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Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 12 de May de 2004 02:22

o que me sugere é que há tão poucas vicações que eles aproveitam tudo... E também me sugere que os que vão para padres, regra geral não são os melhores do mundo. Basta visitar um seminário para perceber isso.

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Padre João luis Paixão (IP registado)
Data: 12 de May de 2004 15:56

Que seminário terá a Taliban visitado???????????
Que terá lá ido fazer?
Com quem terá falado?
Como chegou a essas conclusões????

Não me parece que seja seria a taliban, como alias tem dado a entender ao longo das suas intervenções. O que interessa aqui é provocar disturbios......
No more coments................

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Augusto (IP registado)
Data: 12 de May de 2004 17:06



Taliban, todos te conhecem. ehehehhehe

Padre, a galinha passou pelo seminario haver se havia la galo....rsrsrsrs

Pois a mulher pensa apenas no sexo.

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Pedro B (IP registado)
Data: 12 de May de 2004 17:22

David

De facto duvido que quem se intitula como Padre Francisco Buzzo, seja de facto Padre, ou pelo menos Padre Católico.

Salvo o devido respeito é uma duvida legitima na medida em que, em principio um Padre nunca afirmaria o que ele afirmou.

Eu também me poderia intitular Padre e por-me para aí a dizer disparates.

Foi neste sentido de desafiei a dito senhor a comprovar que era mesmo Padre e a esclarecer onde foi ordenado.

Por outras palavras mais terra a terra - não acredito que o mesmo seja Padre e portanto quis desmascarcar o alegado Padre.

Quanto a eu identificar-me caso pretendas é só pedires.

Pedro B

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 12 de May de 2004 20:06

Francisco Buzzo apresentou-se como padre anglicano, creio eu, pelo que não percebo as confusões que vão aparecendo...

Alef

Re: Padres casados sim ou não? / Réplica anti-caluniosa...
Escrito por: José Avlis (IP registado)
Data: 12 de May de 2004 20:39


Caro Pedro B,

Tens toda a razão, bom amigo... Aliás, foste o único que, até agora (tal como eu), tiveste o bom senso e a coragem de repudiar e abjurar radicalmente (sem apelo nem agravo) tais abusos, mentiras e afrontas vergonhosos e escandalosos, e tanto mais por serem da pretensa autoria de um "pseudo-padre", ou de um padre rebelde, herético e satânico, tal como o "padre da Lixa"!...
Parabéns, Pedro, por essa tua audácia e verticalidade, que só te enobrecem!...

Todavia, se me permites, sugiro a que se "ponha um pedra em cima" de tal incidente e de tais provocações deveras injuriosos, anticlericais e execráveis (caso não se repitam...); não obstante os "responsáveis" por este fórum – a dupla "A. & L."; aliás, "o saco e o atilho", quanto a mim bastante tendenciosos, facciosos e insensatos! – terem removido, injusta e arbitrariamente, essa minha original e legítima mensagem, esse meu correcto e oportuno protesto, aliás relativamente moderado; como, de resto e lamentavelmente, eles têm feito com diversas outras mensagens mais ou menos críticas no sentido positivo, embora moderadas, pertinentes e legais (mormente porque eles detestam a minha personalidade virtual e, sobretudo, as minhas ideias morais e religiosas católico-conservadoras, além de serem meus rivais despeitados e repressivos, desde há longa data...!); em flagrante contraste para com outros participantes e textos realmente ofensivos, injuriosos, depravados, sacrílegos e anticristãos, aos quais, hipócrita e cobardemente, eles fecham os olhos, sobretudo por esses mesmos fazerem jogo duplo, um tanto quanto segundo o seu mau exemplo!...

E, para cúmulo, ainda brincaram cinicamente com esse imoral, ignóbil, calunioso, anticatólico e escandaloso atentado, ao ponto de fazerem (mormente o "responsável" informático...), inclusivamente, insinuações satíricas, ofensivas e depravadas a meu respeito, como de resto já é seu (deles) péssimo hábito!...


D.A.T. (Deus Acima de Tudo) !

Avlis


Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 13 de May de 2004 00:26

Avlis, não resistes em destilar o teu fel de ódio. Tão cristão que tu és...

Gostava de te dizer de uma vez por todas, para que te deixes de calúnias: não tenho, nem nunca tive qualquer responsabilidade na gestão das mensagens deste fórum, pelo que exijo que se acabem as acusações de que eu removo ou removi alguma vez alguma mensagem. Quando tiveres queixas sobre mensagens retiradas, dirige-te a quem de direito e deixa-te de insinuações mesquinhas a meu respeito.

Frequentemente armas-te em vítima, mas nunca reconheces os teus graves erros quando ofendes as outras pessoas. Acho que me deves um pedido de desculpas pelas tuas calúnias continuadas. Além de teres inventado esta tese delirante da censura da minha parte, és a pessoa que mais me mima com "piropos" que só rebaixam quem os profere. Chamas-me, entre outras coisas, mestre do disfarce, pseudo-cristão, excomungado, herético, ímpio. Há dias dei-me conta que "ímpio" foi o teu máximo "distintivo" ao "Peixe Ensaboado"... Parece que fui promovido à mesma categoria!

É lamentável que mostres um comportamento tão desequilibrado e doentio. Parece que o teu "retiro privado" não serviu de nada. Infelizmente, não me admira.

Já que tens tantas razões de queixa contra tantas pessoas que passam por este fórum, sugiro-te que dês a volta e não voltes. Afinal, tu proclamaste o fracasso deste fórum. Por que vens cá?

Acho que devo ser sempre tolerante, excepto com os intolerantes. Tu és o mais intolerante dos frequentadores deste fórum, porque confundes argumentos com pessoas e atacas ignobilmente quem te apetece, só por discordarem de ti e das atitudes. Dois exemplos, da tua última mensagem: achas que o que o Padre Buzzo disse é razão suficiente para lhe chamares satânico? E quem te dá o direito de apelidares da mesma forma o Padre Mário da Lixa? Quem te julgas tu?

Alef

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 13 de May de 2004 01:11

Avlis,

Como já deverias saber, sou eu quem tem a responsabilidade de eliminar as mensagens que não respeitam as regras. Não poucas vezes tenho escrito uma mensagem a esclarecer publicamente as razões que levaram a que as mensagens tenham sido apagadas.

Alef,

Acho que estás a "pregar aos peixes" :-). Já perdi a esperança que alguma vez o Avlis faça uso do bom senso, consiga dialogar com alguém que tenha uma opinião diferente da dele, mostrando o mínimo respeito por o seu interlocutor. Acho que já lhe está no sangue tornar-se inimigo dos que pensam de forma diferente. Afinal, há quantos anos é que assistimos a estes comportamentos? Chego a achar piada a "manteiga" que ele passa nos novos participantes que vão chegar a este Fórum e vão mostrando opiniões numa linha mais conservadora da doutrina, mesmo que defendam doutrinas consideradas heresias. Uma espécie de "mais vale herege e conservador, do que liberal e renovador".

Ainda me lembro daquela vez em que o Avlis começou com os seus elogios a um recém-chegado, mas quando viu que afinal o destinatário era bastante "liberal", eis que retirou os elogios e os substituiu pelos seus impropérios.

Conhecendo o Avlis deste meio cibernético, já me habituei a estes "mimos". Sinceramente, assusta-me quando ele me trata com alguns elogios. Como diz o povo «quando a oferta é muita, o santo desconfia».

Luis

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 13 de May de 2004 09:49

"Salvo o devido respeito é uma duvida legitima na medida em que, em principio um Padre nunca afirmaria o que ele afirmou"
POR QUÊ? PORQUE HÁ UM PACTO DE SILÊNCIO DENTRO DA IGREJA CATÓLICA QUE IMPEDE QUE OS PADRES DIFGAM PUBLICAMENTE A VERDADE?

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 13 de May de 2004 10:24

REverendo Padre João luis Paixão :
respondendo á sua insidiosa pergunta:

Vou frequentes vezes a seminários porque sou estudante de teologia. Falo com seminaristas e padres directores de seminários.

O amor de Deus acima de tudo
Escrito por: Padre Francisco (Anglicano) (IP registado)
Data: 14 de May de 2004 09:29

As vezes queremos defender nosso ponto de vista, bíblicoou não bíblico e esquecemos que existe alguém que ultrapassa os nossos pontos de vista com o seu amor (Deus). Em na primeira carta de São João ele diz "quem não ama não procede de Deus", Ele nos dá o exemplo do amor enviando seu filho para dar sua vida em resgate da nossa.
Porque ficar discriminando aqueles que estão casados quando sabemos que o amor de Deus por eles é o mesmo que por aqueles que não são?
Porque proibir aquele ou esse de celebrar os sacramentos quando sabemos que a validade dos sacramentos não é dada por essa ou aquela pessao mas sim pelo próprio Jesus.
Onde esta a graça de Deus sobre a nossa vida. O amor de DEus supera a qualquer barreira, agraça de Deus é superior a qualquer decissão humana.
A validade da minha ordem não pode ser questionado por homens pois não veio deles Paulo diz "Eu sei em quem tenho crido" eu posso dizer a mesma coisa "sei no Deus que creio" e não é um Deus de mentira que contradiz a sua palavra.
Os sacramentos não estão ligados a qualquer decissão humana mas sim a um chamado de Deus "sem interferência humana" por isso não cabe ao homem dar o veredito final e muito menos anular o que Deus validou.
"NÃO FOSTES VÓS QUE ME ESCOLHESTES MAS EU VOS ESCOLHI A VÓS" Evangelho de São João 15:16.
Abraços a todos
Padre Francisco (Anglicano)

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 14 de May de 2004 16:48

Logo, não devia haver proibiçºões humanas a vocações de Deus.

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 14 de May de 2004 18:19

Caro Padre Francisco:

Entre outras afirmações "temerárias", diz que «Os sacramentos não estão ligados a qualquer decissão humana mas sim a um chamado de Deus»...

As coisas não são assim tão simples e vou dar-lhe um exemplo que diz directamente respeito à sua Igreja (anglicana). Para um padre ser validamente ordenado há determinadas condições que são humanas, mas que são condições importantes. Uma delas é a sucessão apostólica. Ninguém se pode ordenar a si mesmo e ninguém pode ser validamente ordenado por um bispo que não provenha em linha directa da participação do múnus apostólico. Ora, esse problema é importante na Igreja Anglicana, como certamente sabe. Tanto, que muitos padres anglicanos, por duvidarem da sucessão apostólica dos seus bispos se fazem ordenar por vetero-católicos.

Portanto, se é verdade que a validade dos sacramentos é dada por Deus, também é verdade que há que ter em conta determinados aspectos que dizem respeito à "forma" e à "matéria", para usar uma linguagem clássica. Sirvam outros exemplos banais: um baptismo não é válido se usarmos parafina líquida em vez de água e uma missa não é válida se em vez de pão usarmos batas fritas...

O puro "intimismo espiritualista" panjustificador não serve para tudo.

Alef

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 14 de May de 2004 18:23

Errata:

Onde se lê: «batas fritas» leia-se «BATATAS fritas».

As minhas desculpas pelo lapso "culinário" ;-)

Alef

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: paulo (IP registado)
Data: 14 de May de 2004 22:22

eu penso que os padres deveriam se casar. O sacerdocio deveria ser opcional. O primeiro papa (Pedro) era casado. Se os padres pudessem se casar teriamos mais vocaçoes. Eu penso que os paeoquianos deveriam pressionar os bispos.

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Sandra (IP registado)
Data: 14 de May de 2004 22:37

Caro Paulo,

Discordo um pouquito com aquilo que dizes!
Se calhar, não haveria mais vocações... haveria sim mais empregos!
Ser sacerdote, não depende do poder casar ou não.... ser sacerdote depende do quere seguir a Deus incondicionalmete.... depende do deixar de ter uma familia, para ter várias famílias.... depende do deixar de ter só uma mãe para passar a ter muitas.... depende do deixar de ter um irmão, para ter muitos irmãos....
É o fazer-se ao largo... sem saber para onde vai... para que terra... para que país! é abdicar de si mesmo, para viver em função dos outros... é levar a palavra de Deus onde for preciso... nem que seja para o meio de uma guerra...

Achas que haveria muitas mulheres dispostas a não poder terem vida própria?! A não poderem ter emprego?!( porque isto de andar a saltar de lado para lado, não deixa grandes hipoteses) A não saberem quando o marido chegasse a cas?! A às 5 da manhã, terem que despachar o marido porque teve que se levantar à pressa para ir fazer uma Santa Unção?! A ver o marido rodeado de outras mulheres, a ter que lhes dar atenção?!etc
-SERIAM MUITO POUCAS as mulhers que conseguiriam aguentar isto muito tempo....

Eu pessoalmente, compreendo porque é que os padres não podem casar... Mas digo-te: AcH que deviam poder optar!

Um abraço

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 17 de May de 2004 19:11

Ainda quanto ao celibato dos padres queria apenas fazer notar que Pedro - a Pedra da Igreja - era casado.

Não me parece que Pedro tenha sido impedido de cumprir a sua missão por esse motivo.

Se Cristo escolheu um homem casado para dirigir a Igreja, haverá legitimidade para excluir alguém do sacerdócio por ter contraído o sacramento do matrimónio?

Afinal existe um argumento que é usado em duas discussões de maneira diferente:
Não se pode conferir o sacramento da Ordem às mulheres porque Cristo só escolheu homens para apóstolos e devemos seguir aquilo que Cristo fez;
Mas quando se trata de seguir aquilo que Cristo fez ao escolher Pedro para apascentar as suas ovelhas - escolheu um homem casado - já a Igreja não segue o que Cristo fez.

Ora, sendo as duas situações incompatíveis quanto á escolha de "pastores" para o "rebanho de Cristo", pergunta-se: quem estará a interpretar correctamente a vontade do Pai?

João (JMA)

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: taliban (IP registado)
Data: 17 de May de 2004 20:30

as interpretações variam consoante as agendas pessoais

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 15 de November de 2006 12:13

Chamo de novo ao palco este tópico.

Em primeiro lugar, aborda questões pernitentes que entram de novo na ordem do dia, como se vê nas notícias que a seguir reproduzo.

Em segundo lugar (e menos importante), parece-me um dos tópicos mais divertidos deste fórum (vale a pena reler desde o início), porque nele estão patentes curiosas «reencarnações» de participantes deste fórum.

Mas voltando ao tema e às notícias: acreditam que vamos assistir a mudanças neste campo?

Sinceramente, não acredito.

Por um lado, parece-me que neste tema (e já disse isto antes), o mais «lógico», numa linha de abertura, é, pelo menos numa primeira fase, que se admitam ao sacerdócio homens casados, da mesma forma que já se admitem ao diaconado permanente homens casados.

Por outro, uma das questões mais espinhosas tem que ver com os padres que entretanto casaram e que, por isso, foram suspensos da sua actividade pastoral enquanto padres. Parece que a iniciativa deste encontro de que falam as notícias é motivada por este problema.

Ora:

a) parece-me mais fácil o primeiro aspecto: a admissão de homens casados ao sacerdócio (não são padres que casam, mas homens casados que são ordenados; uma vez ordenados não podem recasar, em caso de viuvez);

b) parece-me mais complicada (não falo em termos teológicos) a readmissão de padres que se casaram depois da ordenação, porque isso significa um passo mais «largo», que nem as Igrejas orientais parecem ter dado: que alguém se possa casar sendo padre, que é o que aconteceu aos tais «ex-padres». Como sabem, os padres das Igrejas Orientais que são casados, casam-se antes da ordenação. Na prática, a readmissão dos «ex-padres» casados significaria que a partir desse momento qualquer padre poderia casar e voltar/continuar a exercer o seu ministério sacerdotal. Pelo estado actual da questão, parece-me pouco «viável» esperar um «salto» tão grande. E digo isto, apesar do cânone 293 do Código de Direito Canónico, a que uma das notícias faz referência. Daí que eu não espere nada de significativo em termos de mudanças. Possivelmente isto seria tema para um Concílio. O peso da hierarquia mais «velha» e «conservadora» não permite mudanças deste calibre. Digo eu...

De qualquer forma, o tema dos «ex-padres» é de enorme importância. Quantos e quantos «ex-padres» gostariam de continuar a servir a Igreja e nem sequer podem ser membros activos na sua paróquia de residência, porque o actual pároco teme o escândalo! Quanta energia desperdiçada!

Alef



Citação:

Celibato sacerdotal em discussão


2006-11-14 22:54:18

Pouco depois de ter nomeado um novo prefeito para a Congregação do Clero, (Cardeal Cláudio Hummes), Bento XVI convocou os seus mais directos colaboradores da Cúria Romana para uma reflexão alargada sobre o celibato obrigatório para os sacerdotes, na Igreja Latina.

Esta é uma questão disciplinar, discutida há muito tempo e particularmente sensível, sobretudo num momento em que muitos países tradicionalmente católicos se debatem com o problema de falta de vocações para o ministério sacerdotal. Nas Igrejas Orientais, podem ser ordenados homens casados, mas não é consentido casar depois da ordenação e o celibato é obrigatório para o episcopado. O diaconado permanente, por outro lado, pode ser conferido a homens já casados.

O celibato consagrado, em geral ligado à virgindade, aparece na Igreja desde os seus primórdios, como ideal de imitação de Jesus e de sua Mãe e condição de maior liberdade para o culto e serviço de Deus. Foi-se generalizando na Igreja depois das perseguições, como sucedâneo do martírio.

O seu prestígio foi aumentando a ponto de, nalgumas Igrejas do Ocidente, se tornar obrigatório para os ministros sagrados (Concílio de Elvira, c. 300). Nas Igrejas do Oriente tornou-se obrigatório para os bispos (Concílio de Constantinopla, 692).

Hoje, na Igreja Latina, é obrigatório para os sacerdotes e facultativo para os diáconos permanentes, o que não impede que sejam admitidos sacerdotes casados regressados de outras confissões cristãs. Embora reconhecendo as dificuldades da guarda do celibato e a dignidade do matrimónio, Roma tem-se mostrado firme na actual disciplina.

No último Sínodo dos Bispos, em 2005, havia uma grande expectativa sobre eventuais mudanças, mas a assembleia sinodal considerou que os “viri probati” (“homens testados” – expressão que designa homens de confiança casados, de comprovada fé e virtude) não são solução para a crise vocacional.

O Cardeal Francis Arinze, um dos três presidentes delegados do Sínodo, disse aos jornalistas que a falta de padres no mundo “não é um problema, mas um sintoma”, dado que o verdadeiro problema é a “crise da fé” que atinge, em particular, a Europa. “

Também o Cardeal Juan Sandoval Iñiguez, Arcebispo de Guadalajara e presidente delegado do Sínodo, defendeu que o recurso aos “viri probati” não representa uma solução, mas “um problema”, dando como exemplo a situação que se vive nas Igrejas Orientais ligadas a Roma “que têm padres casados, mas que sofrem, apesar disso, de crise de vocações”.

Vários intervenientes, entre os quais o Bispo português D. Albino Cleto, pediram mesmo uma distinção mais clara no ordenamento litúrgico das celebrações presididas por um sacerdote e as que não o são, por forma a fazer perceber que a missão do sacerdote não é substituível.

Já em Abril deste ano, Bento XVI destacou, a importância do celibato para os sacerdotes da Igreja Católica. Recebendo no Vaticano os Bispos do Gana, em visita “ad Limina”, o Papa lembrou que "os que recebem este sacramento estão configurados dum modo particular a Cristo".

Nesse sentido, animou os prelados a assegurar que os candidatos ao sacerdócio correspondam às exigências da sua tarefa e a dar-lhes uma formação adequada.

Fonte Ecclesia, reproduzido em «Paroquias.org»

_____________



Muito mais que um «caso Milingo»



A notícia apanhou muita gente de surpresa: Bento XVI convocou os chefes de Dicastérios da Cúria Romana para uma reflexão sobre o celibato sacerdotal. A reunião dos “Capidicasteri” terá lugar na quinta-feira, 16 de Novembro e, ao contrário do que se previa, não estará centrada na reconciliação com os seguidores de Mons. Marcel Lefebvre.

O comunicado oficial da sala de imprensa da Santa Sé explica que em cima da mesa estarão “a situação criada após a desobediência de Mons. Emmanuel Milingo” e “as questões levantadas pelos pedidos dispensa do celibato obrigatório e de readmissão ao ministério sacerdotal por partes dos sacerdotes casados ao longo dos anos mais recentes”.

Estas iniciativas do Papa vêm na linha do trabalho iniciado no último Sínodo dos Bispos, em 2005: assim como a questão com os Lefebvrianos está ligada à Reforma litúrgica do Concílio e às preocupações que a mesma, ainda hoje, suscita, a questão “Milingo” liga-se à temática da crise de vocações e à possibilidade da ordenação dos “viri probati” (“homens testados” – expressão que designa homens de confiança casados, de comprovada fé e virtude).

Emmanuel Milingo, que em finais de Setembro passado incorreu na pena de excomunhão por ter ordenado homens casados como Bispos, escreveu ao Papa a pedir que os padres que se casaram sejam “progressivamente” reintegrados na Igreja. A missiva falava em 25 mil padres casados nos EUA e 150 mil em todo o mundo, mas estes números carecem de confirmação oficial.


Caso Milingo

Em finais de Setembro, o Vaticano anunciou a excomunhão do polémico arcebispo emérito de Lusaka, Zâmbia, Emanuel Milingo, e dos quatro sacerdotes casados que ordenou como bispos.

"Tanto o arcebispo Milingo, como os quatro ordenados incorreram na excomunhão" automática (latae sententiae), prevista no Código de Direito Canónico, informava o Vaticano em comunicado.

O polémico Arcebispo Milingo criou recentemente uma associação de padres casados e ordenara bispos quatro padres casados numa igreja de Washington, informação que foi confirmada pelo grupo “Married Priests Now”, fundado em Julho último pelo próprio Arcebispo africano.

As relações de Milingo com o Vaticano complicaram-se quando o arcebispo de Lusaca se casou em 2001 com uma sul-coreana que lhe foi apresentada em Nova Iorque pelo reverendo Sun Myung Moon.

Meses depois e na sequência de um pedido do Papa João Paulo II, Milinko renunciou à união. Posteriormente, Milinko foi acusado de praticar exorcismo e de promover credos indígenas africanos através de exorcismos em massa e cerimónias de tratamentos.

Emmanuel Milingo, de 76 anos, foi nomeado bispo da arquidiocese de Lusaka em 1969, pelo Papa Paulo VI.


Padres casados

A nota da Santa Sé que anuncia o encontro da próxima quinta-feira refere-se às questões levantadas pelos pedidos de dispensa do celibato, bem como os de readmissão por padres que se casaram ao longo dos últimos anos.

O Código de Direito Canónico lembra, no seu Cân. 290, que a ordenação, uma vez recebida, “nunca se anula”, ou seja, nenhum padre deixa de o ser. A lei da Igreja prevê, contudo, a perda do “estado clerical”. Quanto à dispensa do celibato, esta é da competência exclusiva do Papa (Cân. 291).

O Cân. 293 admite que “o clérigo que tiver perdido o estado clerical” possa ser reintegrado entre os clérigos por decisão da Sé Apostólica.


Cúria Romana

Esta não é a primeira vez que o Papa convoca os chefes de Dicastério da Cúria Romana para discutir questões delicadas, tendo o mesmo acontecido no passado dia 13 de Fevereiro, relativamente com as tentativas de aproximação à Fraternidade São Pio X, fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre.

A Cúria Romana, na sua actual organização, provém de 1988, a partir da constituição Apostólica Pastor Bonus (28.06.1988) promulgada por João Paulo II. “A Cúria Romana, por meio da qual o Sumo Pontífice costuma dar execução aos assuntos da Igreja universal, e que desempenha o seu múnus em nome e por autoridade do mesmo para o bem e serviço das Igrejas, consta da Secretaria de Estado ou Papal, do Conselho para os negócios públicos da Igreja, das Congregações, dos Tribunais, e de outros organismos, cuja constituição e competência são determinadas por lei peculiar”, refere o Cânone 360 do Código de Direito Canónico.

Agencia Ecclesia


Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: rmcf (IP registado)
Data: 15 de November de 2006 12:27

"De qualquer forma, o tema dos «ex-padres» é de enorme importância. Quantos e quantos «ex-padres» gostariam de continuar a servir a Igreja e nem sequer podem ser membros activos na sua paróquia de residência, porque o actual pároco teme o escândalo!"

É isso que é tão preocupante. Muitos dos padres casados, vivem ainda hoje com conflitos internos entre a Igreja e as suas famílias...

Logo escrevo mais sobre isto, mas partilho o teu cepticismo.

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