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Inteligência Espiritual
 

2.º Macabeus 9


9 Morte de Antíoco Epifânio (1,11-17; 1 Mac 6,1-17) - 1Nesta mesma ocasião, Antíoco voltava da Pérsia, coberto de vergonha, 2pois, entrando na cidade de Persépolis com o propósito de saquear o templo e ocupar a cidade, o povo revoltou-se e pegou em armas para se defender. Com isso, Antíoco viu-se forçado pelos habitantes dessa região a empreender uma retirada humilhante. 3Achando-se perto de Ecbátana, soube da derrota de Nicanor e do exército de Timóteo. 4Num acesso de fúria, resolveu imediatamente desforrar-se nos judeus do mal que lhe tinham feito aqueles que o tinham obrigado a fugir. Por isso, ordenou ao cocheiro que andasse sem parar, a fim de conseguir, o mais depressa possível, o que desejava; na realidade, a sentença do Céu já havia caído sobre ele. Na sua presunção, tinha dito: «Assim que chegar, farei de Jerusalém o cemitério dos judeus.»
5*Mas o Senhor Deus de Israel, que tudo vê, feriu-o com um mal incurável. Mal acabara de pronunciar estas palavras, foi assaltado por dores atrozes nas entranhas. 6E, na verdade, bem o merecia, pois ele mesmo rasgara as entranhas de outros com inauditos tormentos! 7Apesar disso, não desistiu da sua arrogância; pelo contrário, cheio de soberba, lançava contra os judeus o fogo da sua cólera e ordenava que se apressasse a marcha, quando, repentinamente, caiu do carro arrastado pela violência da corrida e, na queda fatal, quebrou todos os membros. 8O homem que pouco antes, com a sua arrogância, julgava poder dominar as próprias ondas do mar e pesar as montanhas no prato da sua balança, estendido agora sobre a terra, era levado numa liteira, manifestando assim aos olhos de todos o poder de Deus. 9Chegou a tal ponto que dos olhos do ímpio saíam vermes e as carnes caíam aos pedaços entre dores atrozes; e o mau cheiro da sua podridão era tal que enchia o ar e empestava todo o campo. 10Aquele que, pouco antes, sonhava tocar com as próprias mãos nos astros do céu, agora ninguém o podia suportar, por causa do mau cheiro que exalava!
11Derrubado, pois, da sua extrema vaidade e torturado por Deus com constantes sofrimentos, começou a perder o orgulho e a compreender melhor o seu estado. 12*Incapaz de suportar o seu mau cheiro, disse: «Um simples mortal deve submeter-se a Deus e não pretender igualar-se a Ele.» 13Este malvado rezava ao Senhor, de quem não haveria de receber misericórdia, 14e pretendia dar liberdade à cidade santa, para a qual antes se encaminhava, a fim de a arrasar e fazer dela um cemitério. 15Dizia, também, que trataria como atenienses esses mesmos judeus que antes julgara indignos de sepultura e bons para serem atirados, com os seus filhos, às aves de rapina e aos animais selvagens. 16Ao templo que antes despojara, prometia agora orná-lo com preciosas ofertas, devolver-lhe multiplicados os vasos sagrados e prover, com as suas próprias rendas, a todas as despesas com os sacrifícios. 17Finalmente, ele mesmo se tornaria judeu e percorreria todos os lugares habitados para proclamar o poder de Deus!

Carta de Antíoco aos judeus - 18Mas as suas dores não se atenuavam, porque o justo castigo de Deus pesava sobre ele. Então, perdida toda a esperança, escreveu aos judeus uma carta, em forma de súplica, do teor seguinte:
19«Aos dedicados cidadãos judeus, saúde, bem estar e felicidade, da parte de Antíoco, rei e chefe do exército. 20Se vós e os vossos filhos gozais de saúde e se vos sucedem todas as coisas como desejais, dou graças a Deus, em quem ponho a minha esperança. 21Quanto a mim, prostrado pela doença, lembro-me com prazer dos vossos sentimentos de respeito e de benevolência para comigo. Ao voltar das regiões da Pérsia, surpreendido por uma doença cruel, julguei necessário olhar pela segurança de todos. 22Não é que desespere do meu estado, ao contrário, tenho a firme esperança de escapar desta doença.
23Mas lembro-me que meu pai designava sempre o seu sucessor, cada vez que partia em expedição às províncias do planalto. 24Queria que no caso de uma desgraça ou má notícia, os habitantes do país não se perturbassem, uma vez que, de antemão, sabiam a quem pertencia o mando. 25Sei, além disso, que os príncipes que me rodeiam e os vizinhos do meu reino estão de atalaia, à espera do que possa suceder.
Por isso, já designei, como rei, o meu filho Antíoco, ao qual, noutras ocasiões, confiei e recomendei muitos de vós, quando partia para as províncias do planalto. A ele escrevi a carta que segue.
26Rogo-vos, portanto, e peço que, em memória dos meus benefícios para convosco, tanto gerais, como particulares, tenhais para com o meu filho a mesma benevolência que para comigo, 27pois estou convencido de que ele seguirá as minhas intenções e usará para convosco de moderação e condescendência.»
28Enfim, ferido mortalmente, este homicida e blasfemador, do mesmo modo que havia tratado a tantos outros, acabou a sua vida, nas montanhas dum país estrangeiro, com uma morte infeliz. 29Filipe, seu amigo de infância, trasladou-lhe o corpo mas, temendo o filho de Antíoco, partiu para junto de Ptolomeu Filométor, no Egipto.

 

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