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Salmos 102 102 (101) ORAÇÃO DO AFLITO (74; 79) Súplica individual feita em espírito de penitência. Mas os v.13-23 introduzem uma súplica colectiva por Sião. Isto faz pensar que todo o resto do salmo, apesar de estar no singular, soava perfeitamente acomodado a cada "eu" do povo ou a um "eu" colectivo. Daí a pertinência do seu uso litúrgico. A súplica por Sião tem tons claramente pós-exílicos e partilha do espírito do sentido de Is 40-66. 1Oração de um aflito que na sua miséria expõe a sua angústia diante do SENHOR. 2*SENHOR, escuta a minha oração e chegue junto de ti o meu clamor! 3*Não me ocultes o teu rosto no dia da aflição. Inclina para mim o teu ouvido; no dia em que te invocar, responde-me sem demora! 4*Porque os meus dias se desvanecem como fumo e os meus ossos ardem como um braseiro. 5Como a erva cortada, o meu coração está ressequido; até me esqueço de comer o meu pão. 6*À força de tanto gemer, os ossos colaram-se à minha pele. 7Tornei-me semelhante ao pelicano no deserto; sou como a coruja nas ruínas abandonadas. 8Não consigo dormir e suspiro; sou como um pássaro solitário sobre um telhado. 9Os meus inimigos insultam-me todo o dia, e com furor proferem imprecações contra mim. 10Em vez de pão, como cinza e misturo a minha bebida com lágrimas, 11*por causa da tua indignação e do teu furor; fizeste-me subir, para depois me rejeitares. 12*Os meus dias são como a sombra que declina e eu vou secando como a erva. 13Tu, porém, SENHOR, permaneces para sempre e o teu nome será lembrado por todas as gerações. 14*Levanta-te, tem piedade de Sião; já é tempo de lhe perdoares. 15Os teus servos amam as suas pedras, sentem pena das suas ruínas. 16Os povos honrarão, SENHOR, o teu nome, e todos os reis da terra, a tua majestade. 17*Quando o SENHOR reconstruir Sião e manifestar a sua glória, 18há-de voltar-se para a oração do indigente e não desprezará as suas súplicas. 19Escrevam-se estas coisas para as gerações futuras, e os que hão-de nascer louvarão o SENHOR. 20*O SENHOR observa do alto do seu santuário; lá do céu, Ele olha para a terra, 21para escutar os gemidos dos cativos e livrar os condenados à morte. 22Em Sião será anunciado o nome do SENHOR, e em Jerusalém, a sua glória, 23*quando os povos de todas as nações se reunirem para servirem o SENHOR. 24Ele deixou-me sem forças no caminho e abreviou os meus dias. 25"Meu Deus, eu te peço: não me leves a meio dos meus dias!" Os teus anos duram por todas as gerações. 26*Tu fundaste a terra desde o princípio e os céus são obra das tuas mãos. 27Eles deixarão de existir, mas Tu permanecerás; tal como um vestido, eles vão-se gastando; como um vestido que se muda, assim eles desaparecem. 28Mas Tu permaneces sempre o mesmo, os teus anos não têm fim. 29Os filhos dos teus servos hão-de viver tranquilos e a sua descendência perdurará na tua presença. |
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