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Inteligência Espiritual
 

Jeremias 51


Contra a Babilónia (Is 14,4-23; 21,1-10; 46; Br 4,31-35; Ap 18)
51 1Assim fala o SENHOR:
«Vou enviar contra a Babilónia
e contra a população da Caldeia
um vento destruidor.
2Vou enviar estrangeiros contra a Babilónia,
que a destruirão e esvaziarão a sua terra,
pois, virão contra ela de todos os lados,
no dia da desgraça.
3Que o arqueiro não deponha o seu arco
nem retire a sua couraça;
não poupeis a sua juventude,
exterminai todo o seu exército.
4Caiam feridos na terra dos caldeus,
trespassados nas suas praças.
5*Porque Israel e Judá não são viúvas
do seu Deus, o SENHOR do universo,
e o país dos caldeus está cheio de crimes
contra o Santo de Israel.

6Fugi do meio da Babilónia;
salve cada um a sua vida;
não pereçais pelas suas culpas,
pois chegou o tempo da vingança do SENHOR,
que lhe dará o pagamento que merece.
7A Babilónia era uma taça de ouro
na mão do SENHOR
com a qual Ele embriagava toda a terra;
as nações beberam do seu vinho
e por isso ficaram transtornadas.
8De repente, caiu a Babilónia
e ficou arruinada. Chorai por ela!
Procurai o bálsamo para a sua ferida,
a ver se ainda pode sarar.»
9Tentámos curar a Babilónia, mas em vão.
Deixai-a! Vamos cada um para a sua terra,
a sua sentença chegou aos céus
e alcançou as nuvens.
10O SENHOR fez-nos justiça.
Vamos e narremos em Sião
a obra do SENHOR, nosso Deus!

11Aguçai as setas, preparai os escudos!
O SENHOR instigou os reis da Média,
porque Ele quer destruir a Babilónia.
É a vingança do SENHOR,
a vingança do seu templo.
12Levantai o estandarte
contra as muralhas da Babilónia!
Reforçai a guarda, colocai sentinelas.
Preparai emboscadas.
Porque o SENHOR idealizou um plano
e vai cumprir tudo quanto dissera
contra os habitantes da Babilónia.
13Tu que moras junto aos grandes canais,
que possuis imensos tesouros,
chegou o teu fim;
o limite da tua existência.

14O SENHOR do universo jura por si mesmo:
«Encher-te-ei de homens,
tão numerosos como gafanhotos,
e eles cantarão vitória sobre ti.»

15Ele criou a terra com o seu poder,
estabeleceu o mundo com a sua sabedoria,
e com a sua inteligência estendeu os céus.
16À sua voz agitam-se as águas no céu;
faz subir as nuvens dos confins da terra;
produz relâmpagos para a chuva
e solta o vento das suas prisões.
17Perante o seu saber, os homens emudecem!
O artista envergonha-se da sua estátua;
esses ídolos são mentira,
e não possuem vida.
18São apenas desilusão, vãos simulacros,
que se desvanecerão no dia do seu castigo.
19Não é assim a herança de Jacob,
porque Ele criou todas as coisas;
é a tribo da sua propriedade.
O seu nome é SENHOR do universo.

Fim da Babilónia
20«Tu servias-me de martelo,
e de instrumento de guerra;
por meio de ti, destruía as nações,
e aniquilava os reinos;
21esmagava o cavalo e o seu cavaleiro;
o carro e o seu cocheiro;
22esmagava, por meio de ti,
o homem e a mulher, o velho e a criança;
esmagava, por meio de ti,
o jovem e a donzela.
23Esmagava, por meio de ti,
o pastor e o seu rebanho,
o lavrador e as suas juntas,
os governadores e os magistrados.

24Mas Eu retribuirei à Babilónia
e a todos os habitantes caldeus
todo o mal que fizeram a Sião
na vossa presença - oráculo do SENHOR.
25Eis-me aqui contra ti,
ó monte destruidor
- oráculo do SENHOR.
Tu que destróis toda a terra,
vou estender contra ti o meu braço
para te precipitar do alto dos rochedos,
e farei de ti montanha queimada.
26E de ti não se poderá arrancar
nem pedra angular,
nem pedra de alicerce;
serás transformada em ruína eterna
- oráculo do SENHOR.

27Levantai o estandarte na terra,
tocai a trombeta entre as nações.
Convocai os povos em guerra santa contra ela,
mobilizai contra ela os reinos
de Ararat, de Mini e de Asquenaz!
Nomeai contra ela um general,
avancem cavalos como gafanhotos eriçados.
28Convocai contra ela os povos em guerra santa,
os reis da Média, os seus governadores e oficiais,
e todas as terras do seu domínio.
29A terra tremerá e contorcer-se-á
pois se cumpre o plano do SENHOR contra a Babilónia.
O território da Babilónia vai converter-se
num deserto inabitável.
30Os guerreiros da Babilónia deixaram de lutar,
refugiaram-se nas fortalezas.
Acabou-se a sua valentia,
tornaram-se como mulheres.
Incendiaram as suas casas;
quebraram os seus ferrolhos.
31Os correios seguem uns atrás dos outros,
avançam mensageiros uns após outros,
para anunciar ao rei da Babilónia
que a sua cidade está inteiramente tomada.
32As passagens estão fechadas,
os baluartes a arder,
e os guerreiros estão em pânico.

33Pois assim fala o SENHOR do universo,
o Deus de Israel:
'A capital da Babilónia é uma eira
no tempo em que é calcada;
ainda um pouco e virá para ela o tempo da colheita.'»

Deus fará justiça ao seu povo
34«Nabucodonosor, rei da Babilónia,
tragou-me e devorou-me;
deixou-me como um prato limpo;
como um dragão, engoliu-me,
encheu o ventre e vomitou-me.
35Recaia sobre a Babilónia
a minha carne dilacerada
- exclama o povo de Sião -
e sobre os caldeus o meu sangue
- diz Jerusalém.»
36Portanto, isto diz o SENHOR:
«Aqui estou Eu para defender a tua causa
e executar a tua vingança:
secarei o seu mar
e estancarei as suas nascentes.
37A Babilónia ficará um montão de ruínas,
um covil de chacais;
será objecto de espanto e de escárnio,
e ficará sem habitantes.
38Como leões rugirão em coro,
rosnarão como crias da leoa.
39Quando estiverem sequiosos,
dar-lhes-ei de beber e embriagá-los-ei,
a fim de que se deleitem e durmam um sono eterno
e não mais despertem
- oráculo do SENHOR.
40Levá-los-ei como cordeiros ao matadouro,
como carneiros e cabritos.»

Elegia sobre a Babilónia (Ap 18)
41«Como foi tomada e vencida Chechac,
glória de toda a terra?
Como se tornou a Babilónia
objecto de espanto para as nações?
42O mar subiu sobre a Babilónia,
que foi coberta pela fúria das suas ondas.
43As suas cidades foram devastadas,
são terra árida e desolada,
onde ninguém habitará,
por onde ninguém passará.
44Castigarei Bel na Babilónia,
tirar-lhe-ei da boca o que tinha engolido.
Não mais concorrerão a ele as nações.
Até a muralha da Babilónia caiu!
45Saí do meio dela, ó povo meu!
Salve cada um a própria vida
da ira ardente do SENHOR!

46Não desfaleça o vosso coração!
Não tenhais medo das notícias
que se fazem ouvir no país.
Em cada ano há sempre um novo rumor:
'Violências no país,
tirano contra tirano.'
47Por isso, eis que dias virão
em que castigarei os ídolos da Babilónia;
todo o seu país será coberto de vergonha
e todos os seus mortos ficarão no meio dela.
48O céu, a terra e tudo o que neles existe
clamarão contra Babilónia,
porque, do norte, se lançarão contra ela
os devastadores
- oráculo do SENHOR.
49A Babilónia cairá pelos mortos de Israel,
como caíram por causa da Babilónia
os mortos de toda a terra.
50Vós, que conseguistes fugir à espada,
parti, sem demora.
Mesmo de longe, recordai-vos do SENHOR,
tendo Jerusalém, nos vossos corações.
51'Estamos confundidos por ouvirmos a injúria;
a vergonha cobre os nossos rostos,
porque os estrangeiros penetraram
no santuário do templo do SENHOR.'»

52«Por isso, virão dias - oráculo do SENHOR -
em que castigarei os seus ídolos
e por todo o país gemerão os feridos.
53Mesmo que a Babilónia suba até aos céus
e consolide a sua cidadela nas alturas,
Eu enviarei destruidores contra ela
- oráculo do SENHOR.
54Da Babilónia se ouvem gritos,
e uma grande destruição na terra dos caldeus,
55porque é o SENHOR que devasta a Babilónia
e põe fim à sua grande arrogância,
por mais que as suas ondas se agitem como o oceano
e ressoe o estrondo das suas vozes.
56Pois o devastador veio sobre a Babilónia:
Foram presos os seus guerreiros
e quebrados os seus arcos;
pois o SENHOR é um Deus que recompensa
e lhes dará a sua paga.
57'Embriagarei os seus chefes e os seus sábios,
os seus governantes, oficiais e guerreiros,
e eles dormirão um sono eterno
e não mais despertarão'
- oráculo do Rei, cujo nome é SENHOR do universo.
58Assim fala o SENHOR do universo:
'As sólidas muralhas da Babilónia
serão inteiramente arrasadas
e as suas portas altas serão incendiadas.
Os povos trabalharam em vão,
e as nações fatigaram-se para o fogo.'»

Mensagem lançada ao rio Eufrates
59Ordem dada pelo profeta Jeremias a Seraías, filho de Néria, filho de Masseias, quando foi para a Babilónia com Sedecias, rei de Judá, no quarto ano do seu reinado. Seraías era responsável da hospedagem real.
60Jeremias escreveu num livro todas as calamidades que haveriam de atingir a Babilónia e todas as coisas que tinham sido escritas sobre a Babilónia.
61Jeremias disse a Seraías: «Quando chegares à Babilónia, cuidarás de proclamar todas estas palavras, 62e dirás: 'SENHOR, Tu declaraste que este lugar seria destruído, ficando sem habitantes, fossem homens, fossem animais, pois o transformarias em desolação eterna.' 63Quando terminares a leitura do rolo, atar-lhe-ás uma pedra, lançá-lo-ás ao rio Eufrates, 64e dirás: 'Assim se afundará a Babilónia; não mais se levantará, por causa das calamidades que Eu envio contra ela.'»
Aqui terminam as palavras de Jeremias.

 

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