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Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Padre João luis Paixão (IP registado)
Data: 08 de May de 2004 16:01

João

Os fundamentos do celibato são de diversa indole, escrituristicos - a partir da teoligia paulina - e da tradição da Igreja.
Foi sempre sentido na Igreja como uma vocação, um dom de Deus.
Eu falo por mim, quando o abracei livremente, e o prometi ao meu Bispo, foi depois de muito rezar, e pedir a Deus que me mantenha fiel ao dom recebido. Como sacerdote, tenho de ter o meu coração unido a Deus somente. Os meus afectos, o meu tempo a minha vida tem de ser uma profundissima união àquele que eu sou "um outro Cristo" Alter Christus na expressão de São João Crisostomo.
Ja disse atraz, que mal tenho tempo para cuidar do meu rebanho, quanto mais chegar a casa e cuidar da familia,ajudar os filhos etc.
Quem está em primeiro lugar na minha vida - O Povo que me esta confiado.
Nunca os meus filhos ou a minha esposa - que era o que aconteceria se os tivesse.

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Rcf (IP registado)
Data: 08 de May de 2004 19:49

Caro Padre João Luís

Antes de mais agradeço o modo como respondeu num outro tópico. Não estaremos muito de acordo, mas a diversidade é também um sinal do Espírito, ou não?

Quanto ao celibato dos padres, independentemente do seu próprio sentir, padre João Luís, sem dúvida de acordo com a doutrina e a tradição milenar (mas não bi-milenar) da Igreja, não pensa que apesar disso, e uma vez que os fundamentos bíblicos são débeis, não seria de admitir que os padres que o desejassem poderiam (se o quisessem, repito) casar, como acontece em praticamente todas as outras comunidades cristãs e mesmo dentro dos ritos católicos não latinos? Chocá-lo-ia? Pensa que seria 'mau padre' por isso?

Depois, permita-me que discorde do que diz, quando refere que aos padres esse é um tema que não interessa... quantos padres já deixaram o sacerdócio para casar? quantos vivem angustiados por terem sido obrigados a fazê-lo e gostariam de ter continuado? e quantos continuam padres, mas guardam alguma amargura (temos de admitir que também os haverá). Conheço vários que deixaram o sacerdócio e hoje estão casados, mas que dizem que se pudessem regressariam ao sacerdócio 'activo'; conheço também pelo menos um diácono que depois não quis ser ordenado sacerdote para casar, mas que ficou com alguma mágoa ou dor interior por não lhe ter sido permitido conjugar as duas coisas. Não estou contra, entenda-me, ao celibato dos padres. Acho muito bonita a teologia latina acerca dele. Mas não posso estar de acordo que não interesse aos padres esse assunto: interessa e interessa bastante, aos que continuam no ministério e aos que, depois de ordenados, se viram obrigados a pedir dispensa para casar. Dizer o contrário parece-me que é não admitir a realidade.

Só uma observação: não é feliz a aplicação da frase bíblica 'não se pode servir a dois senhores' aos padres que permanecem no celibato e aos que, eventualmente, no futuro, ou por pertencerem a outras confissões, casam ou virão a casar-se. É supor que uns vivem em Deus, uma espécie de casta de puros, que vive de acordo com Deus e com os seus mandamentos (servindo a um Senhor); os outros, dividiriam o seu tempo com 'outro senhor', isto é, neste caso, com a família, que se oporia a Deus, como pólo negativo. É infeliz a expressão e denota uma visão bem clericalista da Igreja. É que, se os padres (ou pastores) que casam servem ou serviriam a dois senhores, o que dizer dos leigos que apenas estão 'votados' à vida familiar? Confesso que me preocupa...

Abraço

Rcf

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Padre João luis Paixão (IP registado)
Data: 08 de May de 2004 22:17

Joao

Há na Igreja uma multiplicidade de carismas. O celibato é um deles. É inspirado e dado por Deus a quem Deus quer. Eu posso ou não ser fiel ao carisma que Deus me dá. Como na vida conjugal se pode ser fiel ou não.
Ha padres que foram fieis a esse carisma e outros que não o foram. Porque não o foram?
Ou por não terem, ou por não terem conseguido. Somos todos fracos e pecadores e ninguem está livre de pecar, nem os padres.
Neste momento, a Igreja confere o sacramento da Ordem, no grau de presbitero áqueles que segundo o descirnimento eclesial manifestam ter esse carisma.
Não é um dogma, não tem bases escrituristicas. Apenas faz parte da tradição Latina e pode ser mudada em qualquer altura.
Apos discussao no Concilio Vaticano II, entendeu-se ser uma riqueza para a Igreja, porque o padre vive escatologicamente já neste mundo a realidade da vida eterna - em que não se casam nem sao dados em casamento. Em qualquer altura a Igreja pode mudar de ideias e aceitar homens casados na ordem presbiteral como ja aceita no Diaconado.
A reflexão tem sido o que ganha o povo de Deus com isso.
A mim francamente parece-me que ganha pouco. Entre ter que ir ao hospital com o meu filho doente e celebrar a missa.......não sei se o povo de Deus era o escolhido.
Entre ter de ajudar os filhos nos trabalhos da escola e ir dar catequese.....
A menos que fosse um mau pai e um mau esposo para ser um bom padre.
Eu olho para a minha vida e faltam-me horas ao dia para o que tenho de fazer. Se tivesse uma familia como seria?????Apenas ganhava dinheiro para eles e a mulher que fizesse tudo????
A realidade de um padre catolico é muito diferente de um Anglicano ou Ortodoxo. A accção social da Igreja é uma componente fortissima, e os centros sociais etc tomam muito tempo.
Confrontando com essas realidades -Anglicanismo e Ortodoxia - as vocações não são mais por causa do casamento, tem os mesmos problemas, porque a questão central é abdicar da minha vontade pessoal e aceitar a vontade de um Outro que é Cristo que se manifesta presente no povo que me esta confiado.
O ano passado na Grecia pude constatar que os padres casados são vistos pelo povo como padres de 2ª Classe e as pessoas preferem os celibatários e os monges.
Uma vez mais afirmo, não é um dogma, e pode ser mudado a qualquer altura. A questão continua a ser o que ganharia o povo de Deus com isso.
Eu quando senti que Deus me chamava ao Sacerdocio nunca foi o celibato que me assustou. Isso parecia-me claro que Deus me daria a graça de o viver. Mais me preocupou deixar de ser Senhor da minha vida, para me por nas mãos da Igreja.
E Deus fez maravilhas Santo é o Seu nome

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Zéca (IP registado)
Data: 08 de May de 2004 22:40

Os Padres não casam? Quantos morrem virgens? E os primeiros padres e paspas??? Casaram ou não? Por que a Igreja carrega de preconceitos tantas boa acçaão; que eu saiba os padres não se cagam porque é uma questão de interesses e de dinheriro eles que pregam a pobreza e a castidade... "Ai de vós hipócritas"...

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 09 de May de 2004 08:42

Ó padre João luís:
tu achas que para seres um bom pai terias de ser um mau padre. Mas tens de reconhecer que há milhares de Padres pelo mundo fora que são pais e maridos e conseguem cumprir as suas misões. è como dizer que um bom professor não pode ser um bom pai ou que um bom médico, abnegado e que se entrega ao serviço dos outros não pode ser um bom pai, etc, etc... (Há quem diga isso frequentemente a propósito das mães...)

POrtanto - tu, pessoalmente achas que não tens condições de satisfazer os dois papéis ao mesmo tempo. Outros há que pensam e VIVEM o contrário.
Estás muito enganado quanto á acção social dos sacerdotes e sacerdotisas de outras Igrejas cristâs - têm também uma componente social fortíssima, logo isso não é desculpa..

Além disso a componente social da Igreja católica Romana não é assegurada directamente pelos párocos mas por instituições religiosas e essencialmente pelas freiras.

O celibato dos padres " Não é um dogma, não tem bases escrituristicas. Apenas faz parte da tradição Latina e pode ser mudada em qualquer altura. "

Faz parte da tradição latina porque a partir de determinada altura a cúpula da Igreja começou a ficar preocupada com a possibilidade dos filhos dos padres herdarem bens da Igreja... Então tratou de proibir o casamento e a procriação...

Outra questão . como pode um padre aconselhar as pessoas sobre problemas sexuais e conjugais, ou sobre a educação dos filhos, ou sobre problemas com jovens e crianaçs se não faz a menor ideia do que isso é ?

Por último - os padres pedófilos, os que violam e assediam mulheres, como recentemente foi reconhecido pelo vaticano, são todos homens incapazes de terem um relacionamento amorosos saudável com mulheres...

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 09 de May de 2004 12:09

Pe. João Luis,

Permita-me apenas um breve comentário a uma frase sua: «Se Cristo não escolheu mulheres para Apostolas.... lá sabe.»

Jesus Cristo escolheu mulheres para Apóstolas, e por esse motivo, foi às mulheres que apareceu em primeiro lugar após a Ressurreição e é a Maria Madalena que lhe diz "... vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: 'Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.'» Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito." (Jo 20,17-18)

Maria Madalena é escolhida por Jesus para anunciar a mensagem da ressurreição aos Onze.

Luis

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Luís Marques (IP registado)
Data: 09 de May de 2004 12:51

Caro Luis Gonzaga

Penso que não compreendeste... Maria Madalena não era Apostola no sentido em que não fazia parte do grupo dos Doze. Cristo efectivamente não chamou mulheres a fazerem parte dos Doze... ficou claro que era a isso que o Pe. João Luis se referia.
Mas isso não quer dizer que ela não seja testemunha da ressurreição e chamada a anunciar Cristo Ressuscitado como qualquer outro.
Como bem referiste, foi ela a dar a notícia aos Apóstolos.

Agora pretender daí tirar um argumento para a ordenação das mulheres é que não me parece muito razoável.


Cumprimentos

LM

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 09 de May de 2004 13:54

É um argumento inquestionável.

O anúncio do evangelho não é precisamente o anúncio da Ressurreição?
Nesse sentido, a primeira discípula , a primeira apóstala, a primeira dos doze foi uma mulher... é inegável.

Foi a uma mulher que jesus imcumbiu o anúncio da Boa Nova.

E, já agora quando se fala nos doze, não tem um significado numérico, mas simbólico.

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 09 de May de 2004 13:55

tal como o celibto dos padres, a aproibição da ordenação das mulheres, "" Não é um dogma, não tem bases escrituristicas. Apenas faz parte da tradição Latina e pode ser mudada em qualquer altura. "

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Luís Marques (IP registado)
Data: 09 de May de 2004 14:05

Caro(a) Taliban(a)

És capaz de mostrar onde é que na Sagrada Escritura encontras Maria Madalena pertencente ao grupo dos Doze?

Como é que alguém que não fazia parte dos Doze, pode ser a primeira entre eles?


Cumprimentos

LM

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: JMA (IP registado)
Data: 09 de May de 2004 18:40

Padre João,

Entendo a sua formulação desta questão e a resposta que deu ao chamamento que teve.

Muitas pessoas continuam toda a vida celibatárias sem nada que as obrigue a isso. Acontece por todo o lado à nossa volta. Mas ninguém foi obrigado a deixar de cumprir a sua vocação porque pretendeu casar.

Esclarecendo: não sou contra o celibato, mas contra a obrigatoriedade deste para os sacerdotes.

Apenas sucede no caso dos sacerdotes católicos. E destes apenas na Igreja latina. Os sacerdotes católicos das Igrejas designadas como Uniatas podem ser casados, e são uma boa parte deles.

No seu caso o conflito não existe e ainda bem. Mas estará correcto afastar as pessoas deste carisma porque se pretendem casar, como os casos referidos pelo Rcf?

Eu penso que é negativo para a Igreja.

E ainda por outra razão: uma coisa que falta na sociedade é a visibilização das famílias católicas. Não tenho dúvidas que as famílias constituídas pelos sacerdotes que pediram dispensa e se casaram serão famílias onde se sente muito fortemente a presença de Cristo. E poderiam ser uma referência para a sociedade.

E, pelo contrário, a ideia que tenho da realidade é que essas pessoas são ostracizadas pela "Igreja". No mínimo são ignoradas.
(a razão de Igreja estar entre aspas é que essa não é uma atitude da Igreja mas dos seus membros, os quais, mesmo que situados na hierarquia, demonstram pouca caridade cristã. E onde não há caridade... S. Paulo elucida-nos)

João (JMA)

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Padre João luis Paixão (IP registado)
Data: 09 de May de 2004 23:32

João
Nas igrejas uniatas, os sacredotes não podem casar. O que acontece, é o mesmo que na igreja catolica sucede com os diaconos, isto é são admitidos homens casados à ordem diaconal e na Igreja Oriental à ordem presbiteral.
Será um dia ou não possivel, ordenar presbiteros homens casados.
Volto a insistir, será isso um maior bem para a Igreja e para o povo de Deus? Ou apenas para alguns homens que querem casar e ser padres?
Vamos abdicar de uma riqueza para benificiar uns quantos?

Quanto ao discurso do taliban nem respondo, porque o Evangelho não é a ressurreição de que Maria Madalena foi testemunha, mas a Boa Nova do Reino de Deus (da qual faz parte a ressureição). O Evangelho é a revelação do Mistério de Cumunhão Trinitário.
Isto levar-nos-ia a outra discussão que não é a deste topico, mas HA bases escrituristicas contra a ordenação das mulheres, e nisto catolicos, ortodoxos, uma grande fação da Igreja Anglicana é unanime. Alias muitos foram os padres e bispos anglicanos a regressarem a Roma por causa deste tema ser anti escrituristico.


Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Rcf (IP registado)
Data: 10 de May de 2004 01:17

"Vamos abdicar de uma riqueza para benificiar uns quantos?"

Mas se isso é uma apenas uma regra, ainda por cima "não tem bases escriturísticas", não seria de aplicar a ideia de que "não foi o Homem que foi feito para o Sábado, mas o Sábado para o Homem"? Será que a regra é suficientemente central para passar pela vocação de "uns quantos" que se vêm obrigados a abandonar o sacerdócio, com todas as consequências interiores que isso acarreta para si, e com prejuízo de comunidades onde poderiam continuar a exercer o seu ministério (não me convencem que um "padre casado" é pior do que um celibatário... é muito bonito falar das coisas do ponto de vista teórico, onde a argumentação parece muito correcta. Mas, a prática, isto é o serviço que os pastores casados prestam à sua comunidade, sobretudo em países onde há comunidades protestantes ou ortodoxas a sério não me parece substancialmente diferente daquele que um padre ou que a maioria dos padres presta em Portugal)?

A questão das bases escriturísticas também tem muito que se lhe diga... se admitimos, como a Teologia Bíblica praticada pela maioria das comunidades católicas e protestantes sérias tem mostrado, que o texto bíblico não deve ser alvo de uma interpretação literal, mas contextualizada, isso muda muito acerca das razões que poderão ter levado Jesus Cristo a apenas escolher homens... ou será que para umas coisas se rejeita a interpretação literal e para outras se recorre a ela e até se a sobre-interpreta?

Abraço

Rcf

Re: Padre João
Escrito por: Padre Francisco Buzzo (IP registado)
Data: 10 de May de 2004 01:24

Adimiro muito sua sinceridade, acho que o celibato tem que ser opcional, não imposto pois não tem sitação nenhuma na bíblia a respeito da obrigatoriedade do celibato.
Admiro aquele que é realmente sincero no ministerio como celibatário.
Estudei em um seminário aqui no Brasil ,o qual, tinha 120 internos e 50% dos tais eram homoxesuais com tudo o que tem direito, infelizmente o celibato para muitos é uma fonte para se fugir do casamento e ter uma vida sexual promiscua.
Fui atormentado várias vezes por padres que se aproximavam de mim somente com interesse sexual e não eram poucos e mais estão hoje todos exercendo o ministério como "celibatarios" em diversas paróquias.
Admiro muito pois entendo que o senhor está sendo sincero em seu sacerdocio.
No Senhor Jesus
Padre Francisco Buzzo

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Alef (IP registado)
Data: 10 de May de 2004 01:39

Caro Pe. João:

Claro que nas Igrejas uniatas os padres não podem casar, mas há padres casados, porque quando acabam a teologia os seminaristas têm uns meses para se casarem e serão ordenados depois. Não se casam como padres, mas ordenam-se como casados. Isto para evitar confusões em "leitores" menos atentos à diferença.

[Omito por agora algumas controvérsias em algumas dessas igrejas, do passado (nos anos 20 o Papa quis impor o celibato aos uniatas e muitos passaram-se para a Igreja Ortodoxa...) e do presente (por exemplo, nos Estados Unidos, algumas Igrejas uniatas têm dificuldades porque os bispos locais católicos opõem-se à presença de padres uniatas casados!).]

Registo as suas interrogações e a ambiguidade que elas podem supor: «será isso um maior bem para a Igreja e para o povo de Deus? Ou apenas para alguns homens que querem casar e ser padres? Vamos abdicar de uma riqueza para beneficiar uns quantos?». A ambiguidade pode estar no pressuposto de que estamos na escolha entre uma coisa boa e outra má. Ora, se o celibato obrigatório não é universal nem mesmo na Igreja Católica e não o foi desde o princípio, precisamos de tratar a questão nestes moldes? Não me parece. A questão do celibato não pode ser vista como uma “cedência” para “beneficiar uns quantos”! Se a Igreja chegar à conclusão que deve ordenar homens casados, espero que não seja com o argumento de que há que beneficar uns quantos. Isso seria absurdo. A razão há-de ser sempre o bem da Igreja (todos os cristãos).

Relativamente à sua definição do Evangelho como a “revelação do mistério de Comunhão trinitária” em vez da “ressurreição de que Maria Madalena foi testemunha”, há que matizar sem cair em preciosismos, mas sendo rigorosos. O Evangelho (=Boa Notícia) é inicialmente “kerigma”, primeiro anúncio, e nesse anúncio está precisamente o mistério pascal, de que a Ressurreição é parte integrante e indivisível da Morte de Jesus. A formulação do Evangelho como “revelação do Mistério da Comunhão Trinitária” é “bonita”, mas pertence a um segundo nível de formulação. Antes de Tertuliano dificilmente encontraremos uma definição desse género. Portanto, a ressureição de que Maria Madalena foi “testemunha” é parte integrante do núcleo do Evangelho e não pode estar em contraposição com a formulação que propôs, que, sem estar errada (longe disso!), parece apenas “complicar”.

Quanto às bases escriturísticas contra a ordenação das mulheres, a Comissão Pontifícia Bíblica não encontrou tais bases. O Papa João Paulo II publicou a “Ordinatio Sacerdotalis” apelando mais ao argumento da sua autoridade (que a tem) que a bases escriturísticas. Não estou com isto a defender sem mais a ordenação das mulheres. Há muitas questões que é preciso aprofundar antes de prosseguir, mas essas questões têm mais que ver com a “teologia dura” dos Sacramentos e da Cristologia e menos com a exegese "qua tale".

Alef

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 10 de May de 2004 03:48


Bem , fico perplexo de um padre não saber o que é O EvangelhoComo escreveu o Alef, Evangelho (=Boa Notícia) é inicialmente “kerigma”, primeiro anúncio, e nesse anúncio está precisamente o mistério pascal, de que a Ressurreição é parte integrante e indivisível da Morte de Jesus.
Ora não há dúvida que jesus imcimbiu pessoalmente a uma mulher o anúncio da resssurreição que é a parte central e unificadora ( o que dá sentido) á mensagem cristâ.
Maria Madalena não foi apenas testemunha. Maria Madelena foi formalmnte incumbida de anunciar a ressurreição.
Quanto ao Mistério da comunhão trinitário é uma construção muitíssimo posterior á dos primeiros cristãose e de certeza que não fez parte das primeiras evengelizações dos apóstolos.
Quanto ao número DOZE, mais uma vez os doze não se refere ao um número específico ou a a uma defiunição de género. os doze em linguagem evengélica simbolizam a primeira comunidade cristâ.
Não há bases escriturísticas - muito pelo contrário - que proibam o sacerdócio das mulçheres.



Relativamente á obrigação do celibato dos padres, é importante o testemunho do padre francisco que escreveu aki uma coisa que toda a gente sabe ams que poucos ousam dizer:

"Estudei em um seminário aqui no Brasil ,o qual, tinha 120 internos e 50% dos tais eram homoxesuais com tudo o que tem direito, infelizmente o celibato para muitos é uma fonte para se fugir do casamento e ter uma vida sexual promiscua.
Fui atormentado várias vezes por padres que se aproximavam de mim somente com interesse sexual e não eram poucos e mais estão hoje todos exercendo o ministério como "celibatarios" em diversas paróquias."

Por isso mesmo, a obrigação de celibato é mais um risco do que uma riqueza para a Igreja. E os casos de assédio sexual de padres a adolescentes e rapazinhos ( mas também a raparigas) é um reflexo disto.

AS pessoas celibatárias tendem a ser mais perturbadas psicologicamente do que as que têm relacionamentos emocionais.

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Taliban (IP registado)
Data: 10 de May de 2004 04:05

SE esses padres se trevem a aassediar outros padres seus colegas, imaginem como serão com os adolescentes e rapazinhos....


Por isso é ke sou contra as confissões...

Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: david (IP registado)
Data: 10 de May de 2004 10:03


O assunto está actual, são questões do nosso tempo a que não devemos deixar de colocar em todos os pontos de vista. É saudavel apresentar estas questões, tanto aos vivem no estado celibatário como os que vivem outro estado de vida!
A discussão é bem positiva para a Igreja que é de todos os cristãos, que deve escutar as diferentes visões, pois na variedade se encontra a Beleza!
Hoje há mais transparência nas pessoas na juventude ,se repararmos, é isso mesmo, e falam da falta de liberdade da igreja, "a liberdade dos filhos de Deus"àqueles que desejam exercer numa opção ao serviço do Ministério sacerdócio (a)!
Seria uma riqueza maior na igreja, e que JESUS o desejava certamente, pois não fazia discriminação. ELE só não conseguiu mais por não LHE darem mais tempo ao Tempo.

Felicidades!
david

Re: Padres casados sim ou não? / "Padre" esse ??!!
Escrito por: Amigo da Verdade (IP registado)
Data: 10 de May de 2004 19:02


IMPORTANTE E PERTINENTE AVISO – À NAVEGAÇÃO – DE PROTESTO E REIVINDICAÇÃO:


Há cerca de duas hora atrás, publiquei uma importante mensagem em que condenava, justa e vigorosamente, fundamentada e educadamente (convidando-o a retractar-se...), as injuriosas e torpes insinuações e calúnias contra os Sacerdotes em geral, e consequentemente contra a Igreja Católica em particular, proferidas pelo "falso padre" Francisco Buzzo – no seu iníquo e cínico texto de 10/05/04, às 01:24 –, mensagem essa, de justo protesto e indignação, que foi imediatamente apagada, contra as regras mais elementares da legítima defesa e do direito de resposta proporcional, quer em relação à ética e moral cristã, quer em relação à própria honra e democracia!...

Como sendo assim, exijo dos "responsáveis" por tal comportamento censurista, faccioso e iniquamente discriminatório e anticristão – que deduzo tenha sido praticado pelo Alef e/ou pelo Lugo, o que aliás e tragicamente já tem acontecido inúmeras vezes em relação a outras mensagens da minha autoria e/ou responsabilidade! –, um dos seguintes procedimentos, pelo menos:

a) Que reponham imediatamente a respectiva mensagem injustamente removida (e atendendo a que também não fiquei com nenhuma cópia);

b) Que apaguem imediatamente a mensagem caluniosa, anticlerical e sacrílega em questão (do Francisco Buzzo);

c) Que passem a eliminar, muito pelo contrário, diversos textos realmente ofensivos, degradantes, difamatórios e escandalosos, como seja a maioria dos procedentes de um tal "taliban" e afins, por exemplo, que não cabem minimamente, jamais, num fórum como este, que se arroga, oportunista e hipocritamente, de cristão, de católico e das... "Paróquias de Portugal"!?...

Tenham juízo, e deixem de ser tendenciosos, hipócritas e facciosos, para além do mais!


Amigo da Verdade / José Avlis


Re: Padres casados sim ou não?
Escrito por: Luis Gonzaga (IP registado)
Data: 10 de May de 2004 21:49

Caro Avlis / "Amigo da Verdade"

Vejo que agora estás um pouco mais calmo. :-)

O Pe. Franscisco Buzzo deu o seu testemunho de uma forma serena e sem insultar ninguém. Tivesses tu feito o mesmo e a tua mensagem não teria sido suprimida. Mesmo escrevendo de uma forma mais calma, não evitaste chamar o Pe. Francisco Buzzo de "falso padre[i]", e a sua mensagem de "[i]iníqua e cínica[i]".

Continuas a pensar que este Fórum de discussão é um campo de batalha, onde existe "legítima defesa" (como se alguém te tivesse atacado...). Que eu saiba, ninguém atentou contra a tua "[i]própria honra
", a não ser que fosses um dos seminaristas a que o Pe. Francisco Buzzo se referia.

Luis Gonzaga

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