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Inteligência Espiritual
 

Daniel 14


IV. DANIEL E OS SACERDOTES DE BEL
(14,1-43; ver Is 46; Jr 50,2-10)


14 1*Pela morte do rei Astiages, Ciro, o Persa, subiu ao trono. 2Daniel vivia com o rei e era honrado mais que todos os outros amigos do rei. 3*Havia entre os babilónios um ídolo chamado Bel, para o qual diariamente se despendiam doze artabas de farinha, quarenta carneiros e seis medidas de vinho. 4O rei prestava culto ao ídolo e todos os dias o ia adorar. Daniel, porém adorava o seu Deus. 5*O rei disse-lhe: «Porque não adoras Bel?»
Respondeu Daniel: «Porque não venero um ídolo feito pela mão do homem, mas sim o Deus vivo, que criou o céu e a terra e que exerce o seu domínio sobre todos os seres humanos.»
6Retorquiu o rei: «Por isso, então, Bel não te parece que seja um deus vivo! Não vês quanto ele come e bebe todos os dias?» 7Daniel pôs-se a rir e respondeu: «Desengana-te, ó rei; este deus, por dentro, é de barro, por fora, de bronze e nunca comeu nem bebeu.»
8O rei, irritado, chamou os sacerdotes de Bel e disse-lhes: «Se não me indicais quem come estas oferendas, morrereis. Ao contrário, se me provardes que é Bel quem as come, morrerá Daniel, porque blasfemou contra ele!» 9«Seja como tu dizes!» - respondeu Daniel ao rei.
Eram setenta os sacerdotes de Bel, sem contar as mulheres e os filhos.
10O rei foi ao templo de Bel na companhia de Daniel.11Os sacerdotes disseram: «Nós vamos sair. Manda trazer, ó rei, os alimentos e o vinho misturado; depois, fecha a porta e sela-a com o teu anel. Se, amanhã de manhã, quando entrares no templo, verificares que não foi tudo comido por Bel, morreremos; de outro modo, isso acontecerá a Daniel, que nos caluniou.»
12Estavam perfeitamente seguros, porque debaixo da mesa tinham feito uma abertura oculta, pela qual entravam todos os dias e levavam as oferendas. 13Depois que saíram, logo que o rei depôs os alimentos diante de Bel, 14Daniel mandou aos servos trazer cinza, que espalhou por todo o templo, em presença apenas do rei. Em seguida, saíram, fecharam a porta e, depois de lhe ter aposto o selo real, afastaram-se. 15Durante a noite, como de costume, entraram os sacerdotes com as mulheres e os filhos e comeram e beberam tudo.
16Ao romper do dia, veio o rei e Daniel com ele.
17«Estão intactos os selos, Daniel?» - perguntou o rei. Respondeu Daniel: «Estão intactos, ó rei.» 18Logo que abriu a porta e olhou para a mesa, o rei exclamou em voz alta: «Tu és grande, Bel. Não nos enganaste.»
19Daniel, porém, pôs-se a rir e, impedindo que o rei fosse mais para a frente, disse-lhe: «Observa o pavimento. De quem são estas pegadas?» 20«Vejo, na verdade - respondeu o rei - pegadas de homens, de mulheres e de crianças.»
21Irritado, o rei mandou prender os sacerdotes, com suas mulheres e filhos e os mesmos lhes mostraram a entrada secreta por onde se introduziam, a fim de consumirem o que estava sobre a mesa.
22Mandou-os matar e entregou Bel à vontade de Daniel que o destruiu, a ele e ao seu templo.

Daniel lançado aos leões - 23Havia também um grande dragão, que os babilónios veneravam. 24Disse o rei a Daniel: «Pretenderás tu, também, que aquele seja de bronze? Vive, come e bebe. Não podes negar que este seja um deus vivo. Portanto, adora-o.»
Retorquiu Daniel:
25«Eu não adoro senão o Senhor, meu Deus, porque Ele é um Deus vivo. Dá-me licença, ó rei, e sem espada nem pau eu matarei o dragão.» 26Respondeu o rei: «Eu ta concedo.»
27Daniel, então, pegou em pez, sebo, e pêlos; mandou cozer tudo junto e, com isto, preparou bolos que atirou para a goela do dragão, o qual rebentou. E Daniel exclamou: «Aí está o que vós venerais!»
28Ao sabê-lo, os babilónios irritaram-se muito; revoltaram-se contra o rei ao grito de: «O rei fez-se judeu! Destruiu Bel, matou o dragão e massacrou os sacerdotes.» 29Vieram ter com o rei para lhe dizerem: «Entrega-nos Daniel ou matar-te-emos, a ti e à tua família.»
30Perante a violência com que o ameaçavam, o rei viu-se forçado a entregar-lhes Daniel, 31a quem lançaram na cova dos leões, onde ficou seis dias.32Havia na cova sete leões aos quais diariamente davam dois cadáveres e dois carneiros. Mas daquela vez não lhes deram nada, para que devorassem Daniel.
33Ora, por aquela ocasião, vivia na Judeia o profeta Habacuc. Acabava de cozer uma papa e migava pão numa caçarola e ia ao campo levá-la aos ceifeiros. 34Porém, um anjo do Senhor disse-lhe: «Leva esta refeição à Babilónia, a Daniel que se encontra na cova dos leões.»
35Respondeu Habacuc: «Senhor, eu nunca vi Babilónia e não conheço essa cova.»
36*Então o anjo agarrou-o pelo alto da cabeça e levou-o pelos cabelos, num sopro, até à Babilónia, por cima da cova.
37Bradou Habacuc: «Daniel, Daniel, aceita a refeição que Deus te envia.»
38E Daniel respondeu: «Oh! Deus, que pensaste em mim! Não abandonaste os que te amam!»
39Daniel levantou-se e comeu, enquanto o anjo do Senhor reconduzia Habacuc a sua casa.
40Ao sétimo dia, o rei veio para chorar Daniel. Ao chegar junto da cova, olhou para dentro e ali viu Daniel sentado. 41E gritou: «Tu és grande, Senhor, Deus de Daniel! Não há qualquer outro Deus senão Tu!»
42Mandou tirá-lo da cova dos leões e lançar nela todos os que tinham pretendido eliminá-lo. À sua vista, foram imediatamente devorados.
43*O rei disse então: «Que todos os habitantes da terra temam o Deus de Daniel, pois é Ele o Salvador que opera maravilhas e prodígios sobre a terra; foi Ele quem libertou Daniel da cova dos leões!»
 

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