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Inteligência Espiritual
 

Baruc 6


6 CARTA DE JEREMIAS AOS EXILADOS (Jr 27,1-11) - Cópia da carta que Jeremias enviou aos cativos que iam ser deportados para Babilónia, pelo rei da Babilónia, a fim de lhes comunicar o que Deus lhe tinha mandado.
1*Por causa dos pecados que cometestes contra Deus sereis levados para a Babilónia como cativos por Nabucodonosor, rei dos babilónios. 2Quando chegardes à Babilónia, ficareis ali muitos anos, largo tempo, até à sétima geração. Depois disto, farei com que volteis em paz. 3Durante esse tempo, na Babilónia, ireis ver, levados aos ombros, deuses de prata, de ouro e de madeira e que infundem temor aos pagãos.
4Tende cuidado para não imitardes esses estrangeiros, a ponto de vos deixardes possuir do temor desses deuses. 5*Quando virdes a multidão comprimir-se em torno deles para os adorar, dizei no vosso íntimo: «É só a ti, Senhor, que devemos adorar». 6Na verdade, o meu anjo está convosco, e ele velará pelas vossas vidas. 7A língua desses deuses foi polida por um artista. Mas eles, apesar de dourados e prateados, são falsos e não podem falar. 8Tal como se faz para uma donzela adornada com jóias, agarram em ouro e tecem coroas para colocar na cabeça dos seus deuses.
9Acontece, porém, que os sacerdotes roubam o ouro e a prata para os utilizarem em proveito próprio, chegando a dar parte dele a prostitutas de bordéis. 10Enfeitam com ricas vestes a esses deuses de prata, de ouro ou de madeira, como se de homens se tratasse. 11Por mais que os vistam de púrpura, não se livram da ferrugem nem da traça. Limpam-lhes o rosto para tirar o pó que lhes caiu em cima, no templo. 12Este deus tem um ceptro na mão, como se fosse um governador de província, mas não é capaz de castigar aquele que se revolta contra ele. 13Tem na mão um cutelo e uma espada, mas não se pode defender do inimigo nem dos ladrões. 14Por aqui se vê que não são deuses. Portanto, não deveis temê-los.
15Como um vaso se quebra e perde a utilidade, assim acontece com esses deuses, instalados em seus templos. 16Os seus olhos estão cheios do pó levantado pelos pés dos visitantes. 17Assim como se fecham as portas da prisão para alguém que vai ser condenado à morte porque ofendeu o rei, da mesma forma os sacerdotes fecham os templos com portas, trancas e ferrolhos, a fim de impedir que os ladrões venham roubar os deuses. 18Acendem-lhes lâmpadas em maior número que para si mesmos, embora os deuses não possam ver nenhuma. 19São como as traves do seu templo, cujo interior é corroído, segundo se diz, pelos vermes que saem da terra e devoram as suas vestes, sem que eles se apercebam. 20Negro se torna o seu rosto com o fumo que se eleva do seu templo. 21Sobre o seu corpo e a sua cabeça esvoaçam os morcegos, as andorinhas e outros pássaros e também saltam os gatos. 22De tudo isto, podeis concluir que não são deuses; portanto, não deveis temê-los.
23O ouro de que são revestidos, que serve para os embelezar, só brilha se alguém lhe der lustro. Eles mesmos nada sentiram ao serem fundidos. 24Foram comprados por preço exorbitante, e não há neles espírito de vida. 25Não tendo pés, são transportados aos ombros, mostrando a todos a sua ignomínia, para confusão dos que os adoram. 26Se alguma vez caem em terra, não se levantam por si mesmos; se alguém os põe de pé, não se podem mover; se inclinados, não se podem endireitar e recebem como mortos as oferendas que lhes são apresentadas.
27Os sacerdotes, porém, vendem estas ofertas em proveito próprio, e as suas mulheres salgam-nas, não dando coisa alguma nem aos pobres nem aos necessitados. 28*Até as mulheres menstruadas ou que deram à luz, tocam nestes sacrifícios. Portanto, sabendo que não são deuses, não tenhais medo deles. 29Como, pois, chamar-lhes deuses? As mulheres fazem oferendas a estes deuses de prata, de ouro e de madeira! 30E os sacerdotes vagueiam nos seus templos de túnicas rasgadas, de cabeça e barba rapadas! 31Gritam e clamam diante dos seus deuses, como num banquete fúnebre.
32Os sacerdotes tiram-lhes as roupas para vestirem as suas mulheres e os filhos. 33Se alguém lhes faz bem ou mal, são incapazes de retribuir. Não podem nomear nem destronar reis. 34Nem tão-pouco podem dar ricos presentes nem a mais vil moeda. Se alguém não cumprir os votos que lhes fez, nem disto se podem vingar. 35Não livram ninguém da morte, nem defendem o fraco das mãos do mais forte. 36Não têm poder para dar vista ao cego, nem de livrar o homem do perigo. 37Não se compadecem da viúva e nenhum bem fazem ao órfão. 38São como pedras da montanha estes deuses de madeira dourada ou prateada; e os que os servem ficarão envergonhados. 39Como se pode, então, crer ou dizer que são deuses?
40*Os próprios caldeus os desonram. Quando lhes apresentam um mudo, incapaz de falar, levam-no a Bel, suplicando-lhe que lhe dê fala, como se ele fosse capaz de ouvir. 41E, embora saibam tudo isto, não podem deixar de agir assim porque não têm inteligência. 42*Mulheres, cingidas de cordas, vão sentar-se à beira dos caminhos, queimando farelo. 43Quando uma delas é levada por um transeunte e com ele dorme, escarnece da vizinha por não ter recebido a mesma honra e não ter sido cortada a sua corda. 44É mentira tudo o que fazem com estes deuses; como se pode, pois, crer ou dizer que são deuses?
45Foram moldados por artistas e ourives, e não poderão ser outra coisa, senão aquilo que os seus artífices querem que sejam. 46Aqueles que os fabricam não atingem uma idade avançada. Como podem, então, ser deuses aquilo que eles fizeram? 47Não deixarão aos seus descendentes senão engano e vergonha. 48Quando sobrevêm guerras ou calamidades, os sacerdotes discutem acerca da forma e do lugar onde se esconderem com os seus deuses. 49Como acreditar, então, que sejam deuses aqueles que são incapazes de se salvar da guerra ou de qualquer outra calamidade? 50Mais tarde, vir-se-á a saber que os ídolos de madeira dourada e prateada são apenas engano. E aos olhos de todos os povos e de todos os reis tornar-se-á evidente que não são deuses, mas obra de mãos humanas e que nada há neles de divino. 51Quem, pois, não vê claramente que não são deuses?
52Eles não podem entronizar um rei num país, nem dar chuva aos homens. 53Não podem julgar as suas próprias causas, nem vingar as injúrias, pois são impotentes, assemelhando-se a corvos que voam entre o céu e a terra. 54Se o fogo se atear no templo destes deuses de madeira dourada ou prateada, os seus sacerdotes procuram fugir, pondo-se a salvo, mas eles serão queimados como as vigas do templo. 55Não resistirão a um rei nem aos inimigos. 56Como se pode, pois, admitir ou mesmo supor que são deuses?
57Estes deuses de madeira prateada e dourada não se podem defender contra os ladrões ou bandidos, porque estes, sendo mais fortes, despojam-nos do ouro e da prata e das vestes de que estão cobertos, e se retiram sem que tais deuses se possam defender a si mesmos. 58Portanto, melhor que a dos falsos deuses é a condição de um rei, que pode lançar mão do seu poder, ou a de um utensílio doméstico do qual o dono se pode servir, ou até a da porta de uma casa que protege o que dentro se encontra, ou ainda a coluna de madeira no palácio real.

Os ídolos, inferiores aos astros - 59O Sol, a Lua e as estrelas brilham e cumprem a função de ser úteis. 60Também o relâmpago, tão belo ao faiscar, o vento que sopra em qualquer região, 61e as nuvens, que recebem de Deus a ordem de percorrer toda a terra, cumprem a missão que lhes foi dada. 62Quando o fogo é enviado do céu para consumir as florestas das montanhas, faz o que lhes foi ordenado. Os ídolos não se podem comparar, nem em beleza, nem em poder a estas maravilhas. 63Eis porque não se deve crer nem dizer que são deuses, visto que não lhes é dado fazer justiça nem conceder benefícios aos homens. 64Por isso, sabendo que não são deuses, não tenhais medo deles.
65Eles não podem amaldiçoar nem abençoar os reis. 66Não podem mostrar no céu sinais às nações, não brilham como o Sol, nem alumiam como a Lua. 67Mais do que eles valem os animais, porque, refugiando-se nos seus esconderijos, podem salvar-se a si mesmos. 68Não há, portanto, qualquer prova que mostre que são deuses; por isso, não os temais.
69Como um espantalho num meloal o não guarda, assim, do mesmo modo, esses deuses de madeira dourada ou prateada. 70Esses deuses de madeira dourada e prateada assemelham-se a um espinheiro num jardim, sobre o qual vêm poisar todas as aves, ou então, a um cadáver lançado em lugar tenebroso. 71Pela púrpura e pelo linho que sobre eles se desfazem, reconhecereis que não são deuses. Acabarão, afinal, por ser devorados e hão-de tornar-se o opróbrio do país. 72Melhor é, então, a condição do homem honrado que não tem ídolos, pois assim estará sempre isento de opróbrios.
 

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