido de quem lá estudou, não duvido...


Devia haver uma rigorosa selecção das pessoas que querem ser padres.

Não basta excluir as mulheres, os homossexuais e os pedófilos...

Infelizmente, com a falta de vocações masculinas, há uma tendencia para aproveitar todo o tipo de gente..

Com as consequências que se vão conhecendo....

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 29 de May de 2005 22:27

Caro Miguel (Rmcf),

Só hoje tive oportunidade de ler toda a tua mensagem e queria-te agradecer por a teres escrito! Espero, nos próximos dias, também eu escrever sobre o assunto.

Um abraço,
Luis

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 03 de June de 2005 23:04

Começando pelas "farpas" aos padres direi que não há pachorra que aguente. É mais uma das faces do clericalismo ainda latente na nossa sociedade.

É que o clericalismo não parte sempre dos clérigos que lhe deram o nome...

No respeitante propriamente às vocações sacerdotais há duas posições que me parecem absurdas:
- o sacerdócio como um direito do homem
- o sacerdote como um escolhido de Deus

Ao entendermos o sacerdócio como um direito do homem estamos a negar a sacramentalidade do sacerdócio;

Ao entendermos o sacerdote como um escolhido de Deus, estamos a aceitar que aquele que é sacerdote não escolheu tal via: teria sido Deus que o escolhia a ele. Daí o sacerdote não ter qualquer mérito; e estarmos perante um alegado Deus que afinal não respeita as escolhas dos homens, não os criou livres.

Desculpem mas parecem-me perspectivas muito pouco cristãs.

João (JMA)

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 04 de June de 2005 02:07

"aquele que é sacerdote não escolheu tal via:"

E eu que pensava que a escolha vocacional é sempre uma escolha pessoal...

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Padre João Luis (IP registado)
Data: 04 de June de 2005 02:45

Depois do chamamento de Deus. Não uma profissão que eu escolho.....
Como diz o Salmo, " ainda no ventre de tua mae eu te chamei"
Não é pois uma coisa de direitos humanos, a que todos os querem o são.
Muitos sao os chamados, poucos os escolhidos.

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 07 de June de 2005 00:01

Caros amigos,

Começo por dar a minha opinião, respondendo às quatro questões colocadas pelo Alef:

1. Que significado tem o sacerdócio hoje na Igreja? Para mim, o sacerdote ou padre como preferirem, mais do que alguém que celebra a eucaristia, é alguém que guia. É "o" guia espiritual da sua comunidade, seja ela uma paróquia, um grupo, um movimento ou um simples conjunto de leigos. É alguém que ouve e orienta. O padre é alguém que profetiza, que anuncia o Evangelho na sua comunidade. Que vive em relação com Deus e anuncia esta vivência. O padre é também alguém que evangeliza pelo seu exemplo de oração e espiritualidade.

2. Existe na Igreja uma consciência real e pessoalmente assumida da necessidade de padres? Não sei. Sei que a Igreja precisa de mais vocações, não exclusivamente sacerdotais. Fazem falta mais padres, como também mais leigos empenhados nas suas paróquias, e no anúncio do Evangelho que são chamados pelo Baptismo.

3. Que padres queremos na nossa Igreja? Já respondi um pouco a esta questão na primeira resposta. Quero padres que caminhem lado a lado com a sua comunidade. Que a ouçam e orientem. Que estejam disponíveis e se concentrem naquilo que só eles podem fazer. Que façam aquilo que gostam. Que sejam felizes e que irradiem essa alegria de serem anúncio da salvação.
Talvez na prática se peça demasiado aos padres, como pude ler no confessionário. Nesse caso, temos também de nos lembrar que um padre precisa de tempo para «ser». Para contemplar. Para falar com Deus, e para O ouvir.

4. «Marketing» vocacional? Até que ponto não teremos que pensar no «marketing» numa perspectiva mais abrangente do que simplesmente a vocacional? A mensagem é (e terá que ser) sempre a mesma, mas a forma de a transmitir pode (e deve) evoluir.

Surgiu também a questão da formação. Não conheço o que é ensinado nos seminários, apenas conheço o curso de Teologia da UCP e não sei se é pré-requisito para todos os novos padres. Há contudo uma coisa que eu sei e que é comum a muitas profissões (e sei que o sacerdócio não é uma profissão mas para o caso, penso que o exemplo faz sentido): a constante actualização de conhecimentos.

Como sabem, sou informático de profissão. Na empresa para a qual trabalho, tenho como objectivo ocupar 10% do meu tempo em formação, o que se traduz na prática em cerca de 20 dias por ano em formação. Repito, não vejo o sacerdócio como uma profissão, mas pergunto se os padres (e porque não os bispos e os seus responsáveis) têm esta preocupação em se "reciclarem"? Em estarem em constante (auto-)formação? Depois de ler o confessionário começo a pensar que se calhar os padres não tem tempo para se coçar (perdoem-me a expressão) quanto mais para formação, mas, nesse caso, deveria fazer-se os possíveis para terem.

Um abraço,
Luis

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 07 de June de 2005 02:07

A «correria» é um problema grande, mas também conheço pelo menos um caso muito positivo numa determinada diocese: a segunda-feira é «oficialmente» dia de descanso de um razoável grupo de jovens párocos (serão uns quatro ou cinco).

Desta forma, estando livres de «encargos habituais», aproveitam o dia para descansar, para visitar-se mutuamente e/ou fazer alguma coisa juntos. Parece-me isto muito salutar e recomendável.

Saber descansar é uma exigência para poder trabalhar melhor. Sem descanso também não pode haver actualização teológica e espiritual... O estudo e o crescimento espiritual não convivem bem com correrias/activismos... E se há correrias...

E as iniciativas que levem os padres a inter-agir também podem ser uma grande ajuda. De resto, a imagem mais ou menos de caricatura de muitos párocos de aldeia vinha do seu isolamento... Se não for «baptizado», o isolamento leva ao embrutecimento. É a «secura», a falta o «óleo da alegria». E se juntarmos a isso «altas rotações», temos então um motor gripado...

Sim, Luís, nunca é demasiado recomendar a visita ao «Confessionário de um Padre». Acho que há ali um notável trabalho e os frutos vão aparecendo. «Penso eu de que»...

Alef

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de June de 2005 00:24

Li hoje no Confessionário de um Padre, a seguinte mensagem que tem tudo a ver com este tópico.

Luis


Citação:
"Vocações sacerdotais, hoje? Não me parece"
Não vou falar do que penso. Vou só constatar a realidade. Tal como a constata o meu olhar. Posso não a ver como os olhos de todos. Mas tenho os meus bem abertos. Digam que é apenas um olhar, que eu respeito. Mas é um olhar que existe.
O número de paróquias não diminui. Só diminui o número de pessoas em cada paróquia. Por outro lado, o número de sacerdotes diminui substancialmente. Logo, aumenta o número de paróquias e de serviços por sacerdote.
Geram-se novas angústias nos sacerdotes. Cansados. Esgotados em correrias, em faltas de compreensão, em multiplicar de exigências da parte das pessoas. Estigma do funcionário/profissão. Celibato. Falta de tempo para a oração. Para si próprio. O problema acresce porque alguns não aguentam e desistem. Lembro o mais recente colega que já não está ano activo. Estou a pensar noutro que já teve o casamento civil marcado. O problema agrava-se porque diminui o número de sacerdotes e a regressão aumenta. Muda o número de participantes nas eucaristia. As pessoa emigram de diversas formas. Os paroquianos diminuem. Um problema de natalidade, sobretudo. Missas com menos gente. Há-as com 30, 40 pessoas. Não podiam juntar-se?!
Muda muita coisa. Fora e dentro da igreja. Novos confrontos. Novas necessidades. Um evangelho a actualizar. Mas ainda não se encontram atitudes novas nas pessoas.
As atitudes dos cristãos continuam as mesmas de há 20 anos ou 10 atrás, quando tinham o pároco na paróquia, sem grandes serviços, disponível para ouvir, para presidir a todas as celebrações, litúrgicas ou não, com tempo para inventar festas e procissões, para confessar, para conviver com as pessoas (embora se calhar hoje os padres convivam mais com as pessoas, digo eu...). Recorrem ao padre quando precisam, e exigem-lhe (porque se entregou gratuitamente em favor do reino) que esteja na gaveta ao dispor. Abre-se e fecha-se a gaveta consoante as necessidades. Ate aceito. É para as necessidades que ele tem sentido. Mas, se têm celebração da Palavra é porque não deviam ter; se a procissão foi mais curta o padre faz-nos perder a fé; se o casamento não é assim ou assado, este padre não presta; se se exige uma catequese organizada, coerente e séria, são exigências, e desistimos; se faz algo diferente (tipo formação), não é para mim (tb não tenho tempo); se não faz , não se dedica às pessoas, não quer saber; se é obrigado a acabar com alguma coisa, não quer trabalho; se não possui tempo, não quer saber de nós; se come com este, tem preferidos; se não come em casa de ninguém, não é sociável… As atitudes são as mesmas de há 20 anos. E depois a Igreja não evolui.
Prefiro o ter nascido quando nasci. Mas, de vez em quando, ocorre-me a tentação de desejar ter nascido uns vinte anos antes.

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Lucilia Martins (IP registado)
Data: 09 de June de 2005 11:19


resposta ao JMM

Bom dia a todos os foristas.Não passava por aqui à muito tempo, hoje passei e fiquei.

Sou mãe de filhos. 2 rapazes e um rapariga entre os 14 e os 18 anos. JMA deixe-me dizer-lhe que não concordo consigo quando diz que Deus não escolhe os sacerdotes.

Os meus filhos foram todos educados da mesma forma, no mesmo colégio de freiras, no mesmo ambiente familiar. Todos fizeram a 1ª Comunhão orientados pela mesma irmã. A minha filha recebeu a comunhão com a atitude de uma festa mundana. Foi mto. lindo. ..Até levou um vestido branco como gostava. O mais novo, menos dado a festas, cumpriu a obrigação. Para o mais velho teve um significado tão especial que para além de uma mudança de comportamento notado não só em casa como na escola, ele à sua medida, teve uma revelação. Aos 14 anos em conversa comigo como ele gosta de fazer. disse-me. Não quero casar, constituir família, quero abraçar o mundo, quero ser padre.
Não sabem... mas para mim foi como se qualquer coisa se partisse... eu ia perder o meu filho.
Hoje tem 18 anos, continua a pensar ingressar numa ordem religiosa, faz a sua vida de adolescente, mas é especial. è o elemento congregador no meio dos seus amigos, e eles são tantos.... é o ombro onde eles choram quando precisam ,é dado a todas as causas humanitárias, Para meu grande espanto não vive enfiado na missa, como eu julgava que fosse condição de quem quer ser padre.
Hoje aceito a opção dele de coração aberto e com alegria, sempre o acompanhei em tudo o que diz respeito´ás solicitações religiosas que sente.
Agora JMM o meu filho foi escolhido, tem opção de seguir o chamamento ou não.

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de June de 2005 14:21

SE me permitem, acho este testemunho absolutamente belo e duma grande intensidade...

A capacidade de entrega de alguém a Deus, seja homem ou mulher, não é apenas uma entrega pessoal, indivdual, mas também da família, dos que mais o amam.

È uma escolha, uma opção.


"Não sabem... mas para mim foi como se qualquer coisa se partisse... eu ia perder o meu filho. "

Isto fez-me lembrar uma parte do evangelho em que Maria se confronta com a dor da missão do filho, numa espécie de antecipação premonitória da perda inevitável...

Acho o testemunho de amor desta mãe igual ao de Maria..

Embora ela não compreenddesse inteiramente porque é que Deus chamou o seu filho e o amou daquela maneira tão especial, é por ela ter sido tão mãe, por o ter gerado e dado á luz ( também na Fé) que esse chamamento se tornou possível...

E a opção dele também...



Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 09 de June de 2005 14:56

"Quando Maria levou Jesus ao templo, o ancião Simeão profetizou que Jesus seria a luz dos gentios, e voltando-se para Maria disse: “Quanto a ti, uma espada também traspassará tua própria alma” (Lc. 2:35).
De vez em quando, nos Evangelhos, vemos cenas rápidas de Maria seguindo a Jesus, tentando entendê-lo, “guardando essas coisas em seu coração”...

Re: Vocaçőes sacerdotais
Escrito por: Ana (IP registado)
Data: 09 de June de 2005 15:20


Um padre do seminário Tortozendo, Covilhã, veio ao Canadá. Ele também nos contou uma história da vida dele.

Quando ele pensou em ir para o seminário, disse ao pai que ía para padre. O pai muito triste disse, vou-te perder.
Ele tinha outro filho casado. Este filho morreu cedo.

O pai já idoso foi viver para junto do filho que se formou padre. Sentia-se feliz junto do filho e dizia: nunca pensei ser tão feliz na minha velhice como sou: sou feliz, vivo feliz!
Foi o que o padre Joaquim disse: O meu pai disse, que me ía perder e não foi assim: acabou os restos da vida dele comigo. Mas disse, isto com muito orgulho.

Ninguém perde ninguém. A Deus nada é impossível.




Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 09 de June de 2005 20:47

Obrigado Lucília pelo testemunho...

foi das coisas mais bonitas que li nos últimos tempos...

Muito obrigado... todos precisamos desses testemunhos!

Abraço fraterno

Miguel

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Sandra Isabel (IP registado)
Data: 13 de June de 2005 14:55


O nosso pároco, quando ainda não estava na nossa paróquia ficou responsável por acompanhar, um rapaz que vinha de Itália, para testar a sua vocação.
Esse rapaz veio para o nosso país sem conhecer ninguém, sem os pais, sem nada nem ninguém.
Veio porque sentia um chamamento, um apelo, mas tinha duvidas, tinha medo de estar a ser influenciado, então pediu ao seu pároco, para fazer uma experiência, para ir para um sítio onde não conhecesse ninguém, onde nada o influenciasse.

Acompanhou o meu pároco durante 2 anos e meio, frequentando desde cedo a UCP, e ajudando-o nas paróquias por onde passou, decidiu há 2 anos que era isso que queria, queria ser padre.

Depois de um curso de sociologia tirado em Itália, depois de uma relação de alguns anos de namoro, este jovem, sentiu algo dentro de si, partilhou com a namorada e, segundo ele, ela foi a primeira a o acompanhar, a lhe dar apoio. Os seu pais também respeitaram a sua decisão! Mas ele duvidou. Decidiu vir para Portugal, em busca de respostas, sozinho!
Quando decidiu ser padre, falou com o nosso bispo e ele disse-lhe: Podes ir para casa. A tua missão em Portugal terminou! Já descobriste! - e ele, respondeu : Não! Eu quero ficar cá em Portugal!


Não é lindo? Uma entrega assim ao Senhor!
E ainda dizem que não há chamamentos?! Que são opções vocacionais!?
De modo algum posso concordar! Já lá vai o tempo em que os rapazes iam para o seminário para estudar e, alguns, acabavam por ser padres!

Eu penso, e desculpem-me se estiver errada, hoje em dia as vocações para sacerdote, são muito mais honestas e sinceras que há alguns pares de anos atrás.

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: tony (IP registado)
Data: 13 de June de 2005 17:22

Concordo contigo Sandra. Hoje só vai para padre que realmente quer ser padre e viver de acordo com esses preceitos.

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 13 de June de 2005 23:29

E por falar em «Marketing» Vocacional o que me dizem desta notícia?

Luis

Citação:
Cartazes e cerveja para atrair padres 2005-06-12 00:36:10

A Igreja Católica do Reino Unido decidiu recorrer a uma iniciativa publicitária original para fazer frente ao grave problema de «falta de vocações».

Numa campanha claramente dirigida aos mais jovens, colocou cartazes no Metro de Londres e espalhou por ‘pubs’ e bares de várias cidades bases de copos apelando à entrada na vida religiosa.

O carácter pouco vulgar da campanha está a dividir opiniões. Para os que a apoiam, trata-se de um gesto que vai para além da simples publicidade, sendo antes uma forma inovadora de ligar mais fortemente os jovens à religião. "Esta campanha pode acabar com a visão estereotipada da Igreja. Pode levar as pessoas a vê-la como algo que abarca todos os aspectos da vida", afirmou o padre Terry Tastard. Para os críticos, a campanha peca por se concentrar exclusivamente nas camadas jovens.

"As pessoas começam a interessar-se pela Igreja depois dos 30 anos. É nessa altura que se procura outras coisas na vida", afirmou Sara Magern, de 34 anos, residente em Hammersmith.

Fonte CM

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Lucilia Martins (IP registado)
Data: 14 de June de 2005 11:20


Sem palavras....

Não se decide ser padre ao beber uma cerveja ou ao andar de metro. Não é um desporto radical que faz o sexo masculino mais homem e mais desejado pelas mulheres.
Acho que é um assunto demasiado sério para ser consumido ao almoço, ao jantar ou no caminho para qualquer lado.

Não se decide seguir a vida religiosa do dia para a noite. é uma caminhada.

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: Sandra Isabel (IP registado)
Data: 14 de June de 2005 11:52

Realmente... Sem palavras!

Pois lá está, essa campanha só demonstra que algumas pessoas acham que ser sacerdote é uma opção vocacional. E então faz-se publicidade, como se faz para os cursos universitários.
Realmente é triste encarar-se uma vocação, que é sem duvida um chamamento, como uma opção profissional...
Ser padre é muito mais que ser um profissional. O padre é um ser chamado por Deus para propagar a sua palavra...
Hoje em dia cada vez mais, os jovens decidem ser padres mais tarde. E eu penso que é compreensível. Vivem a sua vida, tomam as suas opções, por vezes em função desta sociedade cada vez mais materialista e replecta de falsos princípios. Mas se aquela "voz", tiver tocado os seus corações, quando assentam, quando passa a folia do parecer bem, essa voz é mais forte e tudo vencem.
Aqui na minha diocese bem há pouco tempo foi ordenado um sacerdote com 31 anos. O rapaz que vos falei no testemunho anterior tem 29 anos e ainda lhe faltam alguns para ser sacerdote.
Em minha opinião a maturidade na fé, o chamamento e a honestidade, são fundamentais para uma boa vocação.

Um abraço

Sandra

Re: Vocações sacerdotais
Escrito por: catolicapraticante (IP registado)
Data: 14 de June de 2005 13:54

E vocação profissional?

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