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Inteligência Espiritual
 

Sabedoria 17


5.° Contraste: Trevas para os egípcios e coluna de fogo para Israel (Ex 10,21-23; 13,21-22; Rm 11,33-35)
17 1Grandes e impenetráveis são os teus juízos.
Por isso, as almas ignorantes se extraviam.
2*Os ímpios, pensando que podiam oprimir o teu povo santo,
ficaram prisioneiros das trevas e encarcerados numa longa noite,
encerrados sob os seus tectos e excluídos da eterna providência.
3Pensavam ficar ocultos com os seus pecados secretos,
sob o sombrio véu do esquecimento,
mas foram dispersos, possuídos de terrível espanto,
e apavorados por fantasmas.
4Nem o esconderijo em que se refugiavam os preservava do medo;
ruídos aterradores ressoavam à sua volta
e lúgubres espectros de pálidos rostos lhes apareciam.
5Nenhuma chama tinha força bastante para os alumiar,
nem os fulgores cintilantes dos astros
conseguiam iluminar aquela horrorosa noite.
6Somente brilhava para eles
um clarão aceso por si mesmo e que os apavorava;
mas, logo que desaparecia a visão, ficavam aterrados
e consideravam ainda pior o que viam.
7Os artifícios da magia mostravam a sua impotência,
e a sua pretensão de inteligência conhecia um fracasso humilhante,
8pois os que prometiam afugentar os medos
e as perturbações da alma doente,
esses mesmos eram vítimas de um pânico ridículo.
9Mesmo que nada de mais grave os perturbasse,
a passagem de animais e os sibilos das serpentes os sobressaltavam
e morriam de medo,
recusando-se até a olhar à sua volta, o que não se pode evitar.
10*Com efeito, a maldade é cobarde e por seu próprio testemunho se condena;
pressionada pela consciência, sempre imagina o pior,
11porque o medo não é outra coisa
senão a renúncia aos auxílios da razão.
12Quanto menor é a segurança interior
tanto mais se sente a ignorância da causa do tormento.
13Eles, porém, durante aquela noite verdadeiramente insuportável,
saída das profundezas do impotente Abismo,
dormiam o mesmo sono:
14eram perturbados por espectros monstruosos,
pelo abatimento da alma,
pois um súbito e inesperado terror os invadira.
15E também todo aquele, fosse quem fosse, que lá estivesse caía,
ficava preso e encarcerado e numa prisão sem trancas.
16De facto, se o agricultor ou o pastor,
ou o trabalhador do campo
fosse surpreendido pelo flagelo,
deveria suportar a necessidade inelutável,
pois todos estavam acorrentados à mesma cadeia de trevas.
17O vento que assobiava,
o canto melodioso dos pássaros na ramagem frondosa,
o murmúrio das águas correndo impetuosas
ou o estrondo das rochas que se desprendiam,
18a carreira invisível de animais saltitantes,
o forte rugido dos animais mais selvagens
ou o eco que se repercutia nos vales das montanhas,
tudo os fazia estarrecer de pavor.
19Pois o mundo inteiro estava iluminado por uma luz esplendorosa
e cada um prosseguia, sem obstáculos, os seus trabalhos.
20Somente sobre eles se tinha estendido uma densa noite,
imagem das trevas que os esperavam.
Mas, para si mesmos, eles eram mais insuportáveis do que as trevas.

 

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