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Inteligência Espiritual
 

Judite 7


II. VITÓRIA DOS JUDEUS
(7,1 - 16,25)


7 Cerco a Betúlia - 1No dia seguinte, Holofernes ordenou a todo o seu exército e a todo o povo que se tinha aliado a ele no combate que levantassem o acampamento, marchassem sobre Betúlia, ocupassem as vertentes das montanhas e combatessem contra os filhos de Israel.
2Nesse dia, todos os homens válidos para a guerra se puseram em marcha. O exército era composto por cento e setenta mil homens de infantaria, doze mil cavaleiros, sem contar os que se ocupavam da intendência, nem os que seguiam a pé e que eram uma grande multidão. 3Acamparam no vale perto de Betúlia, ao lado da nascente, e espalharam-se em profundidade desde Dotan até Belbaim e, em largura, desde Betúlia até Quiamon, que está situada diante de Esdrelon.
4Quando os filhos de Israel viram toda aquela multidão, ficaram muito assustados e disseram uns para os outros: «Agora, estes homens vão varrer a face da terra e nem as montanhas mais elevadas, nem as ravinas, nem as colinas serão capazes de suportar o seu peso.» 5Depois de cada um ter pegado no seu equipamento de combate e de terem acendido fogos no alto das suas torres, ficaram de guarda durante toda essa noite.
6No segundo dia, Holofernes, fez sair todos os seus cavalos e colocou-os diante dos filhos de Israel que estavam em Betúlia. 7Inspeccionou os caminhos que subiam em direcção à cidade, deu a volta por todas as nascentes que lhes forneciam água, ocupou estes lugares, colocou neles soldados e ele próprio regressou para junto do seu povo.
8Então, todos os chefes dos filhos de Esaú, os comandantes dos moabitas e os generais das zonas costeiras se aproximaram dele e lhe disseram:
9«Possa o nosso senhor escutar uma palavra, para que o seu exército não seja derrotado. 10De facto, este povo dos filhos de Israel não confia nas suas lanças, mas sobretudo na altura das montanhas onde habita, porque não é fácil chegar até aos cumes das suas montanhas. 11Por isso, agora, senhor, não combatas contra eles como é costume nas batalhas, e nenhum dos homens do teu povo cairá. 12Permanece no teu campo, faz com que todos os homens do teu exército fiquem contigo e manda que os teus servos controlem as nascentes de água na base da montanha. 13De facto, é dali que todos os habitantes de Betúlia se abastecem de água. A sede há-de vencê-los e eles entregarão a cidade. Nessa altura, nós e o nosso povo subiremos até aos mais próximos cumes das montanhas, acamparemos ali e assegurar-nos-emos de que ninguém possa sair da cidade. 14Então, serão consumidos pela fome, eles, as suas mulheres e as suas crianças e, antes que a espada os atinja, cairão nas ruas onde habitam. 15Nessa altura, pagar-lhes-ás com o mal, já que eles recusaram receber-te pacificamente.»
16Estas palavras agradaram a Holofernes e a todos os seus oficiais, e ele ordenou que se fizesse tudo como haviam dito. 17Assim, o exército dos amonitas avançou - acompanhado por cinco mil assírios - acampou no vale e tomou os reservatórios de água e as nascentes dos filhos de Israel.
18Os filhos de Esaú e os amonitas subiram, acamparam na região das montanhas em frente de Dotan e enviaram alguns de entre eles em direcção ao sul e ao leste, em frente de Egrebel, que está perto de Cuche na torrente de Mocmur. O resto do exército assírio acampou na planície e cobria toda a face da terra. As suas tendas e os seus equipamentos ficaram espalhados por toda a parte, formando uma massa imensa; eram uma imensa multidão.
19Os filhos de Israel invocaram o Senhor, seu Deus, desencorajados, porque os seus inimigos os tinham cercado e eles não podiam escapar do meio deles. 20Todo o exército dos assírios, a infantaria, os carros de combate e os cavaleiros mantiveram o cerco durante trinta e quatro dias, até que todos os recipientes de água dos habitantes de Betúlia ficaram vazios; 21as suas cisternas começaram a ficar esgotadas, sem água para poderem beber a sua porção diária, uma vez que a água era racionada.
22As crianças mais pequenas estavam abatidas e as mulheres e os jovens começaram a desfalecer de sede e a cair pelas ruas e às portas da cidade. Estavam no limite das suas forças. 23Todo o povo, os jovens, as mulheres e as crianças se reuniram a Uzias e aos chefes da cidade, suplicando em altos gritos e dizendo diante dos anciãos: 24«Que Deus seja juiz entre nós e vós, pois que vós cometestes uma grande iniquidade ao não estabelecer conversações de paz com os assírios! 25Agora, não há ninguém que nos possa socorrer e Deus vendeu-nos, pondo-nos nas mãos deles, de modo a cairmos desfalecidos pela sede diante deles, numa grande destruição. 26Por isso, chamai-os e entregai toda a cidade para ser pilhada pelo povo de Holofernes e todo o seu exército. 27Para nós, é melhor sermos sua presa. Seremos seus escravos, mas as nossas vidas serão poupadas e não teremos de assistir à morte das nossas crianças diante dos nossos olhos, nem ver as nossas mulheres e os nossos jovens exalar o último suspiro. 28Invocamos como testemunhas contra vós, o céu e a terra e o nosso Deus e Senhor dos nossos pais, que nos julga segundo os nossos pecados e segundo as culpas dos nossos pais, para que não permita que aconteça hoje o que dizeis!»
29Levantou-se então um grande clamor no meio da assembleia e, todos ao mesmo tempo, invocaram o Senhor com voz forte. 30Uzias disse-lhes: «Coragem, irmãos! Vamos aguentar durante mais cinco dias, durante os quais o Senhor nosso Deus voltará para nós a sua misericórdia e não nos abandonará até ao fim. 31Mas, se no decurso destes dias a sua ajuda não vier até nós, farei como dizeis.»
32Seguidamente, dispersou todo o povo pelos seus postos de combate, e eles partiram em direcção às fortificações e às torres da cidade, mandando as mulheres e as crianças para as suas casas. Toda a cidade sentia uma consternação.

 

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