obrigado Alef

No plano religioso, vi alguns filmes, gostei imenso do último que vi, a Paixão de Cristo. Está realmente muito bom, com uma mensagem profunda para os mais atentos, com uma grande ligação entre as imagens...

Outro filme, aliás dois filmes que vos convido a ver! O primeiro é o favores em cadeia, muito rico...apesar de puder ser levado noutro sentido... E Antwone Fisher, impecável, para quem queira transmitir uma mensagem, de que vale apena lutar!.-p

A morte de um inocente

[imdb.com]

História Simples, de David Lynch, é um filme belo, tocante, magnificamente interpretado, mostrando o que há de mais nobre e, simultaneamente, mais frágil na alma humana.

Não versa temática religiosa, nem tem qualquer referência explícita nesse domínio. Mas é um filme profundamente cristão, um dos filmes de mensagem mais genuinamente cristã que já vi(vi)!

Baseado numa história verídica, vi o filme como a metáfora da caminhada do Homem em busca do Outro, que é seu irmão.

O ponto de partida desse percurso é a consciência de que a vida, sempre tão precária, tão à beira do fim, não passará de um absurdo se se esgotar no desamor.

Ao contrário do que sucede em filmes de pendor nihilista ou existencialista, esse momento de dolorosa lucidez não se fica, neste filme, pelo remorso estéril ou pela angústia inútil, que conduz ao desencanto ou à ruína. Pelo contrário, ele gera o desejo imperioso do reencontro. Há que refazer o que se destruiu, reencontrar o que se perdeu, restabelecer os laços que a inimizade cortou.

O personagem central, que pode ser cada um de nós, põe-se ao caminho, na reconquista do seu irmão. Não o demovem nem a fragilidade da sua doença e da sua já muita idade, nem os parcos meios que tem para a viajem, nem as muitas dúvidas do insucesso (conseguirei chegar ao fim? irei ainda a tempo? estará o meu irmão vivo? receber-me-á de braços abertos?). A inabalável esperança na reconciliação e o ilimitado amor pelo seu irmão movem, com firme determinação, os seus passos.

Pelo caminho, longo, lento e difícil, vai deixando centelhas de felicidade no coração dos que com ele se cruzam. Reencontrado consigo próprio, a sua paz interior é iluminação para os demais, que andam perdidos nas angústias dos seus próprios atalhos...

E eis que o momento sublime da reconciliação acontece, de uma forma subtil, sóbria, silenciosa, quase imperceptível, como é próprio do alvoroço que se dá no íntimo mais profundo do coração humano. As vidas dos irmãos desavindos e reconciliados renascem das suas sombras e acende-se um novo brilho nos seus olhos quando contemplam, lado a lado, as estrelas.

De vez em quando, o cinema dá-nos pérolas assim!

Totalmente de acordo. «The Straight Story» é um filme belíssimo, com uma excelente banda sonora, que oiço de vez em quando.

Um «paradoxo» extra-filme: só é pena o fim trágico (suicídio) do actor-protagonista, Richard Farnsworth.

Alef

"Feliz Natal

Este filme inspira-se numa história verídica que aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial, na noite de Natal de 1914, em vários sítios da frente de batalha.

Quando a guerra rebenta no Verão de 1914, surpreende e arrasta milhões de homens no seu turbilhão.

E o Natal chega, com a neve e as prendas das famílias e dos Estados-Maiores.

Nessa noite, um acontecimento notável vai mudar para sempre o destino de 4 personagens: um padre escocês, um tenente francês, um tenor alemão e uma soprano dinamarquesa, estrelas da época que, nessa noite de Natal de 1914, se vão encontrar no meio de uma confraternização sem precedentes entre soldados alemães, franceses e britânicos.

Vão deixar a espingarda no fundo das trincheiras para irem ter com quem está do outro lado, apertar-lhe a mão, trocar cigarros e chocolate, desejar "Feliz Natal...

Molokai, editado pela logomédia.
Comprei-o hoje.

A história do Padre Damião, beatificado pelo Papa João Paulo II.

Jovem padre belga, saudável e devoto, que decididamente, contra todos os obstáculos e pressões, contribuiu para mudar as vidas e o destino dos leprosos abandonados da ilha Molokai.
Dedicou-se a levar um sentido de dignidade e moral a todos aqueles que tinham perdido a família, a sociedade, a fé.
Acaba por morrer contaminado pela lepra mas deixou um grande testemunho de serviço ao próximo e de acompanhamento humano e espiritual para conforto daqueles que sofrem.

Ena esse filme é tão antigo, Camilo!
Há em DVD?
Lembro-me de o ver várias vezes, ainda miúda, no Colégio Religioso que frequentei.. No fim toda a gente chorava de emoção.....

É um filme muito interessante de alguém que entregou a sua vida aos outros.

certamente seria outro que este foi realizado em 1999 por Paul Cox

Está em VHS que a logomedia não sei porque não o vende em DVD.

No entanto se encontrasse esse antigo tambem o comprava.



Editado 1 vezes. Última edição em 01/03/2006 22:22 por camilo.

"Um homem para a eternidade"

Sobre São Tomas More, primeiro ministro ingles que foi mandado executar por Henrique VIII recusar o cisma provocado este provocado.

Ganhou 6 oscares em 1966 incluindo o de melhor filme.

Vai dar na RTP uma serie de reportagens (ou uma reportagem, não percebi bem) sobre os missionarios portugueses que servem o Evangelho de Jesus Cristo nos paises mais pobres do mundo.

A gravar e a exibir nas paroquias quando se falar de vocação religiosa.

Eu vou gravar e distribuir por aí alegremente.

Acabei de ver Ordet (A Palavra), de Carl Dreyer. Como ainda não me refiz do abalo emocionalmente avassalador que o filme me causou, começo por servir-me de palavras alheias para dele falar:

"Ordet" é, talvez, a obra cinematográfica que melhor põe em cena a questão da fé, construída inteiramente à volta da interrogação: a oração (ordet) pode chegar até Deus e este responder-lhe? O crente, como Dreyer, diz que sim, e "Ordet" (o filme) é a sua expressão. Uma obra prima do cinema para José Régio, que sobre o filme escreveu que era
"uma apologia da fé levada ao extremo limite" - Texto da Cinemateca Portuguesa - cinecartaz.publico.clix.pt/filme.asp?id=28514


"Ordet é um dos momentos chave da história do cinema. Uma reflexão limite sobre a religião e a fé. Um retrato do ser humano e das suas crenças. A interrogação tem um papel fundamental na construção da narrativa. Quer para os actores no decorrer da acção, quer para os espectadores durante e no fim do filme. A introspecção está sempre presente. Em que acreditamos? Qual o poder da fé? Existirá algo mais? Carl TH. Dreyer realizou um filme poderoso, que impressiona pelas questões que coloca e pela forma realista como são tratadas. Leão de Ouro em Veneza em 1955. Podemos ver neste filme a raiz de inspiração de Lars Von Trier quando idealizou o filme Ondas de Paixão." - Carlos Ramos - [www.lecool.com]

...mas Ordet pode ver em qualquer momento, em 80 anos continuará sendo o maior filme da história. É o maior filme que eu já vi na minha vida." - Carlos Reichenbach
[www.geocities.com]


"Um filme que eu cito toda vez que me perguntam qual foi o melhor filme que já vi em toda a minha vida: A Palavra (Ordet), de Carl Theodor Dreyer (1955)" - Alexandre Inagaki [www.antena1.com.br]


"Dreyer pensou o ser humano perante o divino e as obrigações morais. O seu filme Ordet - A Palavra em português - é algo de absolutamente magistral. É a perfeição da crença em Deus elevado ao extremo no mundo das imagens em movimento. Mas também o mostrar o ser humano desnudado. Uma crítica da pouca fé e moral do homem actual. Os actores, para Dreyer, não deviam só representar. Deviam levar ao extremo as falas. Parados e expressando poucas sensações. Mas daí parte um golpe imenso. Que atinge em cheio o espectador Que o faz olhar para o seu umbigo e sentir-se incomodado. Porque é essa uma das funções da arte. Espelhar o ser humano como ninguém. Ilustrá-lo na sua nudez."
Duarte Sousa Dias - [www.icicom.up.pt]


Do ponto de vista estético é arrebatador: os planos, os movimentos da câmara, a iluminação, os diálogos, a interpretação, o ritmo, os espaços, tudo se conjuga de forma harmoniosa para construir uma obra-prima absolutamente esplendorosa.
Do ponto de vista temático, atinge-nos no mais profundo da alma, interpela-nos, sacode os alicerces da nossa fé em Deus e do poder da oração no confronto com os conflitos e as tragédias da vida humana.
Deus é-nos mostrado de forma omnipresente na refulgência da luz exterior que ilumina todos os pequenos espaços do quotidiano (onde foi Dreyer buscar aquela luz?...) e no sopro do vento sibilante que se ouve ao longo de todo o filme, mas cuja presença só notamos quando desaparece... Que bela metáfora sobre a presença de Deus na nossa vida, no nosso mundo!
E, no entanto, Ele parece estar surdo e mudo perante os apelos dos homens. O desconcerto da vida, os seus dramas, as suas tribulações, os seus desencontros, o seu inevitável desmoronamento, tudo parece sugerir a absoluta inutilidade da fé em Deus e a ineficácia da oração, a despeito de o Homem nelas persistir em encontrar refúgio.
Mas eis que o milagre da fé acontece - e logo pela palavra de um homem "louco"! Dryer não é um existencialista encerrado na inconsequência das suas angústias e interrogações. O sofrimento e a morte não terão a última palavra. A Luz e a Vida sairão, pelo poder da Fé, eternamente vencedores.

Resta dizer que a versão portuguesa do filme à venda em DVD é de fraca qualidade. Quem puder, que compre uma edição da Criterion (legendada em inglês), incluída num pacote de 3 filmes de Dreyer (Ordet, Gertrude e Dia da Fúria): a imagem, a preto e branco, foi soberbamente remasterizada e o som impecavelmente digitalizado.

Foi por isso que o mencionei em primeiro lugar na minha lista inicial.
Os outros que mencionei estão quase todos longe do nivel deste.

Eu queria compra-lo mas pelo que me dizes parece-me preferivel esperar que editem uma versão de melhor qualidade em português.

A última caminhada

Dead man walking realizado por Tim Robbins
Baseado na história verídica da irmã Helen Prejean que acompanha os últimos dias de um condenado à morte por violação e homicídio. A irmã tenta confortar o assassino e sente empatia por este e pelos familiares da vitima.

No site de Educação Moral e Religiosa têm uma lista de filmes recomendados especificando a razão porque são recomendados:


Filmes sobre valores e religiosos

É uma lista interessante. Eu colocaria lá alguns que não estão lá e a alguns aí referidos coloco algumas reticencias.

No meio do muito barulho destes dias, estreia no dia 8 um filme que tem sido uma verdadeira surpresa a nível europeu:

«O Grande Silêncio, de Philip Gröning.

Da Sinopse em Português:

Citação:

O GRANDE SILÊNCIO é o primeiro filme sobre a vida interior da Grande Chartreuse, casa-mãe da Ordem dos Cartuxos, uma meditação silenciosa sobre a vida monástica na sua forma mais pura. Dezassete anos depois de ter pedido autorização para filmar no mosteiro, é dada autorização para entrar ao realizador, que filmará a vida interior dos monges cartuxos. Sem música à excepção dos cânticos do mosteiro, sem entrevistas, nem comentários, ou artifícios. É um filme sobre a presença do absoluto e a vida de homens que dedicam a sua existência a Deus.

Alef

Fiz uma lista com o que eu sei que está à venda e talvez tenha interesse catequético:

[www.paroquias.org]

Se quiserem dar opiniões toda a ajuda é bem-vinda.

Ajudar pessoas a buscarem «bons filmes» é «tarefa evangélica fecunda»


O arcebispo de Madri, cardeal Antonio Maria Rouco Verela, disse que levar as pessoas a ver «bons filmes», e ajudá-las a encontrar onde vê-los é «uma tarefa evangélica fecunda».

O cardeal Rouco presidiu, nesta terça-feira, a entrega do Prêmio Alfa e Ômega de Cinema 2006, que aconteceu na Universidade CEU São Paulo, um ato no qual intervieram também o diretor do Departamento de Cinema da Conferência Episcopal Espanhola, Juan Orellana, e o diretor do Semanário Alfa e Ômega, Miguel Angel Velasco.

O purpurado brincou dizendo que, aproveitando que «há muitas pessoas que vão à Missa», se poderia fazer «propaganda dos bons filmes» nas paróquias, e talvez isso ajudaria a que se fizessem «melhores filmes», e estimulava os distribuidores e produtores a fazerem bons filmes, porque «os bons filmes se vendem melhor que os maus».

Nesse contexto, o cardeal disse que era «um bom sinal», que «O grande silêncio», um filme «longo» segundo sua expressão, seja «um grande êxito».

Para o arcebispo de Madri, esse fim «nos coloca no próprio centro da experiência de Deus». Neste sentido, destacou que o religioso não se reduz a uma «variação da subjetividade», mas que é mais a resposta a uma verdade.

Dessa forma, destacou que Deus foi acolhido de uma ou outra maneira no resto de filmes premiados e afirmou que «a linguagem do cinema é extraordinariamente rica em possibilidades expressivas: ela nos absorve, nos coloca dentro do que está passando, dentro da grande questão do homem, de modo que este não pode menos que sentir-se inquietado».

O cardeal comentou o título com o qual se resumiu o eixo dos filmes premiados nesta edição, «Um grito para Deus», afirmando que se trata da «correspondência entre a verdade mais profunda do homem e Deus revelado».

Finalmente, alegrou-se de que a linguagem predominante de Bento XVI em seu magistério (relação fé-razão, homem-Deus), «ressoe e possa perceber-se nestes filmes».

Por sua parte, Orellana disse que estes prêmios são somente uma amostra de que «a Igreja desfruta com o cinema, e o premia», e qualificou 2006 como «um ano especialmente rico em filmes portentosos», muitos dos quais, sem serem confessionais, são religiosos, porque «falam do grito inscrito no coração do homem que clama pela verdade e pela beleza».




www.catolicanet.com.br

Fonte: Zenit.org
Local:Madri (Espanha) Inserida por: Administrador

Prezados amigos, saudações, na Paz de Jesus e o amor de Maria.

Existem diversas películas religiosas que tanto nos levam as reflexões como também ajudam na evangelização, tanto de crianças, jovens e adultos. Faço parte de uma comunidade da Paróquia São Miguel de Arcanjo, aqui no Rio de Janeiro, Brasil, onde temos uma videoteca que atende a religiosos, seminaristas e paroquianos. Possuímos alguns filmes religiosos e alguns documentários com temáticas cristãs e filosóficas a disposição para locação.

O Padre Ricardo Ribeiro, com ajuda de paroquianos, formou este acervo, onde se destacam filmes como BEN- HUR, de William Wyler, e estrelado pelo fenomenal Charlton Heston. O Filme esta na lista de 100 filmes do Vaticano, e retrata uma história bela de fé, amor, vingança, e por fim, Redenção. Quem diria que um propenso ateu que depois mudou de opinião no decorrer de toda composição da obra literária que originou o filme de Wyler (que ainda tivera outras duas versões anteriores na fase muda, uma delas com Ramon Novarro) pudesse transmitir tanta maestria em seu romance, e este homem era Lewis Wallace (1827-1905), General e Herói da Guerra Civil Americana (1861-1865).

Outros grandes filmes que podemos destacar também seria o francês FABÍOLA, de Alessandro Blasseti, e estrelado pela bela Michele Morgan, baseado na obra do Cardeal Nicholas Wiseman (mais tarde foi refilmado na Itália, como “A REVOLTA DOS ESCRAVOS”, com a americana Rhonda Fleming). Um dos personagens centrais de FABÍOLA (tanto o filme de Blasseti como a obra literária original de Wiseman) é São Sebastião.

Não podemos esquecer de QUO VADIS? De 1951, baseado na obra de Henryk Sienkiewicz, com Robert Taylor, Deborah Kerr, e Peter Ustinov compondo uma surpreendente performance em seu Nero.

REI DOS REIS, do Mestre Nicholas Ray, é um dos maiores filmes (ao lado de A PAIXÃO DE CRISTO, de Gibson, e JESUS DE NAZARÉ, de Zeffirelli) a retratar a vida de Jesus em seu cenário real, a ocupação romana na Palestina. Envolvente, singelo, sensível, e um roteiro inteligente, emociona principalmente na cena do Sermão da Montanha. Com uma banda sonora espetacular, de Miklos Rozsa (de BEN-HUR e QUO VADIS), a película tem no ator Jeffrey Hunter um dos mais belos e autênticos intérpretes de Cristo da Sétima Arte, que personifica o Filho de Deus com inigualável carisma a altura do personagem. A obra prima de Ray conta ainda com grandes participações, como o do ator Robert Ryan (ator preferido de Ray, que personifica João Batista), Hurd Hatfield (Pilatos), Royal Dano (Pedro), Carmen Sevilla (Maria Madalena), e Siobhan McKenna (Maria).

Despontam ainda, O MANTO SAGRADO, de Henry Koster, de 1953, filme que inaugurou o Cinemascope, com Richard Burton, Jean Simmons e Victor Mature; SÃO FRANCISCO DE ASSIS, de Michael Curtiz, de 1962; BECKET, O FAVORITO DO REI, de 1964, com Richard Burton e Peter O Toole; e MARCELINO PÃO E VINHO, de Ladislao Vajda, com o menino Pablito Calvo (Já falecido) que emocionou platéias no mundo todo.

Quem quiser conhecer nosso blog é:
http://videotecacatolica.blogspot.com/
Abraços para todos



Editado 1 vezes. Última edição em 19/10/2009 01:14 por Paladin 7.

Olá :)

Citação:

Paladin 7
Prezados amigos, saudações, na Paz de Jesus e o amor de Maria.
Existem diversas películas religiosas que tanto nos levam as reflexões como também ajudam na evangelização, tanto de crianças, jovens e adultos. Faço parte de uma comunidade da Paróquia São Miguel de Arcanjo, aqui no Rio de Janeiro, Brasil, onde temos uma videoteca que atende a religiosos, seminaristas e paroquianos. Possuímos alguns filmes religiosos e alguns documentários com temáticas cristãs e filosóficas a disposição para locação.

Não me diga que se esqueceram do clássico "O Homem que Não Vendeu Sua Alma" (A Man for All Seasons, 1966), de Fred Zinnemann. O filme foi baseado na vida de um santo católico, contou com grandes atores e merece uma nota nessa temática.

Paz e Bem.