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Inteligência Espiritual
 

1.º Macabeus 13


IV. SIMÃO, PRINCÍPE DOS JUDEUS
(13,1 - 16,24)


13 Simão sucede a Jónatas - 1Simão foi informado de que Trifon organizara um poderoso exército, para vir à Judeia e devastá-la. 2Vendo o povo amedrontado e espavorido, subiu a Jerusalém e convocou a população. 3E para os animar, falou-lhes nestes termos: «Vós sabeis bem, meus irmãos, o que eu e a casa de meu pai temos feito pelas leis e pelo santuário, as guerras e as dificuldades que temos enfrentado. 4Foi por isso que os meus irmãos morreram pela casa de Israel, ficando eu só. 5Deus me guarde, agora, de poupar a minha vida quando o inimigo nos oprime, porque não sou melhor que os meus irmãos! 6Por isso hei-de vingar o meu povo, o santuário, as vossas esposas e os vossos filhos, uma vez que todas as nações, por ódio, estão coligadas para nos destruir.»
7*A estas palavras, os ânimos inflamaram-se 8e todos responderam em alta voz: «Tu és o nosso chefe em lugar de Judas e de Jónatas, teus irmãos; 9combate por nós e nós faremos tudo o que disseres.» 10E Simão reuniu todos os que podiam lutar, apressou-se em terminar os muros de Jerusalém e fortificou-a em volta. 11Enviou Jónatas, filho de Absalão, com um novo exército contra Jope. Jónatas expulsou os habitantes e instalou-se na cidade.
12Trifon, porém, saiu de Ptolemaida com um numeroso exército para entrar na terra de Judá. Trouxe consigo Jónatas, prisioneiro. 13Simão acampou em Adida, em frente da planície. 14Informado de que Simão havia ocupado o lugar de seu irmão Jónatas e se dispunha para o combater, Trifon enviou-lhe mensageiros, para lhe dizer: 15«Retivemos o teu irmão por causa do dinheiro que deve ao tesouro real, em virtude das funções que desempenhava. 16Envia-nos cem talentos e dois dos seus filhos como reféns, para que, ao ser libertado, não se rebele contra nós, e deixá-lo-emos ir.» 17Simão percebeu que estas palavras eram falsas, mas mandou buscar o dinheiro e os filhos, para não atrair sobre si a hostilidade do povo, que poderia dizer: 18«Não enviou o dinheiro e os filhos e, por isso, mataram Jónatas.»
19Remeteu, pois, o dinheiro e os filhos, mas Trifon faltou à palavra e não libertou Jónatas. 20Pôs-se logo a caminho para entrar na Judeia e devastá-la, fazendo um desvio por Adora, mas Simão, com as suas tropas, seguia-o sempre, para toda a parte para onde fosse. 21Pela sua parte, os ocupantes da cidadela enviaram mensageiros a Trifon para que se apressasse a ir ter com eles pelo deserto, a fim de lhes fornecer víveres. 22Trifon preparou a cavalaria para partir naquela mesma noite mas, por causa da muita neve que caiu, não pôde ir a Guilead. 23E, quando chegou perto de Bascama, matou Jónatas e sepultou-o ali. 24Depois, retrocedeu e voltou à sua terra.

Jónatas é sepultado em Modin - 25Simão mandou recolher os restos do seu irmão Jónatas e sepultou-os em Modin, cidade dos seus pais. 26E todo o Israel fez por ele grande pranto e guardou luto durante muitos dias. 27Sobre o túmulo do seu pai e dos seus irmãos, Simão edificou um monumento grandioso, com pedras polidas nas duas faces. 28Ergueu ali sete pirâmides, umas em frente das outras, para seu pai, sua mãe e seus quatro irmãos. 29Ornamentou-as e cercou-as de altas colunas, sobre as quais, para perpétua memória, colocou armas e, junto delas, navios esculpidos, que poderiam ser vistos por todos os que navegavam no mar. 30Este mausoléu, que construiu em Modin, perdura até ao dia de hoje.

Concessões de Demétrio II aos judeus - 31Trifon, que servia o jovem rei Antíoco com duplicidade, mandou assassiná-lo. 32E reinou em seu lugar, cingindo o diadema da Ásia. E causou grande mal ao país.
33Simão reergueu as praças fortes da Judeia, reforçou-as com torres elevadas, com grandes muros e ferrolhos, e proveu-as de víveres. 34Enviou mensageiros ao rei Demétrio, pedindo-lhe que concedesse ao país a remissão dos tributos, porquanto Trifon submetera-o inteiramente à pilhagem. 35O rei Demétrio escreveu-lhe a seguinte carta:
36«O rei Demétrio a Simão, Sumo Sacerdote e amigo dos reis, aos anciãos e ao povo judeu, saúde! 37Recebemos a coroa de ouro e a palma que vós nos enviastes, e estamos dispostos a concluir convosco uma paz sólida e a escrever aos funcionários, para que vos dispensem dos impostos. 38Tudo o que foi decidido em vosso favor, está confirmado, e as fortalezas que construístes são vossas. 39Perdoamo-vos todos os erros e as faltas cometidas até ao dia de hoje. Renunciamos aos direitos da coroa que nos devíeis e, se existem ainda em Jerusalém outros impostos a pagar, não se paguem mais. 40Finalmente, se existem entre vós alguns que sejam aptos para se alistarem na nossa guarda, alistem-se e que a paz reine entre nós.»
41*Foi no ano cento e setenta que Israel se libertou do jugo dos gentios, 42e o povo começou a datar os actos e os contratos desde o primeiro ano de Simão, Sumo Sacerdote, chefe do exército e governador dos judeus.

Simão toma a cidadela de Jerusalém - 43*Nesta época, Simão veio acampar diante de Guézer e cercou-a. Construiu máquinas de guerra, aproximou-as da cidade, atacou uma torre e apoderou-se dela. 44Os soldados que estavam numa destas máquinas entraram na cidade e causaram ali uma grande confusão, 45de modo que os habitantes, com as esposas e os filhos, apareceram sobre os muros, rasgaram as vestes e, com altos brados, pediram a Simão que lhes concedesse a paz, 46dizendo-lhe: «Não nos trateis conforme as nossas maldades, mas segundo a vossa misericórdia.» 47Simão perdoou-lhes e não prosseguiu o combate, mas expulsou-os da cidade e mandou purificar todos os edifícios em que havia ídolos e, depois, entrou nela ao som de hinos e de cânticos de louvor. 48Purificada a cidade de toda a impureza, instalou nela os habitantes fiéis à lei, fortificou-a e construiu uma morada para si mesmo.
49Os ocupantes da cidadela de Jerusalém, não podendo entrar nem sair para comprar e vender, achavam-se numa grande miséria e muitos deles morreram de fome. 50*Suplicaram a Simão que lhes concedesse a paz, e Simão outorgou-lha; mas expulsou-os da cidadela e purificou-a de todas as contaminações. 51E entrou nela, no dia vinte e três do segundo mês, no ano cento e setenta e um, com cânticos e palmas, harpas, címbalos, liras e hinos de louvor, porque um grande inimigo de Israel tinha sido aniquilado. 52Ordenou também que este dia fosse celebrado cada ano, com alegria. Fortificou a montanha do templo, do lado da cidadela, e habitou ali com os seus. 53Finalmente, vendo Simão que o seu filho João era valoroso guerreiro, confiou-lhe o comando de todas as tropas, com residência em Guézer.

 

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