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São Mateus 21 Ministério em Jerusalém (21,1-25,46; ver Mc 11,1-13,37; Lc 19,29-21,38) 21 Entrada messiânica (Zc 9,9; Mc 11,1-11; Lc 19,29-40; Jo 12,12-19) - 1*Quando já se aproximavam de Jerusalém, chegaram a Betfagé, junto ao monte das Oliveiras. Jesus enviou dois discípulos, 2dizendo-lhes: «Ide à aldeia que está em frente de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e com ela um jumentinho. Soltai-os e trazei-mos. 3E, se alguém vos disser alguma coisa, respondereis: 'O Senhor precisa deles, mas logo os devolverá.'» 4Isto sucedeu para se cumprir o que fora anunciado pelo profeta: 5*Dizei à filha de Sião: Aí vem o teu Rei, ao teu encontro, manso e montado num jumentinho, filho de uma jumenta. 6Os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenara. 7Trouxeram a jumenta e o jumentinho, puseram as suas capas sobre eles e Jesus sentou-se em cima. 8Uma grande multidão estendia as suas capas no caminho; outros cortavam ramos das árvores e espalhavam-nos pelo chão. 9*E todos, quer os que iam à sua frente, quer aqueles que o seguiam, diziam em altos brados: Hossana ao Filho de David! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas! 10*Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou em alvoroço. «Quem é este?» - perguntavam. 11*E a multidão respondia: «É Jesus, o profeta de Nazaré, da Galileia.» Purificação do templo (Mc 11,15-19; Lc 19,45-48; Jo 2,13-18) - 12Jesus entrou no templo e expulsou dali todos os que nele vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos cambistas e as bancas dos vendedores de pombas, dizendo-lhes: 13«Está escrito: A minha casa há-de chamar-se casa de oração, mas vós fazeis dela um covil de ladrões.» 14Aproximaram-se dele, no templo, cegos e coxos, e Ele curou-os. 15Perante os prodígios que realizava e as crianças que gritavam no templo: «Hossana ao Filho de David», os sumos sacerdotes e os doutores da Lei ficaram indignados 16*e disseram-lhe: «Ouves o que eles dizem?» Respondeu Jesus: «Sim. Nunca lestes: Da boca dos pequeninos e das crianças de peito fizeste sair o louvor perfeito?» 17*Depois afastou-se deles, saiu da cidade e foi para Betânia, onde pernoitou. A figueira estéril (Mc 11,12-14.20-26) - 18Logo de manhã cedo, ao voltar para a cidade, teve fome. 19*Vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela, mas não encontrou senão folhas. Disse então: «Nunca mais nascerá fruto de ti!» E, naquele mesmo instante, a figueira secou. 20Vendo isto, os discípulos disseram admirados: «Como é que a figueira secou subitamente?» 21Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: Se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que Eu fiz a esta figueira, mas, se disserdes a este monte: 'Tira-te daí e lança-te ao mar', assim acontecerá. 22*Tudo quanto pedirdes com fé, na oração, haveis de recebê-lo.» Autoridade de Jesus (Mc 11,27-33; Lc 20,1-8) - 23Em seguida, entrou no templo. Quando estava a ensinar, foram ter com Ele os sumos sacerdotes e os anciãos do povo e disseram-lhe: «Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal poder?» 24Jesus respondeu-lhes: «Também Eu vou fazer-vos uma pergunta. Se me responderdes, digo-vos com que autoridade faço isto. 25De onde provinha o baptismo de João: do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a pensar entre si: «Se respondermos: 'Do Céu', vai dizer-nos: 'Porque não lhe destes crédito?' 26E, se respondermos: 'Dos homens', ficamos com receio da multidão, pois todos têm João por um profeta.» 27E responderam a Jesus: «Não sabemos.» Disse-lhes Ele, por seu turno: «Também Eu vos não digo com que autoridade faço isto.» Os dois filhos - 28«Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: 'Filho, vai hoje trabalhar na vinha.' 29Mas ele respondeu: 'Não quero.' Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi. 30Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: 'Vou sim, senhor.' Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder-vos no Reino de Deus. 32*João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.» Parábola dos vinhateiros homicidas (Mc 12,1-12; Lc 20,9-19) - 33«Escutai outra parábola: Um chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe. 34Quando chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os frutos que lhe pertenciam. 35Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro. 36Tornou a mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma. 37Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: 'Hão-de respeitar o meu filho.' 38Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.' 39E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. 40Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» 41*Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.» 42*Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos? 43*Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos. 44Quem cair sobre esta pedra, ficará despedaçado; aquele sobre quem ela cair, ficará esmagado.» 45Os sumos sacerdotes e os fariseus, ao ouvirem as suas parábolas, compreenderam que eram eles os visados. 46Embora procurassem meio de o prender, temeram o povo, que o considerava profeta. |
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