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Inteligência Espiritual
 

1.º Macabeus 7


7 Demétrio I torna-se rei (2 Mac 14,1-4) - 1No ano cento e cinquenta e um, Demétrio, filho de Seleuco, saiu de Roma e, com alguns companheiros, desembarcou numa cidade marítima, onde se proclamou rei. 2Ao entrar no palácio real dos seus pais, o exército apoderou-se de Antíoco e de Lísias, para lhos entregar. 3Soube-o o rei e disse: «Não quero ver-lhes nem sequer a cara.» 4O exército matou-os e, deste modo, Demétrio sentou-se no seu trono real. 5Todos os traidores e os ímpios de Israel se juntaram a ele, chefiados por Alcimo, que pretendia o sumo sacerdócio.
6Acusaram o povo, nestes termos: «Judas e os seus irmãos mataram todos os teus amigos e expulsaram-nos do nosso próprio país. 7Rogamos-te que envies um homem da tua confiança, para que venha ver em que triste situação nos puseram, a nós e ao território do rei, a fim de os castigar a eles e a todos os seus partidários.»

Báquides e Alcimo na Judeia - 8*O rei escolheu Báquides, um dos seus amigos, que governava a região do outro lado do rio, um dos grandes do reino e fiel ao rei. 9*Enviou-o na companhia do ímpio Alcimo, a quem conferiu o cargo de Sumo Sacerdote, ordenando-lhe que tirasse vingança dos filhos de Israel. 10Partiram com um forte exército e tomaram o caminho do país de Judá, enviando a Judas e aos seus irmãos palavras capciosas de paz. 11Mas eles não lhes deram ouvidos, ao verem que chegavam com numerosas tropas. 12Também um grupo de escribas foi ter com Alcimo e Báquides, pedindo justiça. 13E os hassideus, que eram os primeiros entre os filhos de Israel, pediam-lhes paz, 14porque diziam entre si: «É um sacerdote da raça de Aarão, que chegou com o exército; não nos fará mal.» 15Alcimo trocou com eles palavras de paz e jurou-lhes: «Não faremos mal, nem a vós, nem aos vossos amigos.» 16Acreditaram na sua palavra, mas ele prendeu sessenta deles e mandou-os matar, no mesmo dia, conforme está escrito: 17*«Espalharam a carne e o sangue dos seus santos ao redor de Jerusalém, e não havia ninguém para os sepultar.»
18O espanto e o terror apoderou-se do povo, porque se dizia: «Não há entre eles verdade nem justiça, pois violaram o pacto e o juramento que fizeram.» 19Báquides afastou-se de Jerusalém e acampou em Bet-Zait, onde prendeu e lançou numa cisterna muitos desertores do seu exército e algumas pessoas do povo. 20Entregou a Alcimo o governo do país, deu-lhe tropas para o auxiliar, e regressou para junto do rei.
21Entretanto Alcimo lutava para se impor como Sumo Sacerdote. 22Juntaram-se-lhe todos os perturbadores do povo, com os quais se apoderou do país de Judá, e causaram grandes danos a Israel.
23Judas, ao ver os males que Alcimo e os seus cúmplices faziam aos filhos de Israel, ainda piores que os praticados pelos gentios, 24percorreu toda a terra da Judeia até às fronteiras, e castigou os traidores, impedindo-os de andarem pelo país.

Vitória de Judas sobre Nicanor (2 Mac 14,5-36) - 25Alcimo, vendo que Judas e os seus eram mais fortes e que não podia opor-lhes resistência, regressou para junto do rei e acusou-os dos piores crimes.26O rei enviou Nicanor, um dos seus generais mais ilustres, inimigo declarado de Israel, com a ordem de exterminar este povo.
27Nicanor partiu para Jerusalém com um numeroso exército e enviou emissários a Judas e aos seus irmãos, para os enganar com palavras de paz, dizendo-lhes: 28«Não haja guerra entre nós. Virei somente com um punhado de homens, para vos ver como amigo.» 29Com efeito, veio e saudaram-se amistosamente, mas os seus soldados estavam dispostos a prender Judas. 30Mas Judas, sabendo que vinham para o enganar, afastou-se de Nicanor e não o quis voltar a ver. 31Nicanor deu-se conta de que o seu projecto estava descoberto e saiu a combater contra Judas, perto de Cafarsalama. 32Cinco mil homens do exército de Nicanor foram mortos e o resto fugiu para a cidade de David.

Ameaças contra o templo - 33Depois do combate, Nicanor subiu ao monte de Sião, e os sacerdotes saíram do templo com anciãos do povo, para o saudar em espírito de paz e mostrar-lhe os holocaustos que se ofereciam pelo rei. 34*Mas ele, troçando deles, escarneceu-os, desprezou-os, falou-lhes com desdém 35e, cheio de cólera, jurou: «Se Judas não me for entregue imediatamente com o seu exército, logo que estabelecer a paz, regressarei para queimar esta casa.» E partiu sobremaneira enfurecido. 36Então os sacerdotes entraram e, de pé, diante do altar e do templo, clamaram, dizendo:
37«Foste Tu que escolheste esta casa para que nela fosse invocado o teu santo nome, e fosse casa de oração e de súplica para o teu povo. 38Tira vingança deste homem e do seu exército e faz com que pereçam ao fio da espada. Lembra-te das suas blasfémias e não permitas que eles subsistam.»

Derrota e morte de Nicanor (2 Mac 15,1-36) - 39Nicanor saiu de Jerusalém e acampou em Bet-Horon, onde se lhe juntou um exército sírio.40Judas acampou em Adasa com três mil homens e começou a orar, nestes termos: 41«Senhor, quando os mensageiros do rei blasfemaram, o teu anjo apareceu e matou-lhes cento e oitenta e cinco mil homens. 42Do mesmo modo, extermina hoje este exército diante de nós, para que todos saibam que Nicanor insultou o teu templo, e julga-o segundo a sua perfídia.» 43Travou-se a batalha no dia treze do mês de Adar; o exército de Nicanor foi vencido e ele foi o primeiro a morrer na luta. 44As tropas de Nicanor, vendo que ele morrera, largaram as armas e fugiram. 45Os judeus perseguiram-nos durante todo o dia, desde Adasa até Guézer, tocando as trombetas para avisar os outros. 46Saíram, então, os habitantes de todas as aldeias da Judeia e dos arredores para cercarem os fugitivos e, lutando contra eles, passaram-nos a fio de espada sem escapar nenhum. 47Os judeus apoderaram-se dos seus despojos e haveres. Cortaram a cabeça de Nicanor e a mão direita, que ele orgulhosamente levantara, e suspenderam-nas à vista de Jerusalém. 48O povo alegrou-se muito e passaram aquele dia em grande regozijo. 49*Decretou-se que este dia fosse celebrado, cada ano, no dia treze do mês de Adar. 50Depois disto, o país de Judá esteve tranquilo durante algum tempo.

 

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